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Pergunta

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Olá, pessoal!  

Tenho dúvidas que surgiram após terminar a aula 7 do módulo 3, de Marcação a Mercado. São dúvidas mais básicas, pois no curso estou tendo meu primeiro contato com muitos assuntos.

1. Eu entendi a parte sobre quando a taxa de juros aumenta e o preço cai e vice-versa, essa taxa de juros considerada é a própria Selic?

2. Pesquisando um pouco aqui no grupo, vi que o pessoal comentou que o Prefixado 2028 seria mais seguro que o Prefixado 2032, mas pelas contas (sem considerar a inflação), o 2032 renderia mais, mesmo deixando por menos tempo. Então, nesse caso, seria melhor o de 2028 por conta do risco de aumento de inflação num período mais longo, que diminuiria o poder de compra até 2032?

3. Sobre o Tesouro IPCA+, não sei se entendi bem quando ele se torna mais vantajoso, entendo que o Prefixado é interessante em momentos como o atual, em que a taxa de juros está alta, mas o IPCA+ seria assim também? Como a taxa Selic está alta, a tendência é a inflação em algum momento diminuir e, consequentemente, o rendimento não diminuiria também?

 

  • Brabo 3

5 respostas para essa pergunta

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  • 0
Postado (edited)
3 horas atrás, Eddy Paulini disse:

Bom dia, @Graziele Beraldo Ruiz !

Fica tranquila que todas as dúvidas são bem vindas!

Exato. Quando falamos sobre a taxa de juros é justamente a Selic.

A título de curiosidade, na prática, tem outros fatores que também influenciam na marcação. Mas para um entendimento mais simples, costumamos dar essa resumida dizendo que é apenas a Selic.

Na verdade não tem muito um certo ou errado. Comparando diretamente estes dois títulos, podemos dizer que o Tesouro prefixado 2028 é mais seguro pois o prazo é menor e o tempo é considerado como um fator de risco. O tempo é considerado pois tem o fator da inflação que você bem colocou e também tem o risco de crédito.

Mas aqui tem um porém. Estamos falando de dois títulos do Tesouro que hoje é o investimento mais seguro que temos onde o próprio Governo garante o pagamento dos títulos onde se deixa de existir o risco de crédito. 

Mas ainda segue com o risco referente a inflação.

Logo, tudo depende da estratégia de quem investe.

Aqui é importante revisar um conceito importante do Tesouro IPCA+. O foco dele é nos proteger da inflação. Ou seja, nunca perderemos dinheiro por assim dizer pois o valor é sempre corrigido pela inflação mantendo nosso poder de compra. 

Normalmente este título é utilizado no longo prazo para ir ganhando sempre acima da inflação. Podemos até dizer que os ganhos aqui sempre são reais pois o título acompanha a inflação e dá um troquinho extra. 

Há quem diga que ele sempre é bem vindo!

 

Espero que ajude!

@Eddy Paulini Aproveitando sobre esse tema, é possível fazer marcação a mercado com qualquer título prefixado, por exemplo, CDBs, ou apenas com os títulos prefixados do tesouro?

Editado por Isrhael Jhunyor Dos Santos
  • Brabo 1
  • 0
Postado
52 minutes ago, Isrhael Jhunyor Dos Santos disse:

@Eddy Paulini Aproveitando sobre esse tema, é possível fazer marcação a mercado com qualquer título prefixado, por exemplo, CDBs, ou apenas com os títulos prefixados do tesouro?

Boa tarde, @Isrhael Jhunyor Dos Santos !

Na prática não.

Em tese, existe sim uma marcação a mercado para estes títulos, mas o problema é a liquidez. A liquidez não é imediata pois o processo irá consistir em a venda do título ser feita via mercado secundário e aqui começa o problema.

A corretora cobra taxas para fazer essa operação o que já pode consumir boa parte da rentabilidade, a própria corretora vai fazer uma marcação a mercado do título e não saberemos se essa marcação será feita para cima ou para baixo e isso além de poder ocasionar perda de rentabilidade também pode gerar perda de capital. Por fim, é necessário por fim esperar que algum outro investidor se interesse e compre o título para só então recebermos algum valor.

Por estes motivos não vale a pena e consideramos a marcação apenas os Tesouros prefixados e IPCA+ que tem liquidez garantida pelo próprio governo e não se aufere taxas para a venda antecipada, exceto pelo IR que já sabemos.

  • Aí cê deu aula... 2
  • 0
Postado
On 23/05/2025 at 08:00, Eddy Paulini disse:

Bom dia, @Graziele Beraldo Ruiz !

Fica tranquila que todas as dúvidas são bem vindas!

Exato. Quando falamos sobre a taxa de juros é justamente a Selic.

A título de curiosidade, na prática, tem outros fatores que também influenciam na marcação. Mas para um entendimento mais simples, costumamos dar essa resumida dizendo que é apenas a Selic.

