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Cai em um Golpe... Sugestões ? =(


Convidado Anônimo

Pergunta

Ja tenho certa idade 44 anos, mas não sou nenhum desconhecido de tecnologia, trabalho com isso inclusive. Segue a história de como foi meu maior prejuizo até o momento. 

Eu havia falado com meu gerente do banco (era um novo gerente) via whats oficial do Bradesco (lixo de banco suporte zero alias) e estava esperando que ele fosse me ligar. Umas horas depois recebi uma chamada do número do banco bradesco dizendo que minha conta havia sido acessada por outro celular no RJ. Neguei qq acesso nesse estado, por coincidencia eu havia doado 3 celulares recentemente, já pensei que poderia ter sido algo relacionado. 

"ok senhor, vamos te passar para o gerente de sua conta apenas para confirmar a negativa e assegurar que sua conta está segura". 

Resumo da história, o cara sabia meu nome, nome do meu gerente, me disse que haviam feito um empréstimo e que ele ja havia solicitado cancelamento, porém pra garantir que não sacariam o dinheiro naquele dia, precisava fazer um procedimento manual até que o procedimento oficial fosse aprovado. 

O procedimento manual era um Pix disfarçado de CANCELAMENTO , (inclusive com a palavra cancelamento no código pix) para uma conta de um Laranja que o golpista dizia ser Gerente geral do Bradesco. 

Fiquei extremamente em dúvida, mas vi que o telefone era do Bradesco (clonagem) e que tudo batia. Ainda reclamei com o golpista e disse "que porcaria de procedimento é esse, um banco desse tamanho não poderia ter jeitinhos assim". 

Mas acabei fazendo a droga do procedimento no valor do referido empréstimo. Resultado, perdi 35mil reais nessa brincadeira, só fui descobrir no dia seguinte qdo fui no banco pq havia perdido acesso ao App. 

Sou cliente Prime no Bradesco, conta de uns 10-15 anos ja acho. 

Suporte zero, se negaram a tomar qualquer tipo de responsabilidade, simplesmente responderam a minha reclamação no BACEN que eu cai em um golpe e que a transferencia foi aprovada com os meios oficiais e com a senha intransferivel. 

Pesquisei e conversei com algumas pessoas, ouvi que os juizes estão dando ganho de causa para os bancos nesses casos.... e que a chance seria baixa de conseguir. 

Enfim, esse desabafo serve para eu ler opiniões de vocês e também para compartilhar para que ninguém mais passe pelo que eu passei, sempre ajudei e orientei muitas pessoas em relação a golpes, e no fim eu mesmo acabei caindo em um. Uma série de coincidencias e o fato deles terem dados meus, acabou por me induzir ao erro. 

Fiquem a vontade para comentar, sugerir, etc. 

Muito obrigado,

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9 respostas para essa pergunta

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33 minutes ago, Convidado Anônimo disse:

Ja tenho certa idade 44 anos, mas não sou nenhum desconhecido de tecnologia, trabalho com isso inclusive. Segue a história de como foi meu maior prejuizo até o momento. 

Eu havia falado com meu gerente do banco (era um novo gerente) via whats oficial do Bradesco (lixo de banco suporte zero alias) e estava esperando que ele fosse me ligar. Umas horas depois recebi uma chamada do número do banco bradesco dizendo que minha conta havia sido acessada por outro celular no RJ. Neguei qq acesso nesse estado, por coincidencia eu havia doado 3 celulares recentemente, já pensei que poderia ter sido algo relacionado. 

"ok senhor, vamos te passar para o gerente de sua conta apenas para confirmar a negativa e assegurar que sua conta está segura". 

Resumo da história, o cara sabia meu nome, nome do meu gerente, me disse que haviam feito um empréstimo e que ele ja havia solicitado cancelamento, porém pra garantir que não sacariam o dinheiro naquele dia, precisava fazer um procedimento manual até que o procedimento oficial fosse aprovado. 

O procedimento manual era um Pix disfarçado de CANCELAMENTO , (inclusive com a palavra cancelamento no código pix) para uma conta de um Laranja que o golpista dizia ser Gerente geral do Bradesco. 

Fiquei extremamente em dúvida, mas vi que o telefone era do Bradesco (clonagem) e que tudo batia. Ainda reclamei com o golpista e disse "que porcaria de procedimento é esse, um banco desse tamanho não poderia ter jeitinhos assim". 

