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Pergunta

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Olá pessoal 👋🏻

Acabei de assistir a aula sobre contrafluxo, e apesar de ter entendido o conceito principal, me surgiu uma dúvida que acho não ter sido coberta pelo vídeo.

Pesquisei em alguns tópicos na comunidade e o que mais chegou perto de responder a dúvida foi esse, mas ainda não ficou 100% claro. Vamos la:

No que eu preciso me basear, ou qual raciocínio eu tenho que seguir no momento de escolher o prazo dos títulos? Por exemplo, atualmente parece um bom momento para investir em pré-fixados, dado que a Selic está alta. Conseguimos CDBs de 18/19%, mas e o prazo? Temos títulos que oferecem essa rentabilidade pra 2027, 2029, 2030. Como eu analiso qual seria o prazo mais apropriado?

Lembro que no meio do ano passado, a Selic estava em 10,50% e não tínhamos expectativa de que ela chegaria no patamar de hoje, a ideia era que não subisse muito e logo voltasse a cair. Se naquela época eu tivesse pegado um pré-fixado com esse viés, hoje provavelmente estaria arrependido

O que vocês levam em consideração no momento dessa decisão?

 

 

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8 respostas para essa pergunta

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22 horas atrás, Luiz Felipe Felicio disse:

Muitos de vcs levantaram o ponto da necessidade do capital. Não sei se estou fazendo errado mas quando compro alguma renda fixa essa é a última coisa que eu penso. Já invisto com a ideia de que vou me desprender daquele dinheiro até o vencimento. Já tenho uma boa reserva de emergência consolidada então teoricamente isso não deveria ser uma preocupação

Apenas para compartilhar um exemplo, esses dias eu estava comprando um título do banco master, e tinha um exatamente para 2030, mas hesitei nesse pois achei que seria um prazo muito longo e até lá muitas coisas poderiam mudar e na média não ser um investimento tão rentável, então acabei escolhendo um de prazo menor para "ter acesso ao dinheiro mais rápido" e poder investir em outros ativos depois

@Luiz Felipe Felicio 

Existem 3 estratégias principais para escolher seus prazos na Renda fixa: Estratégia bullet, estratégia Barbell e a estratégia ladder:

  1. Estratégia Bullet - Comprar títulos sempre concentrando no mesmo momento de vencimento desses títulos. Por exemplo, alguém, nos próximos anos, compra vários títulos com vencimento próximo a Julho de 2030;
  2. Estratégia Barbell - Consiste em dividir o portfólio de renda fixa ao meio, onde metade dos títulos serão de curto prazo e a outra metade de longo prazo para poder aproveitar as taxas atuais assim como manter títulos que irão ter altos rendimentos a longo prazo;
  3. Estratégia Ladder - Seleciona investimentos com vencimentos em intervalos regulares, formando uma "escadinha". Por exemplo, alguém que tenha 5 títulos que vencem em 5 diferentes meses do mesmo ano ou um ano após o outro ou a cada dois anos, etc.

Segue alguns materiais de estudo para se aprofundar um pouco mais:

https://investidorsardinha.r7.com/aprender/estrategia-bullet-o-que-e-como-funciona-e-quais-as-vantagens/

https://www.investopedia.com/terms/b/barbell.asp

https://maisretorno.com/portal/termos/e/estrategia-ladder

E o vídeo do Douglas, que já explica de forma bastante completa as três opções:

 

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6 horas atrás, Luiz Felipe Felicio disse:

Olá pessoal 👋🏻

Acabei de assistir a aula sobre contrafluxo, e apesar de ter entendido o conceito principal, me surgiu uma dúvida que acho não ter sido coberta pelo vídeo.

