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Terminei o módulo de renda fixa e percebi que usando o Banco Data recebo informações num formato diferente quando pesquiso instituições financeiras não bancárias (como PicPay , Mercado Pago e 99 Pay). Suspeito que isso seja pelo fato de não serem propriamente bancos, mas posso estar errado.

Como posso identificar quais proteções agem sobre os saldos dessas contas?

Se essa pergunta for respondida em alguma aula de um módulo mais a frente poderiam me indicar qual módulo e qual aula? 
Desde já agradeço.

Outra questão: Supondo que exista uma garantia sobre esses saldos , e supondo que eu tenha a minha disposição cartões de crédito com limite disponível que cobrem 3x meu custo de vida mensal, qual seria o risco associado com manter a reserva de emergência em uma conta remunerada dessas para proteção contra inflação e rendimento moderado vinculado ao CDI? 

 

  • Brabo 1

7 respostas para essa pergunta

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  • 0
Postado
On 09/05/2025 at 13:25, Douglas De Moraes Pacheco disse:

Terminei o módulo de renda fixa e percebi que usando o Banco Data recebo informações num formato diferente quando pesquiso instituições financeiras não bancárias (como PicPay , Mercado Pago e 99 Pay). Suspeito que isso seja pelo fato de não serem propriamente bancos, mas posso estar errado.

Como posso identificar quais proteções agem sobre os saldos dessas contas?

Se essa pergunta for respondida em alguma aula de um módulo mais a frente poderiam me indicar qual módulo e qual aula? 
Desde já agradeço.

Outra questão: Supondo que exista uma garantia sobre esses saldos , e supondo que eu tenha a minha disposição cartões de crédito com limite disponível que cobrem 3x meu custo de vida mensal, qual seria o risco associado com manter a reserva de emergência em uma conta remunerada dessas para proteção contra inflação e rendimento moderado vinculado ao CDI? 

 

@Douglas De Moraes Pacheco 

Primeiramente, vamos falar um pouco sobre a reserva de emergência.

Essas contas servem mais pra gastos mensais do que pra da reserva de emergência. Elas tem uma "pegadinha" que fazem com que, mesmo que rendam 105% do CDI, elas vão render líquido menos do que uma aplicação que renda 100% (abaixo vai ter uma explicação sobre isso. Contudo, é importante frisar aqui que a função de uma reserva de emergência não é render nem te proteger da inflação, ela é unicamente um valor de dinheiro de fácil e rápido acesso para casos imprevistos ou emergenciais.

Por essa razão, a maior parte (pelo menos 50%) da reserva deve estar em uma conta corrente de um bancão varejo (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander, Caixa), ou seja, os famosos "gigantes demais para falhar" com sedes na maior parte das cidades brasileiras que você poderia sacar o dinheiro caso precisasse. É importante também manter uma parte guardada em dinheiro em espécie (caso travem suas contas bancárias por engano, por exemplo). Contudo, deixar o valor inteiro da reserva (que, ao longo do tempo, vai precisar de reajustes) sem render nada é algo doloroso, então você pode deixar um percentual (não a maior parte, muito menos tudo) aplicada no Tesouro Selic, CDB de liquidez diária/imediata emitido por um bancão, caixinha/cofrinho ou na conta corrente remunerada se quiser.

Agora, voltando a tratar sobre as contas correntes de instituições como o Mercado Pago, é como o moderador Flávio relatou no post que o colega @João Barros#1434 passou acima:

Estas contas remuneradas funcionam com "aplicação e resgate" diário e automático, sem cobrança de IOF e recolhimento do IR de 22,50% sobre a rentabilidade.

Basicamente funciona assim:
O banco vai "pegar" o saldo de fechamento do dia e aplicar em um título que rende 105% do CDI (Mercado Pago). Nas primeiras horas do dia seguinte, o banco vai resgatar o valor aplicado (aquele saldo de fechamento do dia), vai calcular os 22,50% do IR e vai creditar a rentabilidade líquida referente a 1 dia de aplicação, mas não vai cobrar o IOF, que se fosse em uma aplicação normal, seria de 96% da rentabilidade. Aí você movimenta a sua conta ao longo do dia, e novamente eles farão o mesmo procedimento de pegar o saldo de fechamento do dia e aplicar em um título que rende x% do CDI. Nas primeiras horas do dia seguinte, o banco vai resgatar o valor aplicado (aquele saldo de fechamento do dia), vai calcular os 22,50% do IR e vai creditar a rentabilidade líquida referente a 1 dia de aplicação. E vai seguir assim ad infinitum.