Mas acabei fazendo a droga do procedimento no valor do referido empréstimo. Resultado, perdi 35mil reais nessa brincadeira, só fui descobrir no dia seguinte qdo fui no banco pq havia perdido acesso ao App. 

Sou cliente Prime no Bradesco, conta de uns 10-15 anos ja acho. 

Suporte zero, se negaram a tomar qualquer tipo de responsabilidade, simplesmente responderam a minha reclamação no BACEN que eu cai em um golpe e que a transferencia foi aprovada com os meios oficiais e com a senha intransferivel. 

Pesquisei e conversei com algumas pessoas, ouvi que os juizes estão dando ganho de causa para os bancos nesses casos.... e que a chance seria baixa de conseguir. 

Enfim, esse desabafo serve para eu ler opiniões de vocês e também para compartilhar para que ninguém mais passe pelo que eu passei, sempre ajudei e orientei muitas pessoas em relação a golpes, e no fim eu mesmo acabei caindo em um. Uma série de coincidencias e o fato deles terem dados meus, acabou por me induzir ao erro. 

Fiquem a vontade para comentar, sugerir, etc. 

Muito obrigado,

Poxa, Anônimo. Que bela porcaria essa situação  =/

Não sou muito entendedor do assunto mas pelo pouco que conheço sobre questões de efetivações de pix e afins, realmente é muito difícil conseguir ganhar algo na justiça.

Até mesmo para sobre este panorama mais jurídico talvez nossos amigos @Daniele Vilela @Aline Correa e @Arthur Célio Cruz Ferreira Jorge Garcia possam comentar mais por serem feras da área.

Acho válido fazer um BO, tentar entrar como pequenas causas (posso estar falando bobagem pois não sei se enquadraria) para não desembolsar mais dinheiro, enfim, coisas que talvez possam ajudar mas infelizmente ir sem muita esperança de conseguir algo.

 

Já tive uma situação semelhante, na verdade toda semana bem dizer recebo ligações da suposta BIA do Bradesco (também somo correntistas aqui) falando sobre valores pendentes de empréstimos e afins. Quando atendo e escuto "oi, eu sou a BIA" eu já desligo. 

Na primeira vez que recebi a ligação deu uma assustada e resolvi ligar no telefone da minha agência e lá me asseguraram que não tinha nada e realmente não teve. Foi tentativa de golpe semelhante ao seu: ligação recebida de um número identificado como Bradesco. A sorte é que não passei dado algum de documento, conta, etc. 

 

Espero que consiga algo por aí!

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11 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Pesquisei e conversei com algumas pessoas, ouvi que os juizes estão dando ganho de causa para os bancos nesses casos.... e que a chance seria baixa de conseguir. 

Tem um post aqui na comunidade em que citei uma amiga que atua como advogada do consumidor , de certa forma o fato dos seus dados e o nome do gerente e telefone do banco estarem clonados e acabaram te levando ao erro , seria um indício de falha do lado do banco também … não sei se é fácil , mas pelo valor eu tentaria !

Procure no insta @cibelecmartins , pode dizer que eu a indiquei , ela é minha amiga pessoal, se ela souber como é se eh possível já vai te dizer e o que seria possível fazer …

  • Brabo 4
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12 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Ja tenho certa idade 44 anos, mas não sou nenhum desconhecido de tecnologia, trabalho com isso inclusive. Segue a história de como foi meu maior prejuizo até o momento. 

Eu havia falado com meu gerente do banco (era um novo gerente) via whats oficial do Bradesco (lixo de banco suporte zero alias) e estava esperando que ele fosse me ligar. Umas horas depois recebi uma chamada do número do banco bradesco dizendo que minha conta havia sido acessada por outro celular no RJ. Neguei qq acesso nesse estado, por coincidencia eu havia doado 3 celulares recentemente, já pensei que poderia ter sido algo relacionado. 

"ok senhor, vamos te passar para o gerente de sua conta apenas para confirmar a negativa e assegurar que sua conta está segura". 

Resumo da história, o cara sabia meu nome, nome do meu gerente, me disse que haviam feito um empréstimo e que ele ja havia solicitado cancelamento, porém pra garantir que não sacariam o dinheiro naquele dia, precisava fazer um procedimento manual até que o procedimento oficial fosse aprovado. 

