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O QUE FAZER NUM MOMENTO DE CRISE EMPRESARIAL, MAS QUERENDO SEGURAR AS CONTAS DE CASA?


Pergunta

Postado

Bom dia a todos da comunidade

 

Faz quase 10 anos que trabalho (CLT) numa empresa de varejo que está ainda em expansão, embora em um ritmo muito menor do que alguns anos atrás, mas que a importação depende muito da venda e do cambio também pois são produtos importados. Atualmente ele tem em torno de 70 filiais no Brasil, algumas no estilo franquia e outras tantas com parcerias com outras lojas compartilhando os produtos e garantindo uma receita "passiva". Somando todos os formatos, acredito que estão em 150 e poucos estabelecimentos.

Após o período da pandemia houve uma reestruturação na empresa em que teve a extinção de um cargo que era mais administrativo (lançamento de vendas, contagem de notas, manutenções, compras de suprimentos e etc) e não envolvia tanto a presença no front de loja, lidar com clientes, reposição, essas coisas. A partir daí alguns foram realocados entre gerentes, supervisores e outros foram desligados e as tarefas pendentes, foram reatribuídos para os outros cargos da loja, o que acabou sobrecarregando todos os setores da linha de frente. 

As coisas foram sendo levadas, a inflação bateu forte, o cambio sofreu também e um tempo atrás houve uma outra reestruturação de cargos, onde também teve remanejamento de pessoas e desligamentos. e implantaram alguns novos setores que, curiosamente, se parecem muito com o antigo cargo que descrevi antes.

Os funcionários mais antigos, assim como eu, que pegaram essas alterações, sabem que está acontecendo algo muito de errado e a diretoria não está conseguindo lidar ou resolver os problemas que eles mesmos criaram e muitos estão pensando ou já estão, pulando fora desse barco e ir para outro lugar antes que afunde de vez. Embora muitos que veem de fora pensem que "para eles somos só um número", esse pensamento era praticamente inexistente quando iniciei pois era muito agradável trabalhar aqui e muitos veteranos também compartilham dessa mesma opinião.

Voltando para o meu caso, no momento minha noiva acabou de sair do emprego dela (analisado e decidido entre nós dois) e está estudando para concurso e terminando a pós (ambos em agosto), e ter a chance de passar e ter uma estabilidade para nós. Já temos a reserva para aproximadamente 5 meses dos custos fixos (e algumas variáveis para sair, streaming, essas coisas de lazer). Para não ter o problema de depender somente da reserva, resolvi ficar empregado para pelo menos conseguir pagar os custos fixos (aluguel, gás, internet) e o restante, vou tirando aos poucos da reserva de emergência, porém do jeito que as coisas estão, tenho bastante receio de ficar perdido mentalmente, onde de um lado há o "dever de homem" de segurar as pontas enquanto a patroa se concentra nos estudos e talvez melhorar muito nosso futuro, e de outro lado, a melancolia de trabalhar numa empresa que vi crescer, fiz contatos e amigos, vivendo essa crise e debandada dos funcionários.

Sei da existência do programa de conselheiros (e com certeza vou utilizar), mas queria deixar o relato aqui para saber a opinião do geral, se aguento pelo menos até a prova e os estudos passarem, se devo sair e procurar outro lugar o mais breve possível ou alguma outra sugestão que não consegui ver. Particularmente acho que ainda aguento segurar as pontas, só não sei quanto tempo, seria realmente esse o melhor caminho?

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Postado
6 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Bom dia a todos da comunidade

 

Faz quase 10 anos que trabalho (CLT) numa empresa de varejo que está ainda em expansão, embora em um ritmo muito menor do que alguns anos atrás, mas que a importação depende muito da venda e do cambio também pois são produtos importados. Atualmente ele tem em torno de 70 filiais no Brasil, algumas no estilo franquia e outras tantas com parcerias com outras lojas compartilhando os produtos e garantindo uma receita "passiva". Somando todos os formatos, acredito que estão em 150 e poucos estabelecimentos.

Após o período da pandemia houve uma reestruturação na empresa em que teve a extinção de um cargo que era mais administrativo (lançamento de vendas, contagem de notas, manutenções, compras de suprimentos e etc) e não envolvia tanto a presença no front de loja, lidar com clientes, reposição, essas coisas. A partir daí alguns foram realocados entre gerentes, supervisores e outros foram desligados e as tarefas pendentes, foram reatribuídos para os outros cargos da loja, o que acabou sobrecarregando todos os setores da linha de frente. 

As coisas foram sendo levadas, a inflação bateu forte, o cambio sofreu também e um tempo atrás houve uma outra reestruturação de cargos, onde também teve remanejamento de pessoas e desligamentos. e implantaram alguns novos setores que, curiosamente, se parecem muito com o antigo cargo que descrevi antes.

Os funcionários mais antigos, assim como eu, que pegaram essas alterações, sabem que está acontecendo algo muito de errado e a diretoria não está conseguindo lidar ou resolver os problemas que eles mesmos criaram e muitos estão pensando ou já estão, pulando fora desse barco e ir para outro lugar antes que afunde de vez. Embora muitos que veem de fora pensem que "para eles somos só um número", esse pensamento era praticamente inexistente quando iniciei pois era muito agradável trabalhar aqui e muitos veteranos também compartilham dessa mesma opinião.

