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Dúvidas em renda fixa


Luan Dawidman

Pergunta

Olá. Sou aluno novato em investimentos e tenho tido algumas dúvidas em relação aos processos e estratégias que usamos para investir em renda fixa. Vou lista algumas dessas questões abaixo e quem puder ajudar, ficaria muito grato! 

Marcação a mercado:

- Pelo que vim lendo e estudando até aqui, contrafluxo é uma ótima estratégia de manter com uma carteira sempre com bons rendimentos. A minha dúvida surge quando essa estratégia se mistura com a marcação a mercado. Se eu entendi direito, marcação a mercado é uma estratégia a ser usada eventualmente quando uma oportunidade surgir durante o acompanhamento dos rendimentos e é uma consequência direta do contrafluxo. Está correto esse pensamento?

- Agora em relação a como ele funciona, como eu sei se é valido resgatar algum investimento, levando em conta a alíquota do IR, as taxas e até mesmo o potencial de crescimento futuro? 

- Caso eu decida fazer esse resgate, devo resgatar todo o valor? E o que acontece em seguida? Eu reservo esse valor ou já aplico diretamente em outro investimento?

Perguntais gerais sobre renda fixa:

- Algumas outras dúvidas que tenho em relação aos investimentos de renda fixa são:

  • Com que frequência devo fazer meus aportes? 1 vez por mês? Devo acompanhar todo dia ou apenas nos dias de aporte?
  • Quando eu compro um determinado papel, ele fica "registrado" (por falta de conhecimento do termo correto) junto com os outros que eu já tenho comprado daquele mesmo papel? Ex.: Comprei selic 2027 hoje e amanhã eu compro o mesmo selic 2027, eles se tornam o mesmo papel?
  • Quaisquer outros esclarecimentos que eu possa estar esquecendo são muito bem-vindos haha
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2 respostas para essa pergunta

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1 hora atrás, Luan Dawidman disse:

Olá. Sou aluno novato em investimentos e tenho tido algumas dúvidas em relação aos processos e estratégias que usamos para investir em renda fixa. Vou lista algumas dessas questões abaixo e quem puder ajudar, ficaria muito grato! 

Marcação a mercado:

- Pelo que vim lendo e estudando até aqui, contrafluxo é uma ótima estratégia de manter com uma carteira sempre com bons rendimentos. A minha dúvida surge quando essa estratégia se mistura com a marcação a mercado. Se eu entendi direito, marcação a mercado é uma estratégia a ser usada eventualmente quando uma oportunidade surgir durante o acompanhamento dos rendimentos e é uma consequência direta do contrafluxo. Está correto esse pensamento?

- Agora em relação a como ele funciona, como eu sei se é valido resgatar algum investimento, levando em conta a alíquota do IR, as taxas e até mesmo o potencial de crescimento futuro? 

- Caso eu decida fazer esse resgate, devo resgatar todo o valor? E o que acontece em seguida? Eu reservo esse valor ou já aplico diretamente em outro investimento?

Perguntais gerais sobre renda fixa:

- Algumas outras dúvidas que tenho em relação aos investimentos de renda fixa são:

  • Com que frequência devo fazer meus aportes? 1 vez por mês? Devo acompanhar todo dia ou apenas nos dias de aporte?
  • Quando eu compro um determinado papel, ele fica "registrado" (por falta de conhecimento do termo correto) junto com os outros que eu já tenho comprado daquele mesmo papel? Ex.: Comprei selic 2027 hoje e amanhã eu compro o mesmo selic 2027, eles se tornam o mesmo papel?
  • Quaisquer outros esclarecimentos que eu possa estar esquecendo são muito bem-vindos haha

Olá, @Luan Dawidman.
A sua colocação sobre contrafluxo, eu acrescentária também a ideia de pegar sempre ativos que não são o foco dos  de investimentos naquele momento. Ou seja, quando a selic está alta, parece tentador pegar rendimentos atrelados ao CDI, porque, naturalmente teremos um bom rendimento no curto prazo, mas, nesse momento, é interessante olhar com carinho para os préfixados, que podem estar garantindo um rendimento menor no curto prazo, mas que "travam" sua taxa alta por um período determinado.

Em relação a mercação a mercado eu acrescentária que ela é uma estrátegia utilizada em títulos públicos de renda fixa, ou seja, apenas para títulos do tesouro direto. Esse detalhe é muito importante, porque apesar de haver a possibilidade de sair de um título de renda fixa do mercado privado antes do prazo de vencimento, provavavelmente você sairá perdendo parte da rentabilidade. 

Para vender o título você deve, primeiro, verificar qual a sua taxa de retorno nele vendendo no momento que você considera como uma bom momento de venda. Como você consegue ver isso? No site do terouro direito você consegue verificar qual a expectativa de retorno se o seu título tivesse seguindo a taxas de juros que você contratou, em comparação com a rentabilidade real dele ao longo do tempo. Quando mais próximo do vencimento do título, mais essas linhas vão se encontrando e se alinhando. Se, durante o período de carregamento do título você identificar uma assimetria grande entre as duas linhas do gráfico, em que você está ganhando na marcação do título, então você faz o cálculo do IR sobre o rendimento, considerando o tempo que você já carrega o título. Além disso, considere as oportunidades disponíveis no momento do resgate e as expectativas de retorno tanto do título, quanto desses outros investimentos disponíveis para saber se vai valer a pena vender seu título ou continuar com ele, porque não adianta resgatar um título prefixado que está te garantindo 16% ao ano para investir em um que irá te pagar 12% ao ano. 