O procedimento manual era um Pix disfarçado de CANCELAMENTO , (inclusive com a palavra cancelamento no código pix) para uma conta de um Laranja que o golpista dizia ser Gerente geral do Bradesco. 

Fiquei extremamente em dúvida, mas vi que o telefone era do Bradesco (clonagem) e que tudo batia. Ainda reclamei com o golpista e disse "que porcaria de procedimento é esse, um banco desse tamanho não poderia ter jeitinhos assim". 

Mas acabei fazendo a droga do procedimento no valor do referido empréstimo. Resultado, perdi 35mil reais nessa brincadeira, só fui descobrir no dia seguinte qdo fui no banco pq havia perdido acesso ao App. 

Sou cliente Prime no Bradesco, conta de uns 10-15 anos ja acho. 

Suporte zero, se negaram a tomar qualquer tipo de responsabilidade, simplesmente responderam a minha reclamação no BACEN que eu cai em um golpe e que a transferencia foi aprovada com os meios oficiais e com a senha intransferivel. 

Pesquisei e conversei com algumas pessoas, ouvi que os juizes estão dando ganho de causa para os bancos nesses casos.... e que a chance seria baixa de conseguir. 

Enfim, esse desabafo serve para eu ler opiniões de vocês e também para compartilhar para que ninguém mais passe pelo que eu passei, sempre ajudei e orientei muitas pessoas em relação a golpes, e no fim eu mesmo acabei caindo em um. Uma série de coincidencias e o fato deles terem dados meus, acabou por me induzir ao erro. 

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Muito obrigado,

Olá anônimo,

Que situação chata meu caro...

Como o @Eddy Paulini falou, sou advogado e posso dar um norte, e apesar de ter feito algumas ações nessa linha, não sou especialista dessa área não.

Esse é o típico golpe q o bandido te induz a fazer a transferência né, e por isso as vezes fica difícil conseguir reaver esses valores do próprio banco.

Existe uma súmula (jurisprudência reiterada) q sustenta que se o golpe é aplicado, na verdade, contra o banco e por meio de um correntista, vc não deve sofrer o prejuízo. Acontece q nesse caso alguns juízes entendem q não foi contra o banco, mas diretamente contra vc o golpe. 

O fato de aparecer o telefone real do banco pra vc, não quer dizer que houve uma falha de segurança da instituição financeira, pq na área de cibersegurança (como vc deve saber) não é possível evitar um "spoofing" do número de telefone.

Então, por isso acaba sendo importante a instituição informar os correntistas que não faz ligação desse número para os correntistas nem nada, pq aí sim ela acabaria ficando isenta de responsabilidade. Se não há, nunca houve essa espécie de informação, aí sim é até possível responsabilizar a instituição e compreender como uma falha na prestação dos serviços.

Ou seja, é possível tentar reaver os valores do banco? Sim, é possível! Mas não que seja uma tarefa fácil, já que vai depender dessas circunstâncias em pormenores, além do uma certa oscilação de entendimento entre os juízes nesses casos...

Vale a pena tentar? Creio q pelo valor até valha sim... Mas procure um bom advogado na área do consumidor e/ou bancária, que esteja bem acostumado com essas situações e fuja de quem lhe disser que "é causa ganha", pois tudo que queremos ouvir nessas horas é que vai recuperar... Tente negociar com o profissional um percentual somente em caso de êxito na ação, de modo que haverá um melhor empenho no processo e também vai afastar alguns maus profissionais que gostam de pegar uns "trocados" só pra falar oq vc queria ouvir nesse momento e não vão ganhar ao final, fazendo vc amargar ainda mais prejuízo!

Espero q tenha auxiliado um pouquinho aí... 😉🙏🏻

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17 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Ja tenho certa idade 44 anos, mas não sou nenhum desconhecido de tecnologia, trabalho com isso inclusive. Segue a história de como foi meu maior prejuizo até o momento. 

Eu havia falado com meu gerente do banco (era um novo gerente) via whats oficial do Bradesco (lixo de banco suporte zero alias) e estava esperando que ele fosse me ligar. Umas horas depois recebi uma chamada do número do banco bradesco dizendo que minha conta havia sido acessada por outro celular no RJ. Neguei qq acesso nesse estado, por coincidencia eu havia doado 3 celulares recentemente, já pensei que poderia ter sido algo relacionado. 

"ok senhor, vamos te passar para o gerente de sua conta apenas para confirmar a negativa e assegurar que sua conta está segura". 

