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Pais sobreviventes - mas dependentes de mim


Pergunta

Postado

Meus pais são separados a mais de 30 anos.

Hoje, meu pai tem 64 anos, mora de favor, não paga aluguel, água e luz. Ajudo ele com 500 reais, desde 2018. Ele arrumou um bico e consegue tirar um salário todo mês.

Minha mãe hoje tem 56 anos. Não paga aluguel, mas mora com a minha irmã. - Minha irmã, não trabalha e arrumou 2 filhos, 1 de cada pai, pega dinheiro do bolsa família e torra tudo na rua. Muitas das vezes, minha irmã sai de casa 1 dia e volta 2 semana depois. - Sobre minha mãe, hoje ela cuida dos meus sobrinhos ( 1 tem 4 anos e outro tem 2 anos). Ela se acidentou a 10 anos trabalhando de doméstica, quebrou o cóccix, não conseguiu mais trabalhar e nem receber nada do INSS (deu ruim pois na época, o patrão não pagava o INSS dela).

Por conta da minha irmã morar com a minha mãe, ela não pode receber ajuda do governo (bolsa família). 

Então hoje, eu acabo ajudando minha mãe com o meu VR (cerca de 900 reais) + 1000 reais pagando água, energia e internet (pago internet pra conseguir me comunicar com ela).

Meu pai, não tenho preocupação, pois logo mais ele vai conseguir se aposentar, mas minha mãe, eu não sei o que fazer. Ta numa situação difícil com a minha irmã e sem perspectiva nem de receber uma aposentadoria.

Eu tento fazer o que posso, mas estou no início da jornada. Essa ajuda, me leva quase 20% da minha renda mensal. Estou conseguindo manter os aportes com 25% para liberdade financeira, mas tenho vivido um pouco no limite também.

Quais sugestões vocês daria para mim e para ajudar meus pais?

12 respostas para essa pergunta

Recommended Posts

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Postado
10 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Meus pais são separados a mais de 30 anos.

Hoje, meu pai tem 64 anos, mora de favor, não paga aluguel, água e luz. Ajudo ele com 500 reais, desde 2018. Ele arrumou um bico e consegue tirar um salário todo mês.

Minha mãe hoje tem 56 anos. Não paga aluguel, mas mora com a minha irmã. - Minha irmã, não trabalha e arrumou 2 filhos, 1 de cada pai, pega dinheiro do bolsa família e torra tudo na rua. Muitas das vezes, minha irmã sai de casa 1 dia e volta 2 semana depois. - Sobre minha mãe, hoje ela cuida dos meus sobrinhos ( 1 tem 4 anos e outro tem 2 anos). Ela se acidentou a 10 anos trabalhando de doméstica, quebrou o cóccix, não conseguiu mais trabalhar e nem receber nada do INSS (deu ruim pois na época, o patrão não pagava o INSS dela).

Por conta da minha irmã morar com a minha mãe, ela não pode receber ajuda do governo (bolsa família). 

Então hoje, eu acabo ajudando minha mãe com o meu VR (cerca de 900 reais) + 1000 reais pagando água, energia e internet (pago internet pra conseguir me comunicar com ela).

Meu pai, não tenho preocupação, pois logo mais ele vai conseguir se aposentar, mas minha mãe, eu não sei o que fazer. Ta numa situação difícil com a minha irmã e sem perspectiva nem de receber uma aposentadoria.

Eu tento fazer o que posso, mas estou no início da jornada. Essa ajuda, me leva quase 20% da minha renda mensal. Estou conseguindo manter os aportes com 25% para liberdade financeira, mas tenho vivido um pouco no limite também.

Quais sugestões vocês daria para mim e para ajudar meus pais?

Olá, Anônimo!

Sua situação é bem delicada e complicada. Acredito que você necessite de um atendimento mais personalizado. Diante disso, reforço a sugestão do nosso amigo @Bolívar Luiz que é buscar o auxílio do Programa de Conselheiros da AUVP. Só tem gente muito boa e com interesse genuíno de ajudar. Pode confiar. 

 

 

  • Brabo 2
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Postado

Boa noite Anônimo.

Sinto muito pela sua atual situação. Grande dilema de vida.