Na verdade não tem muito um certo ou errado. Comparando diretamente estes dois títulos, podemos dizer que o Tesouro prefixado 2028 é mais seguro pois o prazo é menor e o tempo é considerado como um fator de risco. O tempo é considerado pois tem o fator da inflação que você bem colocou e também tem o risco de crédito.

Mas aqui tem um porém. Estamos falando de dois títulos do Tesouro que hoje é o investimento mais seguro que temos onde o próprio Governo garante o pagamento dos títulos onde se deixa de existir o risco de crédito. 

Mas ainda segue com o risco referente a inflação.

Logo, tudo depende da estratégia de quem investe.

Aqui é importante revisar um conceito importante do Tesouro IPCA+. O foco dele é nos proteger da inflação. Ou seja, nunca perderemos dinheiro por assim dizer pois o valor é sempre corrigido pela inflação mantendo nosso poder de compra. 

Normalmente este título é utilizado no longo prazo para ir ganhando sempre acima da inflação. Podemos até dizer que os ganhos aqui sempre são reais pois o título acompanha a inflação e dá um troquinho extra. 

Há quem diga que ele sempre é bem vindo!

 

Espero que ajude!

Obrigada pelas informações, ajudou sim, esclareceu minhas dúvidas!

  • Brabo 1
  • 0
Postado
On 23/05/2025 at 07:39, Graziele Beraldo Ruiz disse:

Olá, pessoal!  

Tenho dúvidas que surgiram após terminar a aula 7 do módulo 3, de Marcação a Mercado. São dúvidas mais básicas, pois no curso estou tendo meu primeiro contato com muitos assuntos.

1. Eu entendi a parte sobre quando a taxa de juros aumenta e o preço cai e vice-versa, essa taxa de juros considerada é a própria Selic?

2. Pesquisando um pouco aqui no grupo, vi que o pessoal comentou que o Prefixado 2028 seria mais seguro que o Prefixado 2032, mas pelas contas (sem considerar a inflação), o 2032 renderia mais, mesmo deixando por menos tempo. Então, nesse caso, seria melhor o de 2028 por conta do risco de aumento de inflação num período mais longo, que diminuiria o poder de compra até 2032?

3. Sobre o Tesouro IPCA+, não sei se entendi bem quando ele se torna mais vantajoso, entendo que o Prefixado é interessante em momentos como o atual, em que a taxa de juros está alta, mas o IPCA+ seria assim também? Como a taxa Selic está alta, a tendência é a inflação em algum momento diminuir e, consequentemente, o rendimento não diminuiria também?

 

Oi Graziele,

Só mais umas ideias visando contribuir com um pensamento focado em longo prazo:

  1. Sobre a taxa de juros na marcação a mercado: A taxa considerada na precificação dos títulos não é apenas a Selic "pura", mas sim a curva de juros de mercado - uma espécie de projeção de juros futuros, construída a partir de expectativas dos agentes financeiros. A Selic influencia fortemente essa curva, mas outros fatores - como inflação esperada, risco fiscal e cenário internacional - também contam. Portanto, o preço de um título prefixado ou IPCA+ muda não apenas conforme a Selic atual, mas conforme o mercado espera que os juros caminhem nos próximos anos.
  2. Sobre o risco entre prefixados 2028 e 2032: A diferença central está no conceito de duração e sensibilidade à marcação a mercado. Quanto mais distante for o vencimento de um título, mais ele vai oscilar com as mudanças na curva de juros - daí a percepção de maior risco. Se o investidor deseja uma estratégia mais defensiva e com menor exposição à volatilidade de preços, o título com vencimento mais curto (2028) tende a ser mais apropriado. Já o 2032, embora mais volátil, pode ter retorno superior se os juros caírem mais rápido do que o previsto. O ponto central aqui é alinhar o vencimento com o seu objetivo financeiro: se você pretende usar o dinheiro antes de 2032, o risco de perder poder de compra ou pegar o título desvalorizado aumenta.
  3. Tesouro IPCA+ versus Prefixado em cenário de Selic alta: O IPCA+ se destaca justamente por ser uma proteção de longo prazo. Ele é mais vantajoso quando você quer garantir poder de compra, independentemente da inflação futura. Mesmo com a Selic em alta (o que tende a baixar a inflação mais adiante), o IPCA+ entrega o IPCA do período + uma taxa prefixada. Ou seja, se a inflação cair muito, o ganho real continua positivo. Já o Prefixado pode parecer mais atraente em curto prazo, mas perde essa “blindagem” contra surpresas inflacionárias. Por isso, o IPCA+ é ideal para objetivos como aposentadoria ou proteção de patrimônio.

O segredo está em entender seu horizonte de tempo e o que você quer proteger: o valor nominal (Prefixado) ou o poder de compra (IPCA+).

Espero ter ajudado!

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