Post popular Gilson Rovina Postado Segunda-feira às 02:06 Post popular Postado Segunda-feira às 02:06 Tem um filme chamado Coffee and Cigarettes, do Jim Jarmusch. É basicamente isso, pessoas conversando, nada de ação, nem grandes reviravoltas, só café, cigarros e diálogos soltos, meio sem rumo… mas, curiosamente, é hipnotizante, porque é justamente ali que a vida acontece, nas pausas, no silêncio entre um gole e outro, nas conversas que não têm um propósito claro, mas que fazem sentido mesmo assim. Penso que isso pode ser um convite para compartilhar qualquer coisa que pareça inútil, mas que tem alma, um jogo que te prendeu, uma conversa que ficou na cabeça, um vício bom ou nem tanto, um livro, um hobby, um detalhe aleatório do dia. O que anda ocupando espaço na sua mente, mesmo que não tenha nada a ver com finanças? 6
Gilson Rovina Postado Segunda-feira às 02:10 Author Postado Segunda-feira às 02:10 Ultimamente tenho visto vídeos de pessoas trabalhando com madeira, gente transformando um pedaço bruto em algo bonito, ou dando vida nova a um móvel antigo. Não tem muita fala, só o som das ferramentas, o cuidado com os detalhes e aquilo vai me prendendo sem eu nem perceber, é muito foda! É curioso como algo tão simples pode dar uma sensação tão boa, as vezes fico imaginando como seria morar numa casa mais afastada, com um quintal grande e uma garagem para isso. Um lugar calmo, onde eu pudesse passar o tempo mexendo com madeira, aprendendo devagar, no meu ritmo. Nem precisaria ser perfeito, só de pensar nisso já me dá uma paz. 3
Bruno Alex Pereira Rodrigues Postado Segunda-feira às 02:37 Postado Segunda-feira às 02:37 Adorei essa lembrança do Coffee and Cigarettes. Tem algo de profundamente poético nessas conversas que não precisam provar nada pra ninguém. Às vezes, a gente se perde tanto na ânsia de ser produtivo, de encontrar propósito em tudo, que esquece que a vida também acontece nas pausas no silêncio entre um gole e outro, nos pensamentos soltos que surgem quando a gente simplesmente desacelera. Hoje, meu "café e cigarro" foi ouvir uma música antiga, do nada, e ser levado de volta a uma época em que eu nem sabia direito quem era. Bateu uma saudade estranha, melancólica, mas curiosamente boa. Depois, fiquei uns 20 minutos só observando a luz do fim da tarde entrar pela janela, enquanto lia Os Segredos da Mente Milionária. Por algum motivo, aquele momento inteiro parecia um sussurro do mundo dizendo: “respira, tá tudo bem, desacelera.” Logo depois, fui colocar a cerca no jardim aqui de casa uma que eu mesmo construí com paletes. E isso também teve algo de terapêutico. E falando em pausas, tem uma coisa curiosa que acontece comigo: eu trabalho com tecnologia, desenvolvendo software imerso em códigos, telas e lógica. Mas há mais de um ano, quando me dou o direito ao lazer com telas, (o que não acho muito proveitoso lazer com telas), tenho assistido vídeos de pessoas vivendo na roça: cuidando da terra, criando animais, plantando, colhendo... É como se, no meio desse concreto digital, meu espírito estivesse buscando o cheiro da terra molhada. Às vezes, me pego sonhando: “E se eu largasse tudo? Nunca mais ligar um computador e viver só da terra, da simplicidade, da lida com a natureza?” Imagino que esse desejo vem justamente por ser o oposto da minha rotina. E talvez também porque essa vida, mais conectada com o tempo natural das coisas, eu só consigo experimentar quando visito parentes no interior. Ainda é só uma fantasia… mas quem sabe, um dia, quando conquistar minha liberdade financeira, eu não compre uma chácara? Só pra passar parte dos fins de semana e alimentar essa parte de mim. Talvez esse contraste diga mais sobre o que me falta do que sobre o que está errado. Ou talvez seja só o meu jeito de tomar um café mental com a vida sem pressa. Pensar nessas coisas é um descanso para a mente. É vislumbrar realidades diferentes, futuros possíveis… e fazer isso sem diminuir o valor do que eu tenho hoje. Porque cair nessa armadilha de achar que o presente é pequeno pode ser perigoso e transformar qualquer sonho em angústia. E você, já teve esses devaneios de largar tudo e viver uma vida completamente diferente? 1
Edison Luis Paulini Postado Segunda-feira às 12:07 Postado Segunda-feira às 12:07 9 horas atrás, Gilson Rodrigo Rovina Gonçalves disse: Tem um filme chamado Coffee and Cigarettes, do Jim Jarmusch. É basicamente isso, pessoas conversando, nada de ação, nem grandes reviravoltas, só café, cigarros e diálogos soltos, meio sem rumo… mas, curiosamente, é hipnotizante, porque é justamente ali que a vida acontece, nas pausas, no silêncio entre um gole e outro, nas conversas que não têm um propósito claro, mas que fazem sentido mesmo assim. Penso que isso pode ser um convite para compartilhar qualquer coisa que pareça inútil, mas que tem alma, um jogo que te prendeu, uma conversa que ficou na cabeça, um vício bom ou nem tanto, um livro, um hobby, um detalhe aleatório do dia. O que anda ocupando espaço na sua mente, mesmo que não tenha nada a ver com finanças? Rapaz, que legal. Confesso que nunca tinha ouvido falar desse filme. Mas gostei da premissa! Se tem uma coisa que curto é boas conversas quando estou com meus amigos e sempre acompanhado de um cafézin dos bons! O cigarro eu dispenso (apesar de curtir um charuto Huahhuahha) Sou uma pessoa que dá muito valor simbólico para as coisas por assim dizer. E isso vai tanto para as conversas e momento que tenho com as pessoas, seus gestos, até para algo voltado mais a arte, a confecção que você comentou. Muito bom! 1
Gilson Rovina Postado Segunda-feira às 16:08 Author Postado Segunda-feira às 16:08 Lembrei de uma historinha bem legal e divertida. Estava em um bar tradicional de São Paulo, o Veloso, o chopp de lá é o melhor do estado, tenho certeza! Me sentei no balcão e havia um gringo do meu lado, ele falava um português bem mal falado, mas sabia se comunicar. A conversa foi longe, de onde ele era, o que estava fazendo em São Paulo, no que trabalhava, enfim, até que, quando percebi, duas amigas dele chegaram e nos sentamos em uma mesa, me dei conta que estava com duas suecas, falando de qualquer coisa. Lembro que me senti fodão, porque de uma forma nada tradicional enfrentei meu receio de conversar em inglês, do medo de errar, e simplesmente a conversa fluiu. No final, cada um tomou seu rumo e fiquei com essa historinha. Mas afinal, é isso que tem de especial? Perceba, o balcão é o melhor lugar de um bar, não há nenhuma dúvida nisso. Se você tiver a oportunidade, sente-se nele, você nunca sabe quem vai ficar ao seu lado, e a chance de descobrir pessoas incríveis e ter histórias pra contar é sensacional. Essa experiência, de alguma forma, me fez esquecer a trava do medo de pronunciar o inglês incorretamente, conjugar verbo errado, esquecer palavras ou nem saber algumas, e de quebra conheci duas suecas, que não passou de uma amizade temporária e que provavelmente nunca mais vou ver, mas foi legal! 1
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