Se sua mãe trabalhava como doméstica e algum período pagou o INSS, pode ser que consiga algum tipo de aposentadoria "especial" para ela, te aconselho procurar alguns dos Conselheiros que seja da Advocacia para te orientar. Caso nenhum seja especialista na área te indico pagar uma consulta com um advogado trabalhista para rever o caso dela, com laudos médicos pode ser possível conseguir algum valor de aposentadoria, não que seja suficiente para bancar todos os custos e te "aliviar", mas pouco é melhor que nada. 

Quanto a sua irmã, seria possível sentar com ela e ter uma conversa bem franca? Sem que haja brigas e discussões? Se for possível pode tentar levá-la a um psicólogo para tentar tratar esse distúrbio dela. Se não for possível um diálogo, aí fica realmente complicado e pode ser um caso perdido.

Espero que tudo se resolva da melhor forma possível!! Força e paz!!

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Postado

Obrigado a todos pelas palavras, conselhos e direcionamento.

O @Francisco Vianna foi cirúrgico nos pontos que trouxe! Os problemas muitas das vezes acaba tirando o foco em como resolver o problema e as vezes, precisamos ouvir uma segunda opinião sobre o tema.

@Bolívar Luiz e os demais, agradeço demais por indicar os conselheiros. Pode ter certeza que vai me ajudar bastante.

On 29/05/2025 at 21:59, Fabio Alves Joia disse:

Quanto a sua irmã, seria possível sentar com ela e ter uma conversa bem franca? Sem que haja brigas e discussões? Se for possível pode tentar levá-la a um psicólogo para tentar tratar esse distúrbio dela. Se não for possível um diálogo, aí fica realmente complicado e pode ser um caso perdido.

Apesar de ja ter tentado diversas vezes ter alguma tentativa a base do dialogo, a ideia é ter uma conversa do tipo e dar aquela última chance, "quer mudar, segue esse caminho. Não quer mudar, faz o que quiser da vida".

--

O Eddy trouxe um post falando sobre empreender ser solitário, mas ter uma família e familiares próximos toda desestruturada, e você tentar fazer a coisa certa, também é solitário.

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Postado (edited)

Sinto muito pela sua situação, Anônimo! Realmente muito delicado.

Acho que o @Francisco Vianna e o @Bolívar Luiz deram o caminho. 

Você disse sobre se sentir solitário. Tenho uma família estruturada. Uma excelente relação entre pais e irmãos. As relações no trabalho são ótimas também. Mas acredite: quando o assunto é investimentos, organização financeira e estilo de vida, somos (eu e esposa) completamente solitários. Claro que a sua solidão dói bem mais que a minha! Só quis dizer que fazer diferente da manada significa caminhar sozinho mesmo.

Mas a comunidade vai estar sempre aqui. E as pessoas aqui tem um coração enorme. Sempre prontas para ajudar no que é possível.

Boa sorte aí!

Editado por Pedro Sinei Martins
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Postado
3 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Obrigado a todos pelas palavras, conselhos e direcionamento.

O @Francisco Vianna foi cirúrgico nos pontos que trouxe! Os problemas muitas das vezes acaba tirando o foco em como resolver o problema e as vezes, precisamos ouvir uma segunda opinião sobre o tema.

@Bolívar Luiz e os demais, agradeço demais por indicar os conselheiros. Pode ter certeza que vai me ajudar bastante.

Apesar de ja ter tentado diversas vezes ter alguma tentativa a base do dialogo, a ideia é ter uma conversa do tipo e dar aquela última chance, "quer mudar, segue esse caminho. Não quer mudar, faz o que quiser da vida".

--

O Eddy trouxe um post falando sobre empreender ser solitário, mas ter uma família e familiares próximos toda desestruturada, e você tentar fazer a coisa certa, também é solitário.

Fico feliz que tenha sido útil. De verdade.

Toda sorte pra você, Anônimo! Espero de verdade que  tudo se resolva!

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Postado

Vou te deixar a sugestão de você entrar em contato com o INSS (caso não tenha feito isso recentemente) para ver a situação da aposentadoria dos seus pais, de ambos. O ideal é ter uma orientação do órgão, pois às vezes podemos achar que é uma coisa, quando na verdade a situação não é como imaginamos e aposentadoria pode estar mais perto do que imaginamos.