Pontos de observação:

  • Nunca sairemos da alíquota de 22,50% do IR.
  • O valor do IR que é pago diariamente para de render juros compostos, pois todos os dias ele é recolhido.
  • Mesmo rendendo 105%, 107% ou mais do CDI, como tem esta aplicação e resgate diário, se o valor ficar em um título de liquidez diária sem ser usado, em poucas semanas essas contas já estarão rendendo menos.

Por isso, contas com este mecanismo talvez funcionem somente para o dinheiro de uso do mês. Para quantias que ficarão paradas por mais tempo, ou para a parte "rentável" da reserva de emergência elas vão render menos do que se tivesse aportado no Tesouro Selic.

Abraços!

  • Aí cê deu aula... 1
  • 0
Postado (edited)

Fala @Douglas De Moraes Pacheco !

Se eu não estiver errado o FGC cobre sim instituições financeiras, porém, mesmo cobrindo esse tipo de organização, vale ressaltar que o FGC só resguarda o que está investido em algum ativo financeiro (CDB,LCI,LCA e etc), o que fica no saldo em conta não. Eu não sei como funciona como essas instituições que você comentou, mas caso elas prometam uma rentabilidade x "só deixando saldo em conta" , acho que nem coberto pelo FGC tá não.

Outro ponto é entender essa rentabilidade prometida. Aqui o @Flavio Prado explica melhor:
 

Mas basicamente algumas instituições prometem rentabilidade x, mas na prática por conta da forma pela qual ela trabalha a grana investida, no médio/longo prazo as vezes podem nem render 100% CDI.

Você citou reserva de emergência estar alocada a este tipo de instituição se eu não estiver enganado. Extremamente complicado Douglas. Como o nome mesmo diz, é uma reserva para emergência. Direto tem problemas de saque nessas instituições, ou até mesmo limites de saques por dia. Para reserva eu acredito que o correto é correr para um lugar seguro, nem olhar rentabilidade. Então um CDB de um bancão (Itau, BB , Bradesco, Santander e etc) , deixar na selic, ou até mesmo deixar um valor da sua reserva parada em conta corrente de bancão, porque no pior dos cenários de bloqueio ou de não conseguir tirar a grana do investimento CDB, a grana parada na conta corrente você saca na agência fisicamente.

Editado por João Barros#1434
  • 0
Postado
On 09/05/2025 at 13:25, Douglas De Moraes Pacheco disse:

Terminei o módulo de renda fixa e percebi que usando o Banco Data recebo informações num formato diferente quando pesquiso instituições financeiras não bancárias (como PicPay , Mercado Pago e 99 Pay). Suspeito que isso seja pelo fato de não serem propriamente bancos, mas posso estar errado.

Como posso identificar quais proteções agem sobre os saldos dessas contas?

Se essa pergunta for respondida em alguma aula de um módulo mais a frente poderiam me indicar qual módulo e qual aula? 
Desde já agradeço.

Outra questão: Supondo que exista uma garantia sobre esses saldos , e supondo que eu tenha a minha disposição cartões de crédito com limite disponível que cobrem 3x meu custo de vida mensal, qual seria o risco associado com manter a reserva de emergência em uma conta remunerada dessas para proteção contra inflação e rendimento moderado vinculado ao CDI? 

 

Dos que você citou, só o 99Pay não tem FGC. O saldo na 99Pay não está protegido pelo FGC, mas está protegido pela regulamentação do Banco Central, que exige que as instituições de pagamento depositem os saldos em Títulos Públicos Federais. Eu não vejo sentido em correr risco por pouca coisa. CDB de banco sólido ou tesouro selic está bom demais. 

  • 0
Postado

Pra reserva de emergência, como o Raul diz, melhor é bancão. Objetivo é mais ter acesso rápido e confiável do que deixar rendendo. 