Resumo da história, o cara sabia meu nome, nome do meu gerente, me disse que haviam feito um empréstimo e que ele ja havia solicitado cancelamento, porém pra garantir que não sacariam o dinheiro naquele dia, precisava fazer um procedimento manual até que o procedimento oficial fosse aprovado. 

O procedimento manual era um Pix disfarçado de CANCELAMENTO , (inclusive com a palavra cancelamento no código pix) para uma conta de um Laranja que o golpista dizia ser Gerente geral do Bradesco. 

Fiquei extremamente em dúvida, mas vi que o telefone era do Bradesco (clonagem) e que tudo batia. Ainda reclamei com o golpista e disse "que porcaria de procedimento é esse, um banco desse tamanho não poderia ter jeitinhos assim". 

Mas acabei fazendo a droga do procedimento no valor do referido empréstimo. Resultado, perdi 35mil reais nessa brincadeira, só fui descobrir no dia seguinte qdo fui no banco pq havia perdido acesso ao App. 

Sou cliente Prime no Bradesco, conta de uns 10-15 anos ja acho. 

Suporte zero, se negaram a tomar qualquer tipo de responsabilidade, simplesmente responderam a minha reclamação no BACEN que eu cai em um golpe e que a transferencia foi aprovada com os meios oficiais e com a senha intransferivel. 

Pesquisei e conversei com algumas pessoas, ouvi que os juizes estão dando ganho de causa para os bancos nesses casos.... e que a chance seria baixa de conseguir. 

Enfim, esse desabafo serve para eu ler opiniões de vocês e também para compartilhar para que ninguém mais passe pelo que eu passei, sempre ajudei e orientei muitas pessoas em relação a golpes, e no fim eu mesmo acabei caindo em um. Uma série de coincidencias e o fato deles terem dados meus, acabou por me induzir ao erro. 

Fiquem a vontade para comentar, sugerir, etc. 

Muito obrigado,

Olá anônimo, complementando meus colegas, minha primeira especialização é em Direito Penal, então já atuei em ação de fraude, hoje atuo na área de família e sucessões, mas vou te passar algumas orientações que podem te dar um norte. Primeiro, sinto muito pelo que aconteceu. A verdade é que os golpistas estão cada vez mais sofisticados, e as estratégias que eles usam são bem difíceis de identificar, principalmente quando têm informações sobre você e conseguem se passar por alguém de confiança.

Alguns pontos de atenção que ressalto:

- Pode ser alegar falha na segurança do banco: o primeiro ponto que chama atenção é a falta de segurança no processo de contato com você. Os bancos são obrigados a seguir normas rigorosas de segurança para evitar que seus clientes sejam vítimas de fraudes. A técnica utilizada pelos golpistas, ao se passar por um funcionário do banco, é conhecida como fraude de engenharia social, que nada mais é do que manipular as emoções e confiança do cliente para obter informações ou realizar transações fraudulentas. Nesse tipo de golpe, os bancos, como o Bradesco, deveriam ter medidas de segurança muito mais robustas, como a autenticação em dois fatores (2FA), por exemplo, para garantir que qualquer transação significativa seja validada pelo próprio cliente de forma mais segura.

Além disso, o banco deveria ter um procedimento muito mais claro para identificação de fraudes e para garantir a segurança do cliente, como um alerta mais explícito sobre a possibilidade de fraude, ou até mesmo, uma ligação direta do gerente ou da central de segurança do banco para verificar a solicitação. Uma linha a ser seguida é a de que há uma  ausência de um procedimento padrão de verificação de identidade ou de alerta imediato sobre atividades suspeitas em sua conta demonstrando negligência do banco. Se a situação fosse realmente urgente, como o golpista sugeriu, o banco deveria ter adotado medidas de segurança para impedir a transferência e notificado imediatamente a sua agência sobre qualquer possível fraude, principalmente, se este tipo de transação foge do que é efetuado pelo seu perfil de cliente.

No que diz respeito à responsabilidade do banco, a questão é mais delicada. A Lei 4.595/64 (Lei da Política Monetária) e a Resolução 4.480/2016 do Banco Central estipulam que os bancos têm a responsabilidade de garantir a segurança nas transações financeiras. Se uma pessoa, como você, um cliente com conta há muitos anos, faz uma transação em um momento de vulnerabilidade (por exemplo, devido à pressão psicológica), o banco deveria ter sido mais vigilante em relação à segurança da sua conta.

