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Marcação a mercado


Celso Scherer Filho

Pergunta

Terminei o módulo 3 agora, e achei interessante a parte de marcação a mercado. Renda fixa eu invisto pelo banco Inter. E tem aparecido uns CDBs prefixados de 15% com vencimentos em 2027 ou 2028. Acredito que até lá, a taxa Selic começa cair e dá pra ganhar com a marcação a mercado. Tem outros CDBs prefixados mais de 16%, mas com vencimentos em 2026 e outros no começo de 2027, acredito que o prazo está curto para fazer marcação a mercado, pois a previsão é que a Selic só caia em 2026.

Essa minha forma de pensar sobre marcação a mercado está correta ou preciso rever as aulas? 

Outra dúvida, da pra fazer marcação a mercado em todos os títulos CDB, LCI, LCA, Cri, Cra, Debêntures...ou só em um título específico?

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4 respostas para essa pergunta

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18 horas atrás, Celso Scherer Filho disse:

Terminei o módulo 3 agora, e achei interessante a parte de marcação a mercado. Renda fixa eu invisto pelo banco Inter. E tem aparecido uns CDBs prefixados de 15% com vencimentos em 2027 ou 2028. Acredito que até lá, a taxa Selic começa cair e dá pra ganhar com a marcação a mercado. Tem outros CDBs prefixados mais de 16%, mas com vencimentos em 2026 e outros no começo de 2027, acredito que o prazo está curto para fazer marcação a mercado, pois a previsão é que a Selic só caia em 2026.

Essa minha forma de pensar sobre marcação a mercado está correta ou preciso rever as aulas? 

 

Oi, @Celso Scherer Filho.

É verdade que títulos com prazos mais longos sofrem mais oscilações no decorrer do tempo e também pelo tempo tem uma janela maior onde podem aparecer boas oportunidades para a marcação a mercado. Ademais, em títulos não isentos você terá uma alíquota menor de I.R, mas tive a sensação de que você está comprando títulos visando fazer a marcação a mercado.

Em um primeiro momento, compre os títulos esperando levá-los até seu vencimento. Observe seus objetivos, contrafluxo, compare a segurança, rentabilidade... enfim, faça o processo de avaliação normalmente. A marcação a mercado deve vir como um bônus conforme você acompanha sua carteira, como descobrir um bombom dentro do Ovo de Páscoa que você comprou.

A antecipação NUNCA, JAMAIS vai pagar mais do que a rentabilidade do vencimento antes do vencimento. Se você observar a oportunidade de lucrar o valor esperado mais cedo com a venda antecipada do título, não se esqueça de considerar os valores de IOF e IR no seu título: se existem e quanto. Então qual seria uma boa oportunidade? Quando, no momento do resgate antecipado com lucro, você compre outro título que vá lhe render mais do que o que você tinha se ficasse com ele até o final. Para isso, uma ferramenta muito prática é a calculadora de renda fixa para comparar rentabilidades e descobrir o melhor dentro do que está sendo ofertado no dia:

https://investidorsardinha.r7.com/calculadoras/comparador-de-renda-fixa/

18 horas atrás, Celso Scherer Filho disse:

Outra dúvida, da pra fazer marcação a mercado em todos os títulos CDB, LCI, LCA, Cri, Cra, Debêntures...ou só em um título específico?

Todos os títulos que você citou sofrem marcação a mercado, mas além de terem uma liquidez mais baixa que os Títulos Públicos, aumentando o risco, as corretoras cobram taxas nas operações de vendas antecipadas, reduzindo ainda mais o lucro ou aumentando ainda mais o prejuízo.

  • Aí cê deu aula... 1
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Olá @Celso Scherer Filho,

Sobre sua análise de marcação a mercado. Seu raciocínio está no caminho certo. A marcação a mercado dos títulos prefixados realmente se beneficia quando há queda na taxa de juros. Quando a Selic cai, o valor de mercado dos títulos prefixados tende a subir, especialmente aqueles com vencimentos mais longos.

Sobre os prazos que você mencionou:

  • CDBs com vencimento em 2027-2028 com taxa de 15%: Podem ter potencial de valorização se a Selic cair conforme previsto
  • CDBs com vencimento em 2026 a 16%+: Prazo mais curto significa menor sensibilidade às variações da Selic, porém a taxa prefixada mais alta já oferece um prêmio interessante.