Eu mesmo uso Mercado Pago só pro movimento do dia a dia porque o leitor de qrcode do app deles é muito bom e eu já integro as assinaturas pelo Google Wallet. Começo do mês se tiver quase no fim eu mando um pix pra lá da conta principal pra botar um saldo. Como o BB só funciona CDB em múltiplo de 500 reais eu boto os quebrados lá também. 

  • 0
Postado (edited)

Obrigado pelas respostas pessoal.
Levando em consideração essas respostas, eu penso o seguinte e gostaria de contra-argumentos se vocês estiverem dispostos.

Interessante a observação sobre o impacto do IR na rentabilidade que pode colocar o Tesouro Selic na vantagem nos casos onde o % do CDI prometido não for substancialmente acima dos 100%. Tem um macete envolvendo isso que citei no outro tópico 
 

Dadas as proteções que esses saldos tem, honestamente ainda vejo esse suposto risco do qual alguns falam como mais teórico do que prático. Claro que essa minha percepção parte 100% da premissa que dei no início que é possuir um cartão de crédito com limite robusto que tem capacidade de segurar imprevistos com tranquilidade mesmo num cenário de delay enorme na liquidez. Além disso a reserva está espalhada em diferentes contas remuneradas pra aumentar a disponibilidade pela redundância.

Me parece um pouco exagerado deixar o dinheiro parado perdendo valor diariamente pra inflação numa conta corrente de bancão por conta desse suposto risco de perda de liquidez que é tão facilmente contornável aparentemente pra mim. Eu gostaria de um exemplo de um cenário que não fosse coberto por esse mecanismo "fail-safe" usando cartão de crédito + distribuição dos valores por contas distintas.

A impressão que eu tenho é que os cenários para os quais essa precaução seria válida são muuuuito improváveis, por depender da falência simultanea de múltiplos sistemas de "back-up". Especialmente a hipótese de guardar em espécie me soa criando risco maior do que o benefício prometido.

Considerando o nível de informatização da nossa economia, no dia que o capital de geral estiver inacessível por meios digitais por falha na infraestrutura de comunicação, a última coisa q vc vai querer fazer é sair com dinheiro físico de casa caminhando na rua no meio do povo desesperado. Num cenário assim é garantia de quebradeira,  saque em supermercado, dedo no cu e gritaria, gente se estapeando na rua e 50 Tons de Foda-Se. Vira selva e sobrevivência do mais forte. A melhor reserva de emergência nesse caso é 40Cm de bíceps.

Piadas a parte, corrijam-me se eu estiver errado nessa leitura.

 

Editado por Douglas De Moraes Pacheco
  • 0
Postado
On 09/05/2025 at 12:25, Douglas De Moraes Pacheco disse:

Terminei o módulo de renda fixa e percebi que usando o Banco Data recebo informações num formato diferente quando pesquiso instituições financeiras não bancárias (como PicPay , Mercado Pago e 99 Pay). Suspeito que isso seja pelo fato de não serem propriamente bancos, mas posso estar errado.

Como posso identificar quais proteções agem sobre os saldos dessas contas?

Se essa pergunta for respondida em alguma aula de um módulo mais a frente poderiam me indicar qual módulo e qual aula? 
Desde já agradeço.

Outra questão: Supondo que exista uma garantia sobre esses saldos , e supondo que eu tenha a minha disposição cartões de crédito com limite disponível que cobrem 3x meu custo de vida mensal, qual seria o risco associado com manter a reserva de emergência em uma conta remunerada dessas para proteção contra inflação e rendimento moderado vinculado ao CDI? 

 

Os "bancos" não tradicionais deixaria apenas uma pequena quantia, se assim fosse interessante.
Tem Itaú, tem Nubank, tem Banco Inter que são por vezes mais confiáveis.
Pense se não tem garantia do FGC, caso banco quebre, seu dinheiro vira pó...no meu entender.
E RESERVA DE EMERGÊNCIA, não é para BUSCAR ganhos estratosféricos é dinheiro para ter disponível e com liquidez. 
Então para que arriscar?
 

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