Você só deve fazer o resgate de um investimento quando você JÁ SABE onde vai alocar esse recurso. Se você não sabe, então não faz sentido resgatar. A quantidade que você vai vender do título depende da mesma análise. A marcação a mercado é interessante, mas algumas vezes você pode considerar mais interessante manter o título e carregar ele até o vendimento, pois nem sempre vai fazer sentido vender. 
Abro aqui um espaço para falar sobre a minha aplicação pessoal:

Os titulos préfixados, como não sao muito longos, 2027 (2 anos), 2031 (6 anos), eu invisto pensando em carregar até o vencimento, quando há oportunidades como agora, com taxas acima de 15%. Primeiro que, na minha carteira, opto pelo mais longo, 2031, considerando a tabela do IR e, também, considero que em 6 anos o meu capital investido vai dobrar com o menor risco de mercado possível.
Na minha estratégia, faço marcação a mercado nos títulos: Tesouro IPCA+ 2035, Tesouro IPCA+ 2045 e nos títulos Tesouro Renda+Aposentadoria Extra a partir do 2050. A margem de tempo para se ter uma boa janela de maração a mercado torna os títulos interessantes. E porque não usar o Tesouro IPCA+ 2029? Pelo mesmo motivo dos prefixados - o prazo. São 4 anos, então, geralmente o que invisto no Tesouro IPCA+ 2029, invisto com a idéia de carregar até o vencimento. Mas, cabe destacar que não é que eu não venda de forma alguma, mas, para vender, téria que a assimetria entre o rendimento esperando e o efetivo ser grande e o título estar entregando quase toda sua rentabilidade já.

Não precisa acompanhar todos os dias, não somos analistas,  e com isso vamos só aumentar a chance de fazermos besteira, hahahahahha. Em relação a renda fixa, você faz sua análise sempre nos dias de aporte, porém, ás vezes vale a pena acompanhar a plataforma da AUVP no horário que consegue pegar os títulos interesantes do mercado secundário. Mas, lembrando, isso só se aplica a títulos de renda fixa de credito privado. Os títulos públicos você pode fazer 1 aporte só ou dividir em 2 ou 3, mas geralmente não tem uma grande alteração - a menos que o governo faça algo muito positivo ou catastrófico, as mudanças são progressivas.

Quando você compra Tesouro Selic 2027 hoje e amanhã você está comprando, efetivamente, o mesmo título, no entanto, com rentabilidade diferente, se houver nudança de uma compra para outra, dessa forma, você terá como rentabilidade a média das taxas contratadas. 

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  • Aí cê deu aula... 1
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4 horas atrás, Luan Dawidman disse:

Olá. Sou aluno novato em investimentos e tenho tido algumas dúvidas em relação aos processos e estratégias que usamos para investir em renda fixa. Vou lista algumas dessas questões abaixo e quem puder ajudar, ficaria muito grato! 

Marcação a mercado:

- Pelo que vim lendo e estudando até aqui, contrafluxo é uma ótima estratégia de manter com uma carteira sempre com bons rendimentos. A minha dúvida surge quando essa estratégia se mistura com a marcação a mercado. Se eu entendi direito, marcação a mercado é uma estratégia a ser usada eventualmente quando uma oportunidade surgir durante o acompanhamento dos rendimentos e é uma consequência direta do contrafluxo. Está correto esse pensamento?

- Agora em relação a como ele funciona, como eu sei se é valido resgatar algum investimento, levando em conta a alíquota do IR, as taxas e até mesmo o potencial de crescimento futuro? 

- Caso eu decida fazer esse resgate, devo resgatar todo o valor? E o que acontece em seguida? Eu reservo esse valor ou já aplico diretamente em outro investimento?

Perguntais gerais sobre renda fixa:

- Algumas outras dúvidas que tenho em relação aos investimentos de renda fixa são:

  • Com que frequência devo fazer meus aportes? 1 vez por mês? Devo acompanhar todo dia ou apenas nos dias de aporte?
  • Quando eu compro um determinado papel, ele fica "registrado" (por falta de conhecimento do termo correto) junto com os outros que eu já tenho comprado daquele mesmo papel? Ex.: Comprei selic 2027 hoje e amanhã eu compro o mesmo selic 2027, eles se tornam o mesmo papel?
  • Quaisquer outros esclarecimentos que eu possa estar esquecendo são muito bem-vindos haha

Oi Luan,

Algumas ideias para você refletir.

O contrafluxo busca antecipar tendências de juros para obter melhores taxas no longo prazo, enquanto a marcação a mercado precifica os títulos diariamente, criando oportunidades de realizar lucros antes do vencimento. Mas nem sempre um implica o outro necessariamente.

  • Quando resgatar? Considere três fatores: (1) tributação – evite resgatar cedo para não pagar IR alto; (2) oportunidade – compare com outros investimentos antes de vender; (3) seu objetivo – se o título atende sua estratégia, pode ser melhor mantê-lo.
  • Vender tudo ou parte? Se um título valorizou, vender uma parte pode garantir lucro sem abrir mão de sua estratégia inicial.
  • Realocar ou segurar o dinheiro? Sempre tenha um destino planejado. A marcação a mercado só fará sentido se houver outro investimento que traga mais retorno do que se você mantivesse o título até o final. Se não houver boas oportunidades, provavelmente não compensará vender o título antecipadamente.
  • Frequência de aportes e registro de títulos: Aportes mensais ajudam a diluir riscos. E ao comprar o mesmo título em momentos diferentes, os rendimentos são ajustados pela média das taxas contratadas.

Resumindo: a marcação a mercado pode ser útil, mas deve ser bem analisada dentro da sua estratégia para evitar perdas desnecessárias e maximizar seus ganhos no longo prazo.

Espero ter ajudado!

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