Pesquisei em alguns tópicos na comunidade e o que mais chegou perto de responder a dúvida foi esse, mas ainda não ficou 100% claro. Vamos la:

No que eu preciso me basear, ou qual raciocínio eu tenho que seguir no momento de escolher o prazo dos títulos? Por exemplo, atualmente parece um bom momento para investir em pré-fixados, dado que a Selic está alta. Conseguimos CDBs de 18/19%, mas e o prazo? Temos títulos que oferecem essa rentabilidade pra 2027, 2029, 2030. Como eu analiso qual seria o prazo mais apropriado?

Lembro que no meio do ano passado, a Selic estava em 10,50% e não tínhamos expectativa de que ela chegaria no patamar de hoje, a ideia era que não subisse muito e logo voltasse a cair. Se naquela época eu tivesse pegado um pré-fixado com esse viés, hoje provavelmente estaria arrependido

O que vocês levam em consideração no momento dessa decisão?

 

 

Olá, @Luiz Felipe Felicio 👋 

A melhor opção não é olhar apenas para a taxa de juros atual, mas também para a expectativa de juros futuros (você pode checar essa expectativa no Boletim Focus), ou seja, quanto que o mercado especula que a taxa de juros chegue.

A Selic vai aumentar e cair, às vezes as previsões vão estar erradas e você vai errar, mas você vai inevitavelmente ajustar isso com o tmepo. Você poderia estar arrependido hoje, mas se a taxa cair pra 6% enquanto você ainda travou lá em torno de 10,5% ou mais, ainda vai estar arrependido?

Ao escolher o prazo de investimento dos títulos, você deve fazer uma análise comparativa de risco x retorno:

O quanto esses títulos vão te render? Se eles forem render o mesmo tanto no final vale a pena o mais curto, mas além disso quanto vai ter de pagar de imposto? Quais são os riscos? Qual a cobertura de segurança? Existe a possibilidade de precisar desse dinheiro antes? Etc.

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Não existe uma resposta correta para o tempo da aplicação, pois isso também vai depender da sua estratégia, metas, resgates etc etc. No meu caso, todos os investimentos em renda fixa são para longo prazo no contra fluxo. Dessa forma consigo pegar as melhores "taxas" e tenho tempo para aproveitar as variações da economia. Na prática acabo pegando a renda fixa com 4 anos na média de vencimento.

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On 20/05/2025 at 17:36, Luiz Felipe Felicio disse:

Olá pessoal 👋🏻

Acabei de assistir a aula sobre contrafluxo, e apesar de ter entendido o conceito principal, me surgiu uma dúvida que acho não ter sido coberta pelo vídeo.

Pesquisei em alguns tópicos na comunidade e o que mais chegou perto de responder a dúvida foi esse, mas ainda não ficou 100% claro. Vamos la:

No que eu preciso me basear, ou qual raciocínio eu tenho que seguir no momento de escolher o prazo dos títulos? Por exemplo, atualmente parece um bom momento para investir em pré-fixados, dado que a Selic está alta. Conseguimos CDBs de 18/19%, mas e o prazo? Temos títulos que oferecem essa rentabilidade pra 2027, 2029, 2030. Como eu analiso qual seria o prazo mais apropriado?

Lembro que no meio do ano passado, a Selic estava em 10,50% e não tínhamos expectativa de que ela chegaria no patamar de hoje, a ideia era que não subisse muito e logo voltasse a cair. Se naquela época eu tivesse pegado um pré-fixado com esse viés, hoje provavelmente estaria arrependido

O que vocês levam em consideração no momento dessa decisão?

 

 

Olá Luiz,

Uma forma complementar de pensar sobre o prazo dos títulos prefixados é usar a lógica do "casamento entre o investimento e a finalidade do dinheiro". Ou seja: quanto mais clara for a sua meta financeira, mais assertivo será o vencimento do título. Se você sabe que vai precisar do dinheiro em 2027, faz sentido escolher um título que vença justamente nesse ano, travando uma taxa que você considera atrativa até lá - e evitando riscos de liquidez ou marcação a mercado.

