Post popular William Redig Postado Terça-feira às 19:36 Post popular Postado Terça-feira às 19:36 Oi S@rdinhas, Tem uma sensação que me causa um dor danada.... Quando eu preparo o meu fluxo de caixa do mês, de vez em quando tem uma grana sobrando no início do mês, grana essa que eu devo precisar mais no final do mês. Se o prazo que a grana está "sobrando" na conta, como forma de me defender do eu próprio consumismo, eu invisto ela num CDB desses que paga 100% do CDI com liquidez diária, numa conta que eu chamo de colchão financeiro. O objetivo dessa conta é ter fundos para honrar os compromissos quando eles vencem, tipo fatura do cartão de crédito, impostos, conta de luz, etc... O objetivo de eu fazer isso é deixar que o "saldo disponível" nas contas de movimento estejam o mais próximo de zero possível, evitando que eu gaste a grana "sobrando" com besteira (me proteger de mim mesmo), uma vez que se as contas não estão com saldo sobrando, meu cérebro gastador fica sob controle. Aí, o fim do mês vai se aproximando e eu começo a fazer "ginástica financeira": espreme daqui, espreme dalí, ver o que dá para cortar, tudo para não ter que resgatar a grana que foi poupada com finalidade de pagar as contas. Muitas vezes eu consigo "dar nó em pingo de éter" e pagar tudo sem resgatar, mas muitas outras vezes o resgate (já previsto) é inevitável e eu preciso tirar a grana do colchão e colocar na conta-corrente, mas isso me causa um sofrimento e dor inenarráveis. Sei que essa grana era mesmo para essa finalidade, mas doi e me faz lembrar dos tempos passados onde o meu colchão financeiro era o cheque especial e rolar a fatura do cartão, e isso me causa uma sensação culpa que eu não consigo me livrar.... De positivo tem que de grão em grão, o colchão vai engordando e eventualmente eu transformo o saldo do colchão em algum "investimento de verdade", gerando um aporte extra. Tem mais alguém que "sofre" com uma situação parecida com essa? Como faço para me desapegar dessa sensação de culpa, onde na verdade, não existe culpa? Alguém tem alguma sugestão? 7 1
Post popular Marcio Rogerio Da Silva Postado Terça-feira às 19:56 Post popular Postado Terça-feira às 19:56 (edited) Você não está sozinho, o que você está descrevendo é mais comum do que parece, e demonstra, na verdade, um altíssimo grau de consciência e evolução financeira. Essa dor que você sente não é sinal de erro, mas de uma transição emocional de alguém que já viveu a instabilidade e não quer mais voltar pra lá. Eu passo por essa situação também, rsrss. Eu faço o seguinte para não doer tanto. 1. Troquei a palavra "resgatar" por "executar o plano" O dinheiro no colchão financeiro não é "reserva de emergência" ele é parte do plano mensal. 2. Criei uma linha no fluxo de caixa chamada "reposição estratégica" Ao invés de considerar o dinheiro como (resgate), trato como movimentação planejada. Eu programo o mês com uma linha do tipo: (-) Pagamento fatura cartão: R$ 2.000 → Transferência do Colchão Financeiro: R$ 2.000 E por ultimo faço seguinte Pratico autocompaixão financeira, rsrsrsrsrsrsrs Relembro que não estou mais sobrevivendo: estou planejando, estou crescendo, estou estruturando. Não é retrocesso usar dinheiro poupado para um fim que você já tinha previsto. Imagine se fosse um cliente ou amigo seu fazendo exatamente o que você faz. Você diria que ele falhou ou que está no caminho certo? Quando olhamos de fora, geralmente vemos a sabedoria da estrutura. Você está no caminho certo, usando ferramentas certas e mentalidade correta. Essa dor é só um “fantasma” do passado tentando testar se você mudou de verdade. Editado Terça-feira às 20:04 por Marcio Rogerio Da Silva 2 3