O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) também se aplica nesse contexto, pois ele garante a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços. Ou seja, o banco tem a responsabilidade de proteger o consumidor de fraudes, independentemente de culpa. Ao autorizar uma transação sem verificar a veracidade da solicitação, o banco falhou na sua obrigação de segurança. 

O que fazer agora:

Em relação ao que pode ser feito, é importante considerar se seguintes abordagens:

Contato com a ouvidoria do banco: o cliente deve acionar o banco imediatamente ao perceber a fraude, solicitando a devolução dos valores pelo MED. O banco então verifica a situação e, se a fraude for confirmada, inicia o processo de devolução do dinheiro. Caso o banco não tenha adotado as medidas de segurança necessárias para proteger sua conta e dados, como no seu caso, o MED pode ser acionado para responsabilizar o banco pela devolução dos valores.

Ação no Procon e Bacen: O primeiro passo que você já fez é formalizar a reclamação junto ao Procon e também à Ouvidoria do Banco Central. Essas entidades podem atuar junto ao banco para garantir que o banco seja responsabilizado por falhas nos procedimentos de segurança.

Por fim, a ação Judicial: caso o banco tenha sido omisso mediante as providências acima ou a resposta seja insatisfatória (o que é o caso), existe a possibilidade de ação judicial para reaver o valor perdido. Aqui, a defesa pode se basear nas falhas de segurança do banco e no fato de que a transação foi realizada sob falsos pretextos, ou seja, um golpe com o consentimento induzido. Em muitos casos, os tribunais têm reconhecido a responsabilidade do banco, considerando o poder que as instituições financeiras possuem sobre a segurança das contas de seus clientes. 

No caso de fraudes como a que você sofreu, onde foi feito um Pix para uma conta de "laranja" (uma conta usada para repassar os valores de forma ilícita), o banco tem a obrigação de investigar o destino do dinheiro transferido. Isso porque, além da responsabilidade de proteger a conta do cliente contra acessos não autorizados, o banco também precisa verificar o trajeto do dinheiro assim que uma fraude é identificada. É interesse do banco manter em seu cadastro para manter a segurança das operações contas idôneas. Quando você notifica o banco sobre a fraude, ele pode e deve realizar uma investigação interna para traçar o rastro da transferência. Isso inclui:

- Identificação das contas receptoras: o banco deve identificar a conta ou contas que receberam os valores enviados via Pix. Uma vez identificadas, o banco tem a obrigação de investigar quem são os donos dessas contas e, se forem contas de terceiros que estão atuando como "laranjas", ele deve colaborar com as autoridades competentes (Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público, etc.) para a responsabilização dos envolvidos.

- congelamento de valores: assim que o banco identificar a conta receptora, ele deve, em caráter emergencial, congelar os valores (se o dinheiro ainda não tiver sido retirado) para garantir que o valor seja devolvido ao cliente. Caso os valores tenham sido transferidos para outras contas ou retirados, o banco pode acionar os mecanismos legais necessários para tentar reaver o dinheiro.

- apoio à investigação: o banco tem a obrigação de cooperar com as investigações sobre o destino do dinheiro transferido, fornecendo informações relevantes, como dados das contas envolvidas, horário da transação, valores movimentados e dados dos envolvidos, quando possível. Caso o banco se recuse a investigar ou a colaborar com as autoridades, ele pode ser responsabilizado por omissão e negligência, o que pode fortalecer seu caso.

Portanto, o Bradesco tem a responsabilidade de verificar o destino do dinheiro enviado na fraude. Se ele não fez isso de forma eficaz ou não tomou as medidas necessárias, isso pode ser considerado falha na prestação de serviço, o que pode ser argumentado em sua defesa para tentar reaver os valores perdidos.

Em situações como a sua, o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED), mencionado anteriormente, pode ser acionado para garantir que o banco tome as providências necessárias para devolver os valores, além de garantir que ele investigue o destino do dinheiro para tentar recuperar a quantia transferida. Se o banco não estiver disposto a colaborar, a ação judicial pode ser necessária para exigir essa investigação e responsabilização.