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Postado
On 29/05/2025 at 10:01, Convidado Anônimo disse:

Meus pais são separados a mais de 30 anos.

Hoje, meu pai tem 64 anos, mora de favor, não paga aluguel, água e luz. Ajudo ele com 500 reais, desde 2018. Ele arrumou um bico e consegue tirar um salário todo mês.

Minha mãe hoje tem 56 anos. Não paga aluguel, mas mora com a minha irmã. - Minha irmã, não trabalha e arrumou 2 filhos, 1 de cada pai, pega dinheiro do bolsa família e torra tudo na rua. Muitas das vezes, minha irmã sai de casa 1 dia e volta 2 semana depois. - Sobre minha mãe, hoje ela cuida dos meus sobrinhos ( 1 tem 4 anos e outro tem 2 anos). Ela se acidentou a 10 anos trabalhando de doméstica, quebrou o cóccix, não conseguiu mais trabalhar e nem receber nada do INSS (deu ruim pois na época, o patrão não pagava o INSS dela).

Por conta da minha irmã morar com a minha mãe, ela não pode receber ajuda do governo (bolsa família). 

Então hoje, eu acabo ajudando minha mãe com o meu VR (cerca de 900 reais) + 1000 reais pagando água, energia e internet (pago internet pra conseguir me comunicar com ela).

Meu pai, não tenho preocupação, pois logo mais ele vai conseguir se aposentar, mas minha mãe, eu não sei o que fazer. Ta numa situação difícil com a minha irmã e sem perspectiva nem de receber uma aposentadoria.

Eu tento fazer o que posso, mas estou no início da jornada. Essa ajuda, me leva quase 20% da minha renda mensal. Estou conseguindo manter os aportes com 25% para liberdade financeira, mas tenho vivido um pouco no limite também.

Quais sugestões vocês daria para mim e para ajudar meus pais?

Sinto muito por toda a situação que você está enfrentando, imagino que não seja nada fácil lidar com tantas responsabilidades familiares ao mesmo tempo. Os colegas acima já trouxeram ótimas sugestões e reflexões, então só queria deixar aqui meu apoio e dizer que admiro muito a forma como você está lidando com tudo isso.

Você é um verdadeiro guerreiro, mesmo diante desse desafio, ainda consegue manter seus aportes e seguir firme na construção da sua liberdade financeira, isso exige uma força enorme, e sinceramente, você se tornou uma inspiração pra mim.

As vezes, reclamo da minha própria realidade, mas lendo o que você compartilhou, percebo que preciso ter mais gratidão e, como dizem por aí, tomar um pouco de vergonha na cara também. Obrigado por compartilhar, sua história me fez refletir bastante.

Força e sabedoria pra você, que aos poucos as coisas se encaminhem e que você continue colhendo os frutos do seu esforço.

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Postado

Cara, entendo bem o que você está passando. Desde 1998 ajudo meus pais e já apoiei meu irmão também. O que me ajudou muito foi uma virada de chave que tive há alguns anos: se eu escolhi ajudar, então não posso esperar nada em troca. Aprendi a “beber o leite e esquecer a vaca”, sabe? Ajudo com o que posso, sem expectativa de retorno, controle ou julgamento.

Durante muito tempo me incomodava ver o dinheiro sendo usado em coisas que eu considerava supérfluas (odeio cigarro, por exemplo), mas percebi que isso só me desgastava. Se eu estou doando, então não é mais meu. E se não posso dar sem isso me machucar, então é sinal de que talvez eu precise recuar um pouco.

O que eu fiz — e continuo fazendo — foi focar no que estava no meu controle: estudar, trabalhar, crescer profissionalmente e buscar viver de forma simples e com propósito. Nos últimos 6 anos consegui quadruplicar minha renda. Isso foi o que mudou minha capacidade de ajudar, inclusive sem perder os aportes.

Você já faz muito. E está fazendo isso enquanto cuida da sua própria caminhada rumo à liberdade financeira. Talvez o que ajude agora seja definir limites saudáveis e conversar com sua mãe com clareza e carinho sobre isso. O que você está construindo hoje pode garantir uma base ainda mais sólida no futuro — pra você e pra eles.

Força aí na caminhada. 🙏

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