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Pergunta

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Olá, pessoal!

Espero que estejam bem.

Sempre que vou realizar um aporte, me surge uma dúvida que me atrapalha em investir em ações. Por conta dos meus aportes serem pequenos (em torno de 1.5k/mensal), eu simplesmente não consigo comprar ações de empresas com potencial de ganho ou que reinvestem seu lucro em si mesmas.

Na minha cabeça, opera o seguinte raciocínio: já que a empresa está em crescimento, se eu ficar realizando aportes mensais (as vezes, nem conseguindo comprar 1 lote), meu PM vai "sempre" aumentar e, dessa forma, o ganho que eu teria inerente ao seu crescimento deixará de existir ou será bem pequeno. 

Sendo assim, pra mim é muito mais confortável comprar ações de empresas que pagam dividendos acima de 8%, como Banco do Brasil, do que comprar ações da WEG, que apesar de ser uma empresa com excelentes fundamentos, paga poucos dividendos, uma vez que ela sempre reiveste nela mesma, visto que meu PM na WEG3 vai tender a estar sempre crescendo, diminuindo assim meu lucro/rentabilidade.

Vocês também possuem essa dúvida? Nessa linha de raciocínio, pra eu aportar nesse tipo de empresa, seria somente se eu fizesse uma reserva de oportunidade, que aí eu poderia comprar ela numa queda pontual, esquecer dela e assim usufruir do seu crescimento.

Agradeço a atenção e aguardo respostas!

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6 respostas para essa pergunta

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Boa noite, @Igor Braga !

36 minutes ago, Igor Braga disse:

Sempre que vou realizar um aporte, me surge uma dúvida que me atrapalha em investir em ações. Por conta dos meus aportes serem pequenos (em torno de 1.5k/mensal), eu simplesmente não consigo comprar ações de empresas com potencial de ganho ou que reinvestem seu lucro em si mesmas.

Rapaz, para início de conversa, um aporte de R$1.500 não é baixo. 

36 minutes ago, Igor Braga disse:

Na minha cabeça, opera o seguinte raciocínio: já que a empresa está em crescimento, se eu ficar realizando aportes mensais (as vezes, nem conseguindo comprar 1 lote), meu PM vai "sempre" aumentar e, dessa forma, o ganho que eu teria inerente ao seu crescimento deixará de existir ou será bem pequeno. 

Aqui talvez falte mais alguns entendimentos sobre alguns conceitos. Sei que pode ser meio difícil de conciliar isso que vou dizer, mas este cenário que você comentou é um ótimo cenário. É um cenário onde a empresa que você investiu está dando certo pois, no longo prazo, a tendência é que os lucros acompanhem os preços. Se uma empresa está ainda afetando seu PM por assim dizer, é sinal que ela segue sendo um bom negócio para você se associar. Acredito que falte firmar melhor o conceito entre preço e valor que aqui neste ponto de suas dúvidas e fundamental.

E tem outro detalhe. Com o uso da ferramenta do diagrama do cerrado, você consegue fazer sempre um bom preço médio inclusive com compras em baixas que eventualmente a empresa terá e o diagrama te orientará a isso.

47 minutes ago, Igor Braga disse:

Sendo assim, pra mim é muito mais confortável comprar ações de empresas que pagam dividendos acima de 8%, como Banco do Brasil, do que comprar ações da WEG, que apesar de ser uma empresa com excelentes fundamentos, paga poucos dividendos, uma vez que ela sempre reiveste nela mesma, visto que meu PM na WEG3 vai tender a estar sempre crescendo, diminuindo assim meu lucro/rentabilidade.

Aqui vale lembrar que o nível de crescimento de uma boa empresa tende a ser muito maior do que uma distribuição de 8%. O crescimento daria mais ganhos do que uma empresa que só distribui aquilo que ela provavelmente mantém ou cede para crescer mais e valorizar mais nosso patrimônio.

Lembrando também que DY tem seus por menores como ensinado nas aulas. Primeiro que é uma métrica relativamente rasa pois ela não passa de uma divisão entre os proventos pagos nos últimos 12 meses pela cotação atual da empresa. Em outras palavras, ele pode ser um indicador que leva a erros se observado de forma isolada e espaços curtos de tempos por estar atrelado ao preço. Segundo que o pagamento de dividendo é simplesmente uma troca de bolso. Você em tese não ganha nada.

