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Pergunta

Postado

Pessoal, boa noite! Tudo certo?

Tenho uma dúvida: qual seria um percentual "justo" para considerar como rentabilidade real em uma aplicação de renda fixa?

Por exemplo:
Investi R$ 10.000 em um título com rentabilidade de 14% ao ano, por um período de 5 anos.
No final, terei:

  • Rentabilidade bruta: R$ 19.254,15
  • Rentabilidade líquida: R$ 16.366,03

Agora, se eu quiser considerar também a inflação do período, qual percentual eu poderia descontar?

Seria mais correto fazer o cálculo com uma rentabilidade menor, tipo 9% ao ano, já estimando o efeito da inflação?
Ou melhor, imaginar um percentual a ser descontado da rentabilidade líquida final?

Olhei em alguns sites e alguns lugares falam para considerar entre 6% a 8% de inflação...

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2 respostas para essa pergunta

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Postado

Boa noite, @Paulo Ricardo Lima !

48 minutes ago, Paulo Ricardo Lima disse:

Tenho uma dúvida: qual seria um percentual "justo" para considerar como rentabilidade real em uma aplicação de renda fixa?

No meu entendimento, não tem um número justo, certo, mágico, etc. Digo isso pensando no conceito de investir em renda fixa pensando no longo prazo e até mesmo seguindo a metodologia do contrafluxo.

Se pensarmos em números alvo por assim dizer, corremos o risco de deixar uma boa oportunidade passar. Por exemplo: eu estabeleço que só investirei em títulos prefixados que pagarem no mínimo 16%a.a. Só que quando eu vou fazer meu aporte eu não aporto em nada pois só achei prefixados pagando 15%, ou seja, 1% abaixo do meu alvo. Mas pode ser que nesse período, os 16% não chegue e o melhor que eu tive naquele momento eram os 15%. No final das contas, vai bater aquela dorzinha de corno pois quem travou um prefixado de 15%a.a. vai estar ganhando mais do que eu que não travei nada por conta de 1%  😅

Neste caso, o ideal é sempre quando fazer o aporte na renda fixa, aportar na melhor oferta possível naquele dia de aporte, sem esquentar a cabeça se estamos conseguindo uma taxa mínima aceitável. Muito melhor aproveitar uma boa oportunidade naquele momento do que deixar ela passar. "Ah, mas no dia seguinte ou na semana seguinte pode melhorar". Sim, pode mesmo. Mas seguindo a lógica anterior, o prejuízo é muito maior em não pegar nada do que ter pegado um título de 15% ao invés de um de 16%.

57 minutes ago, Paulo Ricardo Lima disse:

Seria mais correto fazer o cálculo com uma rentabilidade menor, tipo 9% ao ano, já estimando o efeito da inflação?

Quando fazemos nossos cálculos lá na calculadora de juros compostos do investidor sardinha e demais exemplo que o Raul sempre faz na calculadora, aqueles 8%a.a. já são ganhos reais descontados a inflação.

Podemos então fazer nossos cálculos com este percentual de 8%a.a. É um percentual beeeeem conservador, totalmente possível de se conseguir com base no que podemos conseguir com os estudos aqui e não é uma taxa nada ruim pois é acima da inflação. Mas a verdade é que na prática nossos ganhos acima da inflação ainda são maiores que estes 8%. Mas podemos usar ele como uma margem mais baixa por assim dizer para jogar seguro.

1 hour ago, Paulo Ricardo Lima disse:

Ou melhor, imaginar um percentual a ser descontado da rentabilidade líquida final?

Olhei em alguns sites e alguns lugares falam para considerar entre 6% a 8% de inflação...

O percentual que usualmente usamos de inflação média é de 4,5%.

 

Espero que ajude!

  • Brabo 1
  • Aí cê deu aula... 2
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Postado

Boa tarde! 

Então, como já foi dito, realmente é complicado estabelecer o número ideal, até porque a inflação oficial é uma média de uma cesta de serviços.

Idealmente seria separar todos os cupons fiscais de nota de supermercado, abastecimento de combustível, além de outras despesas fixas (incluindo lazer fixo, como netflix, esportes, etc), dos últimos 05 anos, analisar sua inflação média e exigir um prêmio que seja pelo menos um pouco acima dessa inflação pessoal.

Naturalmente dá trabalho, pra simplificar você pega o IPCA, coloca de 2% a 4% a mais (se for 5% de IPCA, você considera algo entre 7% e 9%) de inflação, e o que exceder o teto, já descontado o imposto de renda, você considera como rentabilidade real.

Nesse cenário hipotético, se você considerar 5% de IPCA oficial, e considerar que a real deve ser de, no mínimo 7%, num CDB de 10%, após o desconto do IR daria 8,5%, já tendo batido a inflação real.

Eu prefiro tentar trabalhar com o cenário de 4% acima do IPCA, pra ter mais margem de segurança - tal como escolher ação, que você calcula o preço teto, pra tentar garantir um yield mínimo.

Esse percentual de "gordura", acima do IPCA, talvez tenha que ser maior se passar muito de 10% de inflação real. Tipo, se a inflação oficial passar dos 15% eu já iria preferir colocar 6/8% de margem de segurança em cima.

Em resumo, eu tentaria trabalhar com uma margem de segurança, acima do IPCA, e ficar tranquilo... haha

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