Em resumo, o banco tem sim a obrigação de verificar as contas para as quais os valores foram enviados e tomar as ações cabíveis para que o valor perdido seja reembolsado, inclusive ajudando a identificar e punir os responsáveis pela fraude. Fácil não é, como o @Arthur Célio Cruz Ferreira Jorge Garcia mencionou, mas vale a pena contatar um advogado para tomar as medidas necessárias.

  • Brabo 1
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Anônimo,

Lendo o que nossa amiga @Daniele Vilela, que é bastante pertinente, como sempre, me lembrei que existe a possibilidade de solicitar o MED perante o banco, que é o mecanismo especial de devolução de um pix realizado erroneamente inclusive!

Creio q seja pelo menos interessante tentar essa via antes de qquer providência na esfera judicial! 😉

  • Brabo 2
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6 horas atrás, Daniele Vilela disse:

Olá anônimo, complementando meus colegas, minha primeira especialização é em Direito Penal, então já atuei em ação de fraude, hoje atuo na área de família e sucessões, mas vou te passar algumas orientações que podem te dar um norte. Primeiro, sinto muito pelo que aconteceu. A verdade é que os golpistas estão cada vez mais sofisticados, e as estratégias que eles usam são bem difíceis de identificar, principalmente quando têm informações sobre você e conseguem se passar por alguém de confiança.

Alguns pontos de atenção que ressalto:

- Pode ser alegar falha na segurança do banco: o primeiro ponto que chama atenção é a falta de segurança no processo de contato com você. Os bancos são obrigados a seguir normas rigorosas de segurança para evitar que seus clientes sejam vítimas de fraudes. A técnica utilizada pelos golpistas, ao se passar por um funcionário do banco, é conhecida como fraude de engenharia social, que nada mais é do que manipular as emoções e confiança do cliente para obter informações ou realizar transações fraudulentas. Nesse tipo de golpe, os bancos, como o Bradesco, deveriam ter medidas de segurança muito mais robustas, como a autenticação em dois fatores (2FA), por exemplo, para garantir que qualquer transação significativa seja validada pelo próprio cliente de forma mais segura.

Além disso, o banco deveria ter um procedimento muito mais claro para identificação de fraudes e para garantir a segurança do cliente, como um alerta mais explícito sobre a possibilidade de fraude, ou até mesmo, uma ligação direta do gerente ou da central de segurança do banco para verificar a solicitação. Uma linha a ser seguida é a de que há uma  ausência de um procedimento padrão de verificação de identidade ou de alerta imediato sobre atividades suspeitas em sua conta demonstrando negligência do banco. Se a situação fosse realmente urgente, como o golpista sugeriu, o banco deveria ter adotado medidas de segurança para impedir a transferência e notificado imediatamente a sua agência sobre qualquer possível fraude, principalmente, se este tipo de transação foge do que é efetuado pelo seu perfil de cliente.

No que diz respeito à responsabilidade do banco, a questão é mais delicada. A Lei 4.595/64 (Lei da Política Monetária) e a Resolução 4.480/2016 do Banco Central estipulam que os bancos têm a responsabilidade de garantir a segurança nas transações financeiras. Se uma pessoa, como você, um cliente com conta há muitos anos, faz uma transação em um momento de vulnerabilidade (por exemplo, devido à pressão psicológica), o banco deveria ter sido mais vigilante em relação à segurança da sua conta.

O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) também se aplica nesse contexto, pois ele garante a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços. Ou seja, o banco tem a responsabilidade de proteger o consumidor de fraudes, independentemente de culpa. Ao autorizar uma transação sem verificar a veracidade da solicitação, o banco falhou na sua obrigação de segurança. 

O que fazer agora:

Em relação ao que pode ser feito, é importante considerar se seguintes abordagens:

Contato com a ouvidoria do banco: o cliente deve acionar o banco imediatamente ao perceber a fraude, solicitando a devolução dos valores pelo MED. O banco então verifica a situação e, se a fraude for confirmada, inicia o processo de devolução do dinheiro. Caso o banco não tenha adotado as medidas de segurança necessárias para proteger sua conta e dados, como no seu caso, o MED pode ser acionado para responsabilizar o banco pela devolução dos valores.

Ação no Procon e Bacen: O primeiro passo que você já fez é formalizar a reclamação junto ao Procon e também à Ouvidoria do Banco Central. Essas entidades podem atuar junto ao banco para garantir que o banco seja responsabilizado por falhas nos procedimentos de segurança.

