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Um cara estranho e no meio de muitos caras estranhos


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9 minutes ago, Leonardo Borella Santos disse:

Jovem, entre 22 ~ 25 anos, magro e alto, feição de desinteresse, cabelo bagunçado e uma placa que diz "abraço grátis".

Essa é a descrição de um homem que vejo no parque há mais de 3 meses, sempre que vou caminhar.

Ele aparenta sempre estar cansado, mas sempre disposto.

As folhas das árvores se tornam insignificantes quando comparadas às pessoas que o ignoram todas as vezes que dão suas voltas nas caminhadas.

Sempre me questiono onde ele quer chegar com aquilo, fico estranhamente interessado em saber o motivo que não é relevante pra mim.

Hoje eu e dois amigos fomos fazer nossa caminhada tradicional, nada excêntrico, mas paramos pra conversar sobre sempre ver ele.

Vou chama-los de amigo 1 e amigo 2 pra não expor nomes.

Meu amigo 1 disse que "talvez ele seja um estudante de teatro que quer quebrar as barreiras da vergonha que ele sente, pode ser um cara super inteligente e introvertido... Ou talvez vai oferecer algo pra vender pós abraço".

Já o amigo 2 disse, não com essas palavras, mas vou tentar traduzir - "a forma com que ele oferece os abraços não é nada atrativa, ele não tem uma abordagem interpessoal interessante, não cria desejo espontâneo de o abraçar."

Ficamos discutindo por 1,7km, que são aproximadamente 14 minutos andando em um ritmo lento. Nossa conclusão foi que, o Léo abraça e pergunta ele o motivo.

O cumprimentei e questionei falando assim "eai cara, sempre te vejo e passo reto apesar de ter vontade de te abraçar, algo tira meu interesse" o abracei e continuei a dizer "pode me falar o motivo de você estar aqui todos os dias por tanto tempo?"

Ele, um pouco inseguro, gaguejando e respirando fundo me disse "eu... um dia estava deprimido e saí pra rua, um estranho me abraçou e me senti melhor... decidi fazer o mesmo, até criei uma ONG ".

Ele não soube me explicar sobre a ONG, talvez pelo nervosismo de alguém dar atenção a ele ou pela pergunta inédita que muitas pessoas queriam fazer.

Quando eu terminei de abraçar ele, chegou uma garota e fez o mesmo. Talvez as pessoas não o abraçam por ter medo de quebrar a barreira, e, quando alguém a quebra, apenas seguem por ser mais fácil.

Não sei o que acho sobre isso, mas de alguma forma acho que vou abraçar ele novamente quando voltar para caminhar, e meus amigos também.

Não sei o motivo de eu ficar tão interessado no intuito dele, mas esse cara alugou um apartamento na minha mente.

As vezes a intenção da pessoa seja a mais simples: querer abraçar alguém que eventualmente estivesse precisando assim como ele precisou um dia.

Como por muitas vezes trazemos tanta complexidade as coisas a nossa volta, esquecemos da simplicidade.

Ouso dizer que se realmente for isso, entendo o lado dele e a intenção.

  • Aí cê deu aula... 2
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1 minute ago, Eddy Paulini disse:

As vezes a intenção da pessoa seja a mais simples: querer abraçar alguém que eventualmente estivesse precisando assim como ele precisou um dia.

Como por muitas vezes trazemos tanta complexidade as coisas a nossa volta, esquecemos da simplicidade.

Ouso dizer que se realmente for isso, entendo o lado dele e a intenção.

Sendo ele sincero ou não, eu acho que viajo demais kkkk

 

  • HAHAHAHA 1
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37 minutes ago, Leonardo Borella Santos disse:

ele não tem uma abordagem interpessoal interessante, não cria desejo espontâneo de o abraçar."

Oie Leo, tudo bem? 

Confesso que esse trecho do amigo 02 me deixou um tanto quanto reflexiva rs

Como que se cria um desejo espontâneo de abraçar, através de uma abordagem interpessoal interessante?

Será que seria como aquelas estratégias usadas na PNL?

 

Concluindo, prezo pelo mesmo posicionamento que o Eddy, as vezes as intenções são mais simples do que imaginamos, só que temos sempre a necessidade de dar complexidade a tudo. Nem sempre precisamos justificar e argumentar alguns de nossos atos e comportamentos, apenas fazemos porque é importante, porque gostamos, porque nos fazem bem e queremos oferecer aquilo de bom que um dia nos foi dado. 

 

obs.: Estou adorando essa comunidade do Raul, compartilhamos assuntos, opiniões, posicionamentos de muito alto valor, seja profissionalmente ou pessoalmente, mas acima de tudo, respeitando uns aos outros. Isso aqui é Fantástico.   

  • Aí cê deu aula... 1
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