Agora, se você quer aproveitar uma taxa alta para o longo prazo sem um uso definido do capital, os títulos mais longos (como 2030 ou além) podem ser excelentes para garantir uma taxa real elevada - desde que você aceite a menor flexibilidade. O segredo está em alinhar três pontos: a atratividade da taxa, a previsibilidade do seu planejamento financeiro e a capacidade de manter o investimento até o vencimento. Esse alinhamento evita tanto o arrependimento em cenários futuros quanto a necessidade de vender o título antecipadamente.

Outra estratégia interessante é a escada de vencimentos (ou laddering). Em vez de colocar todo o seu capital em um único título com um prazo longo (como 2030), você pode dividir o investimento em pré-fixados com diferentes vencimentos (por exemplo, uma parte para 2027, outra para 2029 e outra para 2030). Dessa forma, você garante que parte do seu capital estará disponível em intervalos regulares, e a cada vencimento, você terá a oportunidade de reinvestir o dinheiro nas taxas de juros vigentes no mercado, aproveitando as novas oportunidades que surgirem e mitigando o risco de ficar "preso" a uma taxa que se tornou desfavorável para todo o seu patrimônio.

Espero ter ajudado!

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Muitos de vcs levantaram o ponto da necessidade do capital. Não sei se estou fazendo errado mas quando compro alguma renda fixa essa é a última coisa que eu penso. Já invisto com a ideia de que vou me desprender daquele dinheiro até o vencimento. Já tenho uma boa reserva de emergência consolidada então teoricamente isso não deveria ser uma preocupação

Apenas para compartilhar um exemplo, esses dias eu estava comprando um título do banco master, e tinha um exatamente para 2030, mas hesitei nesse pois achei que seria um prazo muito longo e até lá muitas coisas poderiam mudar e na média não ser um investimento tão rentável, então acabei escolhendo um de prazo menor para "ter acesso ao dinheiro mais rápido" e poder investir em outros ativos depois

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4 horas atrás, Luiz Felipe Felicio disse:

Muitos de vcs levantaram o ponto da necessidade do capital. Não sei se estou fazendo errado mas quando compro alguma renda fixa essa é a última coisa que eu penso. Já invisto com a ideia de que vou me desprender daquele dinheiro até o vencimento. Já tenho uma boa reserva de emergência consolidada então teoricamente isso não deveria ser uma preocupação

Apenas para compartilhar um exemplo, esses dias eu estava comprando um título do banco master, e tinha um exatamente para 2030, mas hesitei nesse pois achei que seria um prazo muito longo e até lá muitas coisas poderiam mudar e na média não ser um investimento tão rentável, então acabei escolhendo um de prazo menor para "ter acesso ao dinheiro mais rápido" e poder investir em outros ativos depois

Vc não está errado. Se o dinheiro investido nessa renda fixa é para constituir patrimônio pra futura aposentadoria, está corretíssimo.

No entanto muitos usam da renda fixa para guardar dinheiro para algum evento, como casamento, trocar de carro, compra de moradia. Nesses casos convém casar o prazo de vencimento com a data prevista para esse evento.

Nada é certo, o seu exemplo pode dar muito certo, ou não. Por isso diversificamos e usamos alguns métodos para tentar tirar o máximo proveito da situação atual.

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O segredo na hora de escolher o prazo do pré-fixado é olhar para as expectativas de juros e inflação no futuro, e não só a taxa de hoje. Pense assim: você está "apostando" que a Selic vai cair mais do que o que você travou.

Sempre me baseio no Boletim Focus e na curva de juros futura pra ter uma ideia do que o mercado espera. E, claro, tem que casar com o seu objetivo e prazo para usar o dinheiro. Se o prazo não bate, nem a melhor taxa vale a pena!

Não tem bala de prata, mas com essas informações, você diminui bem a chance de se arrepender depois.

Um bom investidor deve acompanhar sempre as noticias para ter uma previsão do futuro.

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