Por fim, a ação Judicial: caso o banco tenha sido omisso mediante as providências acima ou a resposta seja insatisfatória (o que é o caso), existe a possibilidade de ação judicial para reaver o valor perdido. Aqui, a defesa pode se basear nas falhas de segurança do banco e no fato de que a transação foi realizada sob falsos pretextos, ou seja, um golpe com o consentimento induzido. Em muitos casos, os tribunais têm reconhecido a responsabilidade do banco, considerando o poder que as instituições financeiras possuem sobre a segurança das contas de seus clientes. 

No caso de fraudes como a que você sofreu, onde foi feito um Pix para uma conta de "laranja" (uma conta usada para repassar os valores de forma ilícita), o banco tem a obrigação de investigar o destino do dinheiro transferido. Isso porque, além da responsabilidade de proteger a conta do cliente contra acessos não autorizados, o banco também precisa verificar o trajeto do dinheiro assim que uma fraude é identificada. É interesse do banco manter em seu cadastro para manter a segurança das operações contas idôneas. Quando você notifica o banco sobre a fraude, ele pode e deve realizar uma investigação interna para traçar o rastro da transferência. Isso inclui:

- Identificação das contas receptoras: o banco deve identificar a conta ou contas que receberam os valores enviados via Pix. Uma vez identificadas, o banco tem a obrigação de investigar quem são os donos dessas contas e, se forem contas de terceiros que estão atuando como "laranjas", ele deve colaborar com as autoridades competentes (Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público, etc.) para a responsabilização dos envolvidos.

- congelamento de valores: assim que o banco identificar a conta receptora, ele deve, em caráter emergencial, congelar os valores (se o dinheiro ainda não tiver sido retirado) para garantir que o valor seja devolvido ao cliente. Caso os valores tenham sido transferidos para outras contas ou retirados, o banco pode acionar os mecanismos legais necessários para tentar reaver o dinheiro.

- apoio à investigação: o banco tem a obrigação de cooperar com as investigações sobre o destino do dinheiro transferido, fornecendo informações relevantes, como dados das contas envolvidas, horário da transação, valores movimentados e dados dos envolvidos, quando possível. Caso o banco se recuse a investigar ou a colaborar com as autoridades, ele pode ser responsabilizado por omissão e negligência, o que pode fortalecer seu caso.

Portanto, o Bradesco tem a responsabilidade de verificar o destino do dinheiro enviado na fraude. Se ele não fez isso de forma eficaz ou não tomou as medidas necessárias, isso pode ser considerado falha na prestação de serviço, o que pode ser argumentado em sua defesa para tentar reaver os valores perdidos.

Em situações como a sua, o uso do Mecanismo Especial de Devolução (MED), mencionado anteriormente, pode ser acionado para garantir que o banco tome as providências necessárias para devolver os valores, além de garantir que ele investigue o destino do dinheiro para tentar recuperar a quantia transferida. Se o banco não estiver disposto a colaborar, a ação judicial pode ser necessária para exigir essa investigação e responsabilização.

Em resumo, o banco tem sim a obrigação de verificar as contas para as quais os valores foram enviados e tomar as ações cabíveis para que o valor perdido seja reembolsado, inclusive ajudando a identificar e punir os responsáveis pela fraude. Fácil não é, como o @Arthur Célio Cruz Ferreira Jorge Garcia mencionou, mas vale a pena contatar um advogado para tomar as medidas necessárias.

@Daniele Vilela, agora que vi todo o texto e q vc falou do MED tb e tal... Rsss

Vc é fera! 😉

Quer trabalhar pra mim não? Kkkkkk

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4 minutes ago, Daniele Vilela disse:

Bora fazer uma sociedade hahahaha 

Hahahaha... Boa @Daniele Vilela, problema q sociedade já tem, a porta de entrada é "associado", mas nada impede vir a ser sócio não... Outros já fizeram a progressão de carreira conosco sim! Hahaha 

  • Aí cê deu aula... 1
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21 minutes ago, Arthur Célio Cruz Ferreira Jorge Garcia disse:

Hahahaha... Boa @Daniele Vilela, problema q sociedade já tem, a porta de entrada é "associado", mas nada impede vir a ser sócio não... Outros já fizeram a progressão de carreira conosco sim! Hahaha 

Olha só! Mas vamos conversar a respeito sim! Está muito bom este bate bola jurídico por aqui :) acho que dá jogo!

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