53 minutes ago, Igor Braga disse:

Vocês também possuem essa dúvida? Nessa linha de raciocínio, pra eu aportar nesse tipo de empresa, seria somente se eu fizesse uma reserva de oportunidade, que aí eu poderia comprar ela numa queda pontual, esquecer dela e assim usufruir do seu crescimento.

Reserva de oportunidade seria deixar um dinheiro fora de posição e sem jamais saber qual o melhor momento para alocar este valor. Em pequenas quedas, o próprio diagrama do cerrado já pode lhe indicar isso como explicado anteriormente e a mecânica dele consiste em um embasamento mais sólido com uma análise bem feita das empresas. E uma das melhores formas de calibrar isso é com aportes mensais onde invariavelmente iremos pegar boas oportunidades mesmo que não estejam em seus ápices (que são impossíveis de saber quando serão) e dar uma segurada quando não forem os melhores momentos para se aportar tanto. Isso inclusive é mostrado em estudos sobre o DCA (Dollar Cost Average - Custo Médio do Dólar) e o Buy the Dip ("Comprar na Baixa").

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Obrigado pelo retorno, @Eddy Paulini!

18 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Aqui talvez falte mais alguns entendimentos sobre alguns conceitos. Sei que pode ser meio difícil de conciliar isso que vou dizer, mas este cenário que você comentou é um ótimo cenário. É um cenário onde a empresa que você investiu está dando certo pois, no longo prazo, a tendência é que os lucros acompanhem os preços. Se uma empresa está ainda afetando seu PM por assim dizer, é sinal que ela segue sendo um bom negócio para você se associar. Acredito que falte firmar melhor o conceito entre preço e valor que aqui neste ponto de suas dúvidas e fundamental.

De fato, apesar do conceito entre preço e valor serem distintos, na prática, aplica-lós é um pouco mais complexo. Eu entendo a questão de que, se meu PM está aumentando, é porque a empresa está gerando bons frutos. Todavia (creio que na simulação mental que eu estava fazendo, o erro talvez seria este adiante...), se meu PM só aumenta, no longo prazo eu estaria comprando cada vez menos ações dessa empresa e reduzindo minha rentabilidade.

Vamos continuar com o exemplo de WEGE3 e BBAS3...

Colocando o diagrama do cerrado nessa equação, nos momentos em que a WEGE3 estivesse com os aportes adequados, eu daria vazão a BBAS3 e, numa eventual queda da WEGE3 (assim como você mencionou), eu voltaria a aportar nela, fazendo com que meu PM não ficasse tão deslocado, sempre respeitando o diagrama do cerrado. É este o raciocío?

31 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Aqui vale lembrar que o nível de crescimento de uma boa empresa tende a ser muito maior do que uma distribuição de 8%. O crescimento daria mais ganhos do que uma empresa que só distribui aquilo que ela provavelmente mantém ou cede para crescer mais e valorizar mais nosso patrimônio.

Lembrando também que DY tem seus por menores como ensinado nas aulas. Primeiro que é uma métrica relativamente rasa pois ela não passa de uma divisão entre os proventos pagos nos últimos 12 meses pela cotação atual da empresa. Em outras palavras, ele pode ser um indicador que leva a erros se observado de forma isolada e espaços curtos de tempos por estar atrelado ao preço. Segundo que o pagamento de dividendo é simplesmente uma troca de bolso. Você em tese não ganha nada.

Concordo que o crescimento de uma boa empresa daria um retorno superior a estes 8%, porém, com essa minha questão, apesar de na prática não estar ganhando nada, eu teria o "poder" de reinvestir com base nas minhas necessidades de alocações (e, talvez como efeito placebo ou viés de confirmação, se estou vendo esse dinheiro pingando na minha conta, é porque a estratégia aplicada está dando bons resultados e é aí que estaria meu erro). Como curiosidade, hoje a minha carteira é composta majoritariamente de FIIs e ações pagadoras de dividendos, apesar de ser classificado como investidor extremamente agressivo (contraditório, não? rsrsrs...)