Nilson Sacchi Junior Postado Terça-feira às 19:58 Postado Terça-feira às 19:58 boa tarde meu amigo @William Redig Eu vivia o mesmo "problema" (a incrivel dor do resgate) mas fui treinando para dexiar essa dor de lado e pensar positivamente. Quais o fatores positivos nisso: 1 - Não alimentar o consumismo desenfreado. Eu era do tipo que via a conta com grana, já arrumava uma desculpa para gastar. Isso ajuda a fustrar essa anciedade. 2 - Saciação de investir. Sabe aquela vontade loca de investir por simples fato que passou uns dias e não investiu em nada. Isso ajuda a controlar. Seu que é ruim isso mas pelo menos o dinheiro está "ajudando" essa furia interna. 3 - Aumento de capital. Por mais pouco que seja, em alguns casos são centavos, já alguma coisa. Não se sinta assim. Melhor dor do resgate (que realmente era para essa finalidade) do que viver no cheque especial e limite de cartão. 2 1
Nilson Sacchi Junior Postado Terça-feira às 20:01 Postado Terça-feira às 20:01 Just now, Marcio Rogerio Da Silva disse: 1. Troquei a palavra "resgatar" por "executar o plano" essa foi braba de mais, vou usar com toda certeza do mundo 3
Rafael Antunes Teixeira Silva Postado Terça-feira às 20:08 Postado Terça-feira às 20:08 27 minutes ago, William Redig disse: me faz lembrar dos tempos passados onde o meu colchão financeiro era o cheque especial e rolar a fatura do cartão Se apegue a isso aqui, você está muito melhor que no passado. Cheque especial e não pagar a fatura total são máquinas de triturar dinheiro e atrasar a vida das pessoas. Você está muito melhor que antes. Após investir 35% do meu salário, pego o restante e deixo em CDB de liquidez diária e vou pagando as contas do mês. Sempre sobra para aumentar a parte que invisto só na renda fixa para comprar ou construir uma casa no futuro. 4
Gustavo Oliveira Santos Postado Terça-feira às 20:16 Postado Terça-feira às 20:16 Amigo, @William Redig Li seu post e senti vontade de responder quase como um “terapeuta financeiro” — longe de ser um, claro, mas vamos lá! O que você está sentindo não é algo ruim. Pelo contrário: é um reflexo do progresso que você fez. Hoje, você está organizado financeiramente, algo que talvez não fizesse parte do seu passado. Isso é valioso. Se tudo está dentro do seu orçamento doméstico, siga tranquilo. Não se cobre tanto. Dinheiro é ferramenta, não prisão. Ele serve para nos dar qualidade de vida — seja investindo, seja comprando tempo, criando memórias, presenteando quem amamos ou até nos dando um agrado de vez em quando. E está tudo bem com isso. Investir é saudável, mas não precisa ser um fardo. O equilíbrio entre disciplina e prazer é o que torna a jornada mais leve e sustentável. Se esse desconforto está persistente e te incomoda de verdade, talvez seja o caso de conversar com um profissional. Às vezes, uma boa conversa ajuda a reorganizar pensamentos e aliviar pesos desnecessários. Você está no caminho certo — só precisa permitir-se sentir isso também. 3 1
Ricardo Ochoa Pachas Postado Terça-feira às 20:53 Postado Terça-feira às 20:53 1 hour ago, William Redig disse: Oi S@rdinhas, Tem uma sensação que me causa um dor danada.... Quando eu preparo o meu fluxo de caixa do mês, de vez em quando tem uma grana sobrando no início do mês, grana essa que eu devo precisar mais no final do mês. Se o prazo que a grana está "sobrando" na conta, como forma de me defender do eu próprio consumismo, eu invisto ela num CDB desses que paga 100% do CDI com liquidez diária, numa conta que eu chamo de colchão financeiro. O objetivo dessa conta é ter fundos para honrar os compromissos quando eles vencem, tipo fatura do cartão de crédito, impostos, conta de luz, etc... O objetivo de eu fazer isso é deixar que o "saldo disponível" nas contas de movimento estejam o mais próximo de zero possível, evitando que eu gaste a grana "sobrando" com besteira (me proteger de mim mesmo), uma vez que se as contas não estão com saldo sobrando, meu cérebro gastador fica sob controle. Aí, o fim do mês vai se aproximando e eu começo a fazer "ginástica financeira": espreme daqui, espreme dalí, ver o que dá para cortar, tudo para não ter que resgatar a grana que foi poupada com finalidade de pagar as contas. Muitas vezes eu consigo "dar nó em pingo de éter" e pagar tudo sem resgatar, mas muitas outras vezes o resgate (já previsto) é inevitável e eu preciso tirar a grana do colchão e colocar na conta-corrente, mas isso me causa um sofrimento e dor inenarráveis. Sei