Quanto à sua segunda pergunta, a marcação a mercado se aplica tecnicamente a todos os títulos (CDB, LCI, LCA, CRI, CRA, Debêntures), mas o efeito prático varia:

  • Títulos prefixados: São mais sensíveis às variações da Selic
  • Títulos pós-fixados (como os indexados ao CDI): Têm menor volatilidade na marcação a mercado
  • Títulos indexados à inflação: São afetados tanto pela taxa de juros real quanto pelas expectativas de inflação

Vale lembrar que a marcação a mercado só é relevante se você pretende vender o título antes do vencimento. Se segurar até o final, receberá o valor acordado independentemente das oscilações de mercado.

Espero ter ajudado.

  • Brabo 1
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6 horas atrás, Celso Scherer Filho disse:

Terminei o módulo 3 agora, e achei interessante a parte de marcação a mercado. Renda fixa eu invisto pelo banco Inter. E tem aparecido uns CDBs prefixados de 15% com vencimentos em 2027 ou 2028. Acredito que até lá, a taxa Selic começa cair e dá pra ganhar com a marcação a mercado. Tem outros CDBs prefixados mais de 16%, mas com vencimentos em 2026 e outros no começo de 2027, acredito que o prazo está curto para fazer marcação a mercado, pois a previsão é que a Selic só caia em 2026.

Essa minha forma de pensar sobre marcação a mercado está correta ou preciso rever as aulas? 

Outra dúvida, da pra fazer marcação a mercado em todos os títulos CDB, LCI, LCA, Cri, Cra, Debêntures...ou só em um título específico?

Boa noite, @Celso Scherer Filho

Acho que no movimento de marcação a mercado você precisa considerar algumas informações importantes que o @Raul detalha na aula. 

Primeiro: a marcação a mercado é um fenomeno que acontece em todos os ativos de renda fixa, no entanto, quase sempre, apenas os títulos públicos te permitem ganhar com esse movimento, porque no ativos privados como CDB, LCI, LCA, CRI, CRA... o spread cobrado pelos bancos vai te fazer perder dinheiro, porque corroi a rentabilidade. O mercado secundário existe para os ativos privados, mas não tem um cálculo pré-estabelecido que vá nortear o valor do teu ativo como existe nos títulos públicos. Resumindo: não compre ativos privados pensando em marcação a mercado. Os títulos privados são, essencialmente, para você carregar até o vencimento, a menos que algo muito fora da curva aconteça - o que você deve planejar o possível para não acontecer. 

Agora, a estratégia que uso para mim... Investimentos no Tesouro Prefixado  não são os melhores ativos para aproveitar o fenômeno de marcação a mercado. Explico. O título mais longo do Tesouro Prefixado sem juros semestrais vence em janeiro de 2032. Essa janela de tempo, menos que 7 anos, vai fazer com a variação entre preço e taxa, em geral, não seja tão adrupta. Obviamente que uma mudança drástica na política fiscal pode fazer com que abra-se um cenário favorável ao resgate do título com ganhos na marcação a mercado, mas, nesse caso, você deve sempre refletir se os investimentos disponíveis no momento de resgate são melhores e irão te garantir uma rentabilidade maior que a contratada no título. Em taxas no nível que estão hoje, com o perfil de baixo risco do tesouro, dificilmente valerá a pena retirar o investimento para colocar em outro ativo. 

Agora, então, vamos valor sobre os títulos mais indicados para marcação a mercado: títulos de longo prazo do tesouro direto, em que a relação entre preço e taxa criam ótimas oportunidades, já que o vetor tempo é o potencializados dos juros compostos. Aqui, estamos falando dos títulos: Tesouro IPCA+ 2040, Tesouro IPCA+ 2050, e todos os títulos Tesouro Renda+Aposentadoria Extra que vencem depois de 2040. Esse títulos são mais indicados porque possuem uma possibilidade maior de mudança de cenário, considerando que a marcação a mercado, geralmente, tem uma janela de espera que pode variar de 2 a 6/7 anos, ou mais, dependendo das guinadas da política fiscal, além disso, como os juros compostos tem o tempo como sua potência, então quando mais longo o tempo, mas a alteração na taxa vai alterar o preço do título. Alterações mínimas nesses títulos já apresentam variações de "ganho" ou "perda" de renda variável. São títulos de renda fixa que tem volatilidade de renda variável, por isso, também que possibilitam ganhos mais expressivos. 

Eu recomendo que você reveja o módulo, porque o @Raul explica bem essa parte sobre a marcação a mercado e deixa claro que usamos ela com os títulos do TESOURO DIRETO. Não há especulação e ganhos na marcação a mercado nos ativos privados. Cuidado para não perder dinheiro.

 

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