35 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Reserva de oportunidade seria deixar um dinheiro fora de posição e sem jamais saber qual o melhor momento para alocar este valor. Em pequenas quedas, o próprio diagrama do cerrado já pode lhe indicar isso como explicado anteriormente e a mecânica dele consiste em um embasamento mais sólido com uma análise bem feita das empresas. E uma das melhores formas de calibrar isso é com aportes mensais onde invariavelmente iremos pegar boas oportunidades mesmo que não estejam em seus ápices (que são impossíveis de saber quando serão) e dar uma segurada quando não forem os melhores momentos para se aportar tanto. Isso inclusive é mostrado em estudos sobre o DCA (Dollar Cost Average - Custo Médio do Dólar) e o Buy the Dip ("Comprar na Baixa").

Sim, o conceito de reserva de oportunidade que você explicou é o mesmo que tenho. No meu exemplo, eu simplesmente colocaria por exemplo, 10k em um CDB que rende 100%, aguardaria uma eventual queda da WEGE3, para poder aportar esse montante em questão. 

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Fala, cara! Já pensei assim também, mas hoje vejo esse medo do PM subir como uma pegadinha mental. Se a empresa cresce e reinveste bem, é natural que o preço suba — e isso é ótimo pra quem é sócio de verdade.

Sobre dividendos, entendi que lucro retido também é meu, desde que bem usado. Não vejo problema em empresas como WEG pagarem pouco, desde que sigam crescendo com consistência.

Também aporto valores pequenos e sigo a linha do dólar-cost-average, sempre comprando, sem vender pra balancear. Como não tenho bola de cristal, prefiro aportar todo mês nas boas empresas, independente do preço.

No fim das contas, foco em acumular ativos de qualidade e deixar o tempo fazer o trabalho.

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14 horas atrás, Igor Braga disse:

Colocando o diagrama do cerrado nessa equação, nos momentos em que a WEGE3 estivesse com os aportes adequados, eu daria vazão a BBAS3 e, numa eventual queda da WEGE3 (assim como você mencionou), eu voltaria a aportar nela, fazendo com que meu PM não ficasse tão deslocado, sempre respeitando o diagrama do cerrado. É este o raciocío?

Exato o raciocínio. Claro que tem alguns detalhes mais a fundo como, por exemplo, a nota do ativo também irá influenciar no montante a ser aportado, mas a grosso modo automaticamente o diagrama beneficia os ativos em queda e quanto maior a nota deste ativo, mais aporte recebe.

14 horas atrás, Igor Braga disse:

Concordo que o crescimento de uma boa empresa daria um retorno superior a estes 8%, porém, com essa minha questão, apesar de na prática não estar ganhando nada, eu teria o "poder" de reinvestir com base nas minhas necessidades de alocações (e, talvez como efeito placebo ou viés de confirmação, se estou vendo esse dinheiro pingando na minha conta, é porque a estratégia aplicada está dando bons resultados e é aí que estaria meu erro). Como curiosidade, hoje a minha carteira é composta majoritariamente de FIIs e ações pagadoras de dividendos, apesar de ser classificado como investidor extremamente agressivo (contraditório, não? rsrsrs...)

Receio em dizer que realmente é efeito placebo  😅

Como comentei antes, os pagamentos nada mais são do que uma troca de bolso. Não sei se você já assistiu as aulas do módulo 4, mas nas aulas sobre proventos é explicado justamente isso e ficará mais mais claro que não há implicitamente um ganho por assim dizer. 

 

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23 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Exato o raciocínio. Claro que tem alguns detalhes mais a fundo como, por exemplo, a nota do ativo também irá influenciar no montante a ser aportado, mas a grosso modo automaticamente o diagrama beneficia os ativos em queda e quanto maior a nota deste ativo, mais aporte recebe.

15 horas atrás, Igor Braga disse:

Perfeito! Simplifiquei o raciocínio justamente para ficar claro pra mim.

23 minutes ago, Eddy Paulini disse:

Como comentei antes, os pagamentos nada mais são do que uma troca de bolso. Não sei se você já assistiu as aulas do módulo 4, mas nas aulas sobre proventos é explicado justamente isso e ficará mais mais claro que não há implicitamente um ganho por assim dizer. 

