Tenho problemas familiares que, acredito, impactam bastante minha vida. Sou o filho mais novo de cinco irmãos (apenas eu e mais dois fomos criados juntos), e, por conta dessa posição, acabou recaindo sobre mim a responsabilidade de cuidar dos meus pais — e, inevitavelmente, lidar com os problemas mais delicados da família.
Meus pais são do tipo que valorizam mais a honra do que o dinheiro. Já os filhos nem sempre compartilham desse pensamento. Eu, meu irmão e minha irmã já tivemos problemas com a justiça em diferentes níveis, mas, com o tempo, todos fomos amadurecendo e assumindo responsabilidades.
Sempre fui o mais próximo da minha mãe, por ter sido o último a sair de casa. Por isso, fiquei encarregado de praticamente tudo: contas, senhas, corretora e até questões relacionadas ao imóvel da família. A maioria das coisas está sob minha responsabilidade.
Com essa proximidade, vêm também muitos fardos. Minha irmã foi diagnosticada com transtorno borderline e bipolaridade, e recentemente passou a causar problemas ainda maiores, até mesmo para os padrões da nossa família. Apesar de eu não manter mais contato com ela — por não querer que esteja por perto —, acabo sendo informado pela minha mãe.
No dia em que escrevo este relato, minha irmã foi presa junto com o namorado por furto. Eu e meu irmão (com quem fui criado) queremos distância e, inclusive, recomendamos aos nossos pais que se afastem, já que não têm controle nem ideia do que ela pode fazer. Já houve, inclusive, ameaças contra nossos pais por causa de bens materiais.
Não sei se estou sendo egoísta ao pensar em me desligar completamente desses assuntos. Sei que nunca vou abandonar meu pai e minha mãe, mas tudo isso interfere demais na minha vida. A cada novo episódio, surgem decisões, ações e contatos que sou obrigado a assumir. Não consigo mais sentir amor pela minha irmã. E sei que meus pais jamais a abandonarão, independentemente do que aconteça.
Já tentei — e ainda estou tentando — trabalhar essas questões na terapia, mas não quero mais ser a "curva de rio" da família, onde tudo de ruim acaba parando.
Eu resolvi escrever aqui porque familia é muito importante para mim, mas com os acontecimentos e demandas tem perdido o sentido da palavra e o sentimento.
Pergunta
Anônimo
Tenho problemas familiares que, acredito, impactam bastante minha vida. Sou o filho mais novo de cinco irmãos (apenas eu e mais dois fomos criados juntos), e, por conta dessa posição, acabou recaindo sobre mim a responsabilidade de cuidar dos meus pais — e, inevitavelmente, lidar com os problemas mais delicados da família.
Meus pais são do tipo que valorizam mais a honra do que o dinheiro. Já os filhos nem sempre compartilham desse pensamento. Eu, meu irmão e minha irmã já tivemos problemas com a justiça em diferentes níveis, mas, com o tempo, todos fomos amadurecendo e assumindo responsabilidades.
Sempre fui o mais próximo da minha mãe, por ter sido o último a sair de casa. Por isso, fiquei encarregado de praticamente tudo: contas, senhas, corretora e até questões relacionadas ao imóvel da família. A maioria das coisas está sob minha responsabilidade.
Com essa proximidade, vêm também muitos fardos. Minha irmã foi diagnosticada com transtorno borderline e bipolaridade, e recentemente passou a causar problemas ainda maiores, até mesmo para os padrões da nossa família. Apesar de eu não manter mais contato com ela — por não querer que esteja por perto —, acabo sendo informado pela minha mãe.
No dia em que escrevo este relato, minha irmã foi presa junto com o namorado por furto. Eu e meu irmão (com quem fui criado) queremos distância e, inclusive, recomendamos aos nossos pais que se afastem, já que não têm controle nem ideia do que ela pode fazer. Já houve, inclusive, ameaças contra nossos pais por causa de bens materiais.
Não sei se estou sendo egoísta ao pensar em me desligar completamente desses assuntos. Sei que nunca vou abandonar meu pai e minha mãe, mas tudo isso interfere demais na minha vida. A cada novo episódio, surgem decisões, ações e contatos que sou obrigado a assumir. Não consigo mais sentir amor pela minha irmã. E sei que meus pais jamais a abandonarão, independentemente do que aconteça.
Já tentei — e ainda estou tentando — trabalhar essas questões na terapia, mas não quero mais ser a "curva de rio" da família, onde tudo de ruim acaba parando.
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Eddy Paulini
Anônimo, sinto muito por essa situação toda. Família é complexo. Ouso dizer que entende na parte de querer o melhor para seus pais prezando inclusive a segurança deles. Talvez seja chato ler o que vou
Sheila Gonçalves Vasconcelos
Olá Anônimo, imagino o quanto deve estar sendo difícil pra você ter que lidar com tudo isso. Mas como pôde perceber, você não está só. E se quiser aliviar um pouquinho mais dessa carga é só agendar um
8 respostas para essa pergunta
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