Fleury - Um exemplo para ter sangue frio no Buy and Hold

Nelson Pimentel Carriati · Sexta-feira às 19:43

Ontem saíram os resultados do 3T da Fleury. Eu, como bom acionista, procurei me inteirar de tudo.

Na minha análise (e não só na minha óbvia, mas por todas as matérias que vi), todos os fundamentos da empresa foram reforçados.

Aumentou a receita. Aumentou o lucro. Diminuiu-se a dívida.

Baita combinação né? A empresa veio bombando hoje? Nope. Queda de mais de 5% no valor da cota.

Por que? Não sei, coisas de mercado. Mas vamos olhar mais detalhes.

O P/L dela está o menor dos últimos 10 anos.

Pelo gráfico de Lucro X Cotação, também incoerente essa queda.

Minha conclusão: Não verei essa queda com maus olhos, apenas como uma oportunidade de comprar esse mês com um baita desconto.

Sei que muitos outros alunos da AUVP também citam ter Fleury na carteira e achei interessante compartilhar essa experiência para ver se todos veem dessa forma.

Daniele Vilela · Sexta-feira às 20:28

13 minutes ago, Thiago Moreira Borges disse:

Ela sofreu daquele mal que veio com resultados incriveis mas o mercado esperava mais?
Qual eram os números do guidance?

Esperavam uma receita bruta maior, mas a explicação para a situação foi a seguinte:

Os números do terceiro trimestre mostram uma queda na receita bruta por exame nos dois segmentos. No BC2, houve um recuo de 1,3%, para R$ 37,40. No B2B, a queda foi de 5,3%, para R$ 10,2. Por outros lados, houve crescimento nos volumes, de 6,3% e 14,4%, respectivamente.

A CEO explica que houve uma mudança de mix. “Estamos fazendo mais exames de análises clínicas do que exames de imagem”, afirma, se referindo à vertical B2C. No segmento de atendimentos a empresas, também há uma expansão em exames de menor complexidade. Nos dois casos, são procedimentos de tíquete menor, porém com margens mais saudáveis, diz Jeane.

Outra coisa que acho importante levar em consideração:

O Fleury reduziu sua dívida líquida em 7% no terceiro trimestre, para R$ 1,872 bilhão. A alavancagem da companhia ficou em 1 vez a relação dívida líquida e Ebitda. A empresa diz estar com perfil de endividamento confortável para enfrentar um cenário de juros elevados, após ter conseguido alongar e reduzir o custo da dívida.