Sim, já vi. De fato, não estamos ganhando "nada" a mais por isso.

De qualquer forma, a dúvida que eu tinha foi sanada! Agora poderei realocar meus aportes em renda variável em paz.

Muito obrigado, @Eddy Paulini!!!

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Postado (edited)
16 horas atrás, Igor Braga disse:

Olá, pessoal!

Espero que estejam bem.

Sempre que vou realizar um aporte, me surge uma dúvida que me atrapalha em investir em ações. Por conta dos meus aportes serem pequenos (em torno de 1.5k/mensal), eu simplesmente não consigo comprar ações de empresas com potencial de ganho ou que reinvestem seu lucro em si mesmas.

Na minha cabeça, opera o seguinte raciocínio: já que a empresa está em crescimento, se eu ficar realizando aportes mensais (as vezes, nem conseguindo comprar 1 lote), meu PM vai "sempre" aumentar e, dessa forma, o ganho que eu teria inerente ao seu crescimento deixará de existir ou será bem pequeno. 

Sendo assim, pra mim é muito mais confortável comprar ações de empresas que pagam dividendos acima de 8%, como Banco do Brasil, do que comprar ações da WEG, que apesar de ser uma empresa com excelentes fundamentos, paga poucos dividendos, uma vez que ela sempre reiveste nela mesma, visto que meu PM na WEG3 vai tender a estar sempre crescendo, diminuindo assim meu lucro/rentabilidade.

Vocês também possuem essa dúvida? Nessa linha de raciocínio, pra eu aportar nesse tipo de empresa, seria somente se eu fizesse uma reserva de oportunidade, que aí eu poderia comprar ela numa queda pontual, esquecer dela e assim usufruir do seu crescimento.

Agradeço a atenção e aguardo respostas!

Bom dia, Igor. Então... eu diria que esse é um dos únicos "pontos de melhoria" que o diagrama do cerrado tem e no curto prazo isso não vai fazer muita diferença mas no longo pode fazer total diferença.
Não diria que isso é um erro, mas é uma maneira diferente de visualizar a tomada de decisão estratégica de onde aportar.

Primeiro vou tentar deixar mais claro pros outros colegas o teu questionamento, porque pelas respostas talvez não tenham entendido. Vou usar números absurdos para tornar mais didático:

Pegando exclusivamente a parte de ações da carteira e digamos que temos 2 empresas com igual peso, e teriamos 10 ações de cada a 100 reais (1000 de patrimonio em cada) sendo uma de distribuição e outra de acumulação com crescimento igual etc.

Empresa 01: 10 cotas a R$100,00 distribuindo 10 reais por ano e crescendo os mesmos 10 reais por ano por cota
Empresa 02: 10 cotas a R$100,00 sem distribuir nada e crescendo 10 reais ao ano.

Ano 01: A carteira de 50/50 irá para 47,61/52,38
1- 1000 reais de patrimonio com 100 reais distribuido
2- 1100 reais de patrimonio com 0 reais distribuido.

- Se fosse aportar o diagrama ia pedir para aportar na que distribuiu e não mexer na que não distribuiu.


Ano 02: 47,82/52,17 agora
1- 1100 reais de patrimonio com 210 reais distribuidos
2- 1200 reais de patrimonio com 0 reais distribuidos

- Se for aportar novamente vai pedir de novo para aportar na que distribuiu... e assim sucessivamente.

Agora porque não dá pra considerar isso um erro? o Diagrama do cerrado ele é uma ferramenta para avaliar o RISCO da tua carteira, então ele vai sempre avaliar o patrimonio total naquele ativo, para caso dê algum problema na empresa ela vá a zero você perder o minimo de patrimonio possível ao mesmo tempo que nessas variações você consiga comprar sempre barato e segurar quando está caro.

Porque ter esse questionamento é uma oportunidade de melhoria? talvez você queira adotar uma abordagem diferente onde no rebalanceamento leve em consideração a cotação sem descontar as distribuições de dividendo, assim "igualaria" empresas de acumulação e de crescimento de maneira igualitária levando como métrica não o patrimonio, mas a cotação ajustada (como uma forma de comparar rentabilidades)

Editado por Thiago M Borges
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