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Pergunta

Postado

Galera, fiquei com mais essa aqui:

Os 1000 reais, que são falados. É por que nenhum Título do governo pode ficar menor que esse valor no final do seu prazo de vencimento, não tendo  nenhuma relação na possibilidade de aproveitar a marcação a mercado? 

Quando se investe tentando aproveitar a marcação a mercado é melhor fazer  um único aporte, talvez em mais de um Título, vc já precisa entrar com essa ideia?

Obrigado

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4 respostas para essa pergunta

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  • 2
Postado

Boa tarde, @Robson De Souza Da Silva !

2 horas atrás, Robson De Souza Da Silva disse:

Os 1000 reais, que são falados. É por que nenhum Título do governo pode ficar menor que esse valor no final do seu prazo de vencimento, não tendo  nenhuma relação na possibilidade de aproveitar a marcação a mercado? 

Para a marcação a mercado acontecer, é necessário um preço alvo por assim dizer. Quando o programa do Tesouro foi criado, foi conceituado que ter um valor final ajudaria nos cálculos de rentabilidade bem como a variação da marcação a mercado. E o valor escolhido pelo Tesouro foi o de R$1.000.

Ou seja, aplicações no Tesouro prefixado e IPCA+ irão ter este valor no vencimento. Só lembrando que para o IPCA+ o valor nominal muda um pouquinho pois serão R$1.000 corrigidos pela inflação.

Os títulos são vendidos a preços menores que seu vencimento e irão render até chegar neste valor final. É aqui que a marcação acontece pois ao invés do título ter seu preço sendo ajustado linearmente até o chegar no valor alvo de vencimento, ora ele pode estar valendo mais, ora menos. Mas este ora mais ou ora menos nunca é maior do que o valor de vencimento.

A marcação a mercado é uma antecipação de ganhos e nunca um ganhos maior do que o vencimento.

Vamos imaginar o seguinte: (valores abaixo apenas ilustrativos para entender a ideia. Não tem conta exata sendo feita)

Comprei um título prefixado hoje a R$600 e daqui a 4 anos no vencimento ele irá valer R$1.000. Na teoria, no primeiro ano meu título estaria valendo R$700, no segundo R$800, no terceiro R$900 e no quarto e último que o vencimento será R$1.000.

Vamos imaginar que no segundo ano onde o título deveria já estar acumulado em R$800, dado a marcação a mercado ele está em R$900. Veja que estamos antecipando em 1 ano o valor de R$900. Esse é o efeito da marcação que podemos ter que além do valor é uma antecipação de rentabilidade.

2 horas atrás, Robson De Souza Da Silva disse:

Quando se investe tentando aproveitar a marcação a mercado é melhor fazer  um único aporte, talvez em mais de um Título, vc já precisa entrar com essa ideia?

Aqui seria interessante revisar o conceito de que não investimos visando a marcação a mercado. Seguimos sempre o cotnrafluxo. A marcação a mercado vem como um bônus, um extra que eventualmente podemos ter mas não que objetivemos ele necessariamente. Entenda como uma carta na manga que podemos ter a chance de utilizar.

Isso por que temos algumas premissas para fazer a marcação. Por exemplo, vamos imaginar que eu quero fazer a marcação de um título do Tesouro prefixado a 14%a.a. Quando eu antecipo a rentabilidade, idealmente eu deveria investir este valor em um outro título ou aplicação que pagasse mais que estes 14%a.a. para fazer os juros compostos seguirem trabalhando. Não faria sentido resgatar este valor e reaplica ele em um outro prefixado que pagasse 12%a.a. Eu receberia mais (14%) se eu levasse o título até o vencimento.

 

Veja se essa explicação esclarece suas dúvidas e se ainda restou algum ponto que não ficou claro, é só dizer!

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17 horas atrás, Eddy Paulini disse:

Boa tarde, @Robson De Souza Da Silva !

Para a marcação a mercado acontecer, é necessário um preço alvo por assim dizer. Quando o programa do Tesouro foi criado, foi conceituado que ter um valor final ajudaria nos cálculos de rentabilidade bem como a variação da marcação a mercado. E o valor escolhido pelo Tesouro foi o de R$1.000.

Ou seja, aplicações no Tesouro prefixado e IPCA+ irão ter este valor no vencimento. Só lembrando que para o IPCA+ o valor nominal muda um pouquinho pois serão R$1.000 corrigidos pela inflação.

Os títulos são vendidos a preços menores que seu vencimento e irão render até chegar neste valor final. É aqui que a marcação acontece pois ao invés do título ter seu preço sendo ajustado linearmente até o chegar no valor alvo de vencimento, ora ele pode estar valendo mais, ora menos. Mas este ora mais ou ora menos nunca é maior do que o valor de vencimento.

A marcação a mercado é uma antecipação de ganhos e nunca um ganhos maior do que o vencimento.

Vamos imaginar o seguinte: (valores abaixo apenas ilustrativos para entender a ideia. Não tem conta exata sendo feita)

Comprei um título prefixado hoje a R$600 e daqui a 4 anos no vencimento ele irá valer R$1.000. Na teoria, no primeiro ano meu título estaria valendo R$700, no segundo R$800, no terceiro R$900 e no quarto e último que o vencimento será R$1.000.

Vamos imaginar que no segundo ano onde o título deveria já estar acumulado em R$800, dado a marcação a mercado ele está em R$900. Veja que estamos antecipando em 1 ano o valor de R$900. Esse é o efeito da marcação que podemos ter que além do valor é uma antecipação de rentabilidade.

Aqui seria interessante revisar o conceito de que não investimos visando a marcação a mercado. Seguimos sempre o cotnrafluxo. A marcação a mercado vem como um bônus, um extra que eventualmente podemos ter mas não que objetivemos ele necessariamente. Entenda como uma carta na manga que podemos ter a chance de utilizar.

Isso por que temos algumas premissas para fazer a marcação. Por exemplo, vamos imaginar que eu quero fazer a marcação de um título do Tesouro prefixado a 14%a.a. Quando eu antecipo a rentabilidade, idealmente eu deveria investir este valor em um outro título ou aplicação que pagasse mais que estes 14%a.a. para fazer os juros compostos seguirem trabalhando. Não faria sentido resgatar este valor e reaplica ele em um outro prefixado que pagasse 12%a.a. Eu receberia mais (14%) se eu levasse o título até o vencimento.

 

Veja se essa explicação esclarece suas dúvidas e se ainda restou algum ponto que não ficou claro, é só dizer!

Valeu! Abração 

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Postado (edited)

Aproveitando este tópico já existente, fiquei na dúvida se a marcação a mercado é uma manobra possível apenas no Tesouro Direto (com pré-fixado e IPCA+).

Existe algo equivalente com CDBs ou outros títulos de RF ao vender no secundário?

Editado por Felipe Bonfim
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12 minutes ago, Felipe Bonfim disse:

Aproveitando este tópico já existente, fiquei na dúvida se a marcação a mercado é uma manobra possível apenas no Tesouro Direto (com pré-fixado e IPCA+).

Existe algo equivalente com CDBs ao vender no secundário?

@Felipe Bonfim Existir até existe, mas não vale a pena, pois a corretora vai buscar lucrar com um spread muito grande, podendo te fazer, inclusive, sair no prejuízo quando achou que iria lucrar.

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