Voltando para o meu caso, no momento minha noiva acabou de sair do emprego dela (analisado e decidido entre nós dois) e está estudando para concurso e terminando a pós (ambos em agosto), e ter a chance de passar e ter uma estabilidade para nós. Já temos a reserva para aproximadamente 5 meses dos custos fixos (e algumas variáveis para sair, streaming, essas coisas de lazer). Para não ter o problema de depender somente da reserva, resolvi ficar empregado para pelo menos conseguir pagar os custos fixos (aluguel, gás, internet) e o restante, vou tirando aos poucos da reserva de emergência, porém do jeito que as coisas estão, tenho bastante receio de ficar perdido mentalmente, onde de um lado há o "dever de homem" de segurar as pontas enquanto a patroa se concentra nos estudos e talvez melhorar muito nosso futuro, e de outro lado, a melancolia de trabalhar numa empresa que vi crescer, fiz contatos e amigos, vivendo essa crise e debandada dos funcionários.

Sei da existência do programa de conselheiros (e com certeza vou utilizar), mas queria deixar o relato aqui para saber a opinião do geral, se aguento pelo menos até a prova e os estudos passarem, se devo sair e procurar outro lugar o mais breve possível ou alguma outra sugestão que não consegui ver. Particularmente acho que ainda aguento segurar as pontas, só não sei quanto tempo, seria realmente esse o melhor caminho?

O mais difícil e o melhor a se fazer pra você e pra sua esposa é respeitar seus limites. Só porque se sente obrigado a prover não quer dizer que dá pra fazer dessa forma.

É sentar com a sua esposa e conversar sobre organização financeira e como proceder nos meses seguintes.

Vocês assistiram juntos a aula da família?

Abraços.

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Postado

Você não precisa esperar ela passar para trocar de emprego, já vai procurando outro, contacta amigos que saíram, vê para onde eles foram e se tem vagas, muitas vezes a melhor maneira de achar um novo emprego é através de networking.


Uma parte do seu problema é psicológico, então conseguir um psicólogo numa consulta mensal que seja pode fazer você conseguir encarar isso com mais naturalidade.

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Postado
23 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Bom dia a todos da comunidade

 

Faz quase 10 anos que trabalho (CLT) numa empresa de varejo que está ainda em expansão, embora em um ritmo muito menor do que alguns anos atrás, mas que a importação depende muito da venda e do cambio também pois são produtos importados. Atualmente ele tem em torno de 70 filiais no Brasil, algumas no estilo franquia e outras tantas com parcerias com outras lojas compartilhando os produtos e garantindo uma receita "passiva". Somando todos os formatos, acredito que estão em 150 e poucos estabelecimentos.

Após o período da pandemia houve uma reestruturação na empresa em que teve a extinção de um cargo que era mais administrativo (lançamento de vendas, contagem de notas, manutenções, compras de suprimentos e etc) e não envolvia tanto a presença no front de loja, lidar com clientes, reposição, essas coisas. A partir daí alguns foram realocados entre gerentes, supervisores e outros foram desligados e as tarefas pendentes, foram reatribuídos para os outros cargos da loja, o que acabou sobrecarregando todos os setores da linha de frente. 

As coisas foram sendo levadas, a inflação bateu forte, o cambio sofreu também e um tempo atrás houve uma outra reestruturação de cargos, onde também teve remanejamento de pessoas e desligamentos. e implantaram alguns novos setores que, curiosamente, se parecem muito com o antigo cargo que descrevi antes.

Os funcionários mais antigos, assim como eu, que pegaram essas alterações, sabem que está acontecendo algo muito de errado e a diretoria não está conseguindo lidar ou resolver os problemas que eles mesmos criaram e muitos estão pensando ou já estão, pulando fora desse barco e ir para outro lugar antes que afunde de vez. Embora muitos que veem de fora pensem que "para eles somos só um número", esse pensamento era praticamente inexistente quando iniciei pois era muito agradável trabalhar aqui e muitos veteranos também compartilham dessa mesma opinião.

Voltando para o meu caso, no momento minha noiva acabou de sair do emprego dela (analisado e decidido entre nós dois) e está estudando para concurso e terminando a pós (ambos em agosto), e ter a chance de passar e ter uma estabilidade para nós. Já temos a reserva para aproximadamente 5 meses dos custos fixos (e algumas variáveis para sair, streaming, essas coisas de lazer). Para não ter o problema de depender somente da reserva, resolvi ficar empregado para pelo menos conseguir pagar os custos fixos (aluguel, gás, internet) e o restante, vou tirando aos poucos da reserva de emergência, porém do jeito que as coisas estão, tenho bastante receio de ficar perdido mentalmente, onde de um lado há o "dever de homem" de segurar as pontas enquanto a patroa se concentra nos estudos e talvez melhorar muito nosso futuro, e de outro lado, a melancolia de trabalhar numa empresa que vi crescer, fiz contatos e amigos, vivendo essa crise e debandada dos funcionários.

Sei da existência do programa de conselheiros (e com certeza vou utilizar), mas queria deixar o relato aqui para saber a opinião do geral, se aguento pelo menos até a prova e os estudos passarem, se devo sair e procurar outro lugar o mais breve possível ou alguma outra sugestão que não consegui ver. Particularmente acho que ainda aguento segurar as pontas, só não sei quanto tempo, seria realmente esse o melhor caminho?

Certamente 10 anos de CLT, numa mesma empresa, lhe deu bastante expertise no ramo de negocio e com certeza sua vivência vale muito, a principio é manter os custos de vida baixos, como sempre devem ser feito independente do momento que estiverem passando, outra dentro da empresa é você procurar saber o que está acontecendo e em paralelo buscar ou se preparar para novas oportunidade no mercado, não aguardaria ficar pior para me movimentar.

Sobre questões financeiras, é passar o pente fino, ver as conta a vencer, se tem alguma despesa de longo prazo (financiamento), que numa eventual demissão vc tem direitos, vai ter seguro desemprego, fgts, caso esse cenário se desenhe, precisa tá pronto para tomar decisões assertivas. 

 

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