que essa grana era mesmo para essa finalidade, mas doi e me faz lembrar dos tempos passados onde o meu colchão financeiro era o cheque especial e rolar a fatura do cartão, e isso me causa uma sensação culpa que eu não consigo me livrar.... De positivo tem que de grão em grão, o colchão vai engordando e eventualmente eu transformo o saldo do colchão em algum "investimento de verdade", gerando um aporte extra. Tem mais alguém que "sofre" com uma situação parecida com essa? Como faço para me desapegar dessa sensação de culpa, onde na verdade, não existe culpa? Alguém tem alguma sugestão? William, meu caro… você não tem um colchão financeiro, você tem um colchão ortopédico com memória do passado traumático! 😂 Olha só, você já passou da fase de ter que se esconder de si mesmo. Hoje você não é mais o William impulsivo do cheque especial e do cartão rolado — você é o William 2.0, versão educada financeiramente, com fluxo de caixa, conta separada pro colchão e tudo mais! Se fosse videogame, você já teria liberado a conquista “Investidor Consciente - Nível Lendário”. Agora vamos falar sério (mas nem tanto): resgatar dinheiro do colchão pra pagar conta não é fracasso, é funcionamento normal do sistema! O colchão é tipo aquele amigo que topa tudo, mas que você só chama em caso de necessidade. E tá tudo certo! Melhor isso do que dormir no chão do cheque especial. Essa dor que você sente é tipo dor fantasma, sabe? O passado te assombra, mas o membro já foi amputado. Já passou. Tá na hora de aceitar: você é uma pessoa do bem, com grana organizada, que só está cumprindo o que planejou. E mais: quando sobra, você ainda faz upgrade do colchão pra um investimento parrudo. Isso é digno de aplauso, não de culpa! Se quiser uma dica: batiza esse resgate não como “tirar do colchão”, mas como “liberar verba do cofre do CFO William”. Fica mais chique e menos dolorido. 😎 Estamos juntos nesse caminho! E sim, tem muita gente que sofre igualzinho, só não escreve tão bem quanto você. 😂 2 1 1
William Redig Postado Terça-feira às 21:57 Author Postado Terça-feira às 21:57 1 hora atrás, Marcio Rogerio Da Silva disse: 1. Troquei a palavra "resgatar" por "executar o plano" Oi @Marcio Rogerio Da Silva, gostei disso. Vou tentar executar o plano; na verdade já faço isso quando preciso, mas é aquele viés de ter sempre mais investido e quando o nível baixa, dá uma dorzinha.... Obrigado pelas sugestões. Para ser sincero, gostei de todas. abraço! 2
William Redig Postado Terça-feira às 22:04 Author Postado Terça-feira às 22:04 (edited) Obrigado a todos. Vou tentar seguir as sugestões. Uma coisa que pensei agora e acho que vai me ajudar é colocar o colchão no mesmo banco que uso para pagar as contas. Acho que vai doer menos não ter que fazer o pix de uma conta para outra. Transformar duas operações em uma: só resgatar em vez de resgatar e transferir! Segunda que vem eu vou Executar o Plano! - 2 mil reais... Editado Terça-feira às 22:05 por William Redig 3
Daniel Florenca Postado Terça-feira às 22:13 Postado Terça-feira às 22:13 6 minutes ago, William Redig disse: Oi @Marcio Rogerio Da Silva, gostei disso. Vou tentar executar o plano; na verdade já faço isso quando preciso, mas é aquele viés de ter sempre mais investido e quando o nível baixa, dá uma dorzinha.... Obrigado pelas sugestões. Para ser sincero, gostei de todas. abraço! Não sei quanto tempo tem esse processo mas acredito que seja questão de tempo. O que eu posso te dizer fazendo uma analogia é que quando eu parei de fumar, todo local onde aparecia a vontade de fumar eu sentia muito medo e isso me manteve forte para seguir sem fumar, principalmente de evitar certos lugares. Hoje o cigarro é só uma lembrança porque a vontade de fumar ja não existe mesmo, é um exercicio cerebral, onde mesmo que eu segure um cigarro aceso isso não me abala mais. Vai chegar um tempo onde fazer isso não vai te remeter a tempos sombrios mas sim um novo habito natural de montar o seu colchão com valores menores até transforme em novos aportes. 2
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