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O que acontece com aluno novo, depois de um ano?


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4 horas atrás, Alexandre Gonçalves Granato disse:

Achei o seu relato muito bom, sério! É muito bom ler relatos como esse. Parabéns!

Gosto de compartilhar as minhas experiências.  Se elas servirem de incentivo para apenas 1 pessoa, ja valeu eu ter escrito.  Fico feliz quando leio comentários como o seu.

Eu escrevi também uma parte II - talvez você goste também..

 

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  • 1 month later...

Eu escrevi esse post em abril.  De lá para cá já tem 3 turmas novas na AUVP e decidi revivê-lo como forma de incentivo aos sardinhas novatos.  Vi que tem muita gente preocupada com a idade.  Eu tenho hoje 64 anos e comecei a investir com 62 e já consegui um bom progresso.  Se eu consegui; qualquer um também pode.  Saí do abaixo de zero (devendo) e já andei bastante.  Esse é um relato do que aconteceu na minha curta vida de investidor.

  • Brabo 3
  • Aí cê deu aula... 1
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9 horas atrás, William Redig disse:

Eu escrevi esse post em abril.  De lá para cá já tem 3 turmas novas na AUVP e decidi revivê-lo como forma de incentivo aos sardinhas novatos.  Vi que tem muita gente preocupada com a idade.  Eu tenho hoje 64 anos e comecei a investir com 62 e já consegui um bom progresso.  Se eu consegui; qualquer um também pode.  Saí do abaixo de zero (devendo) e já andei bastante.  Esse é um relato do que aconteceu na minha curta vida de investidor.

Anseio pelo dia que eu conseguir voltar aqui com uma história legal para contar!

 

E de fato é inspirador ver sua história, Willian!

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  • 4 semanas depois...
On 20/04/2023 at 21:02, William Redig disse:

Esse é um relato da minha curta vida de investidor.  O texto ficou meio longo mas espero que alguém tenha paciência de ler e que sirva de inspiração para quem está começando.

2 anos atrás eu tirei a grana da poupança e me aventurei a fazer m&rd@ no mercado financeiro.  Comecei com Renda Fixa na época da Selic a 2%, depois 2,65%, etc...  Maravilhado que via a grana crescer todos os dias, enquanto a poupança me dava uma mini-merreca a cada 30 dias.  LCIs, CDBs, era só alegria.  Burrinho - para ser gentil comigo mesmo - via os centavos crescerem na conta da corretora, aprendi a calcular o rendimento diário e minha planilha batia com o saldo da corretora.  Foi assim durante uns 3 meses.

Já viram burro olhando para o palácio?  Nem eu, mas foi assim que me senti quando decidi olhar a parte de RV no app da corretora.  Estava eu almoçando e olhando aquele monte de fundo de investimento, sem entender nada.  Fiquei olhando a rentabilidade passada e decidi comprar 4 fundos baseado na rentabilidade passada - olha que m&rda - 500 reais em cada um.  No começo até subiu um pouquinho, depois foi só ladeira abaixo.  Um eu até consegui sair fora com lucro, mas os outros três eu ainda guardo na carteira como lembrete de não fazer mais m....

Peguei uma dica de um amigo e comprei umas ações da Portobello; que alegria.  Uma semana depois pagou dividendos e ainda me bonificou em mais ações.  Vendi tudo depois de um mês, ganhando os dividendos um lucrinho na venda.  Achei que era só alegria e comecei a comprar empresas m&rd@as seguindo diquinhas; foi quando descobri que precisava aprender.  Nunca tinha ouvido falar em AUVP ou Raul nessa época.  Vi muitos vídeos no Youtube e nisso fui apresentado aos FIIs.  Lembro que comprei 5 cotas do BTLG11 para testar e depois de alguns dias pingou  proventos na minha conta.  Foi isso que deu o click no meu cérebro.  Comecei a estudar FIIs e montei uma carteira olhando só a rentabilidade, P/VP e vacância; só tijolo e um ou outro papel.  Descobri que papel pagava bem mais que tijolo.  Estava se formando a minha carteira frankenstein.... rsss...

Dei uma pausa, li O Investidor Inteligente - não entendi nada do que deveria fazer, mas aprendi muita coisas que não deveria.  Li Pai Rico Pai Pobre e O Homem Mais Rico da Babilonia e com esses 3 livros na bagagem, comecei a pensar em vez de só seguir dicas.

Fiz 3 c u r s o s  sobre organização da vida financeira e investimentos - me ajudaram, me dando uma perspectiva diferente sobre dinheiro.  Grana bem gasta no aprendizado.  Acho que quando você não sabe nada, qualquer aprendizado ajuda.  Foi quando eu comecei a fazer m&rd@ por conta própria, sem precisar de ajuda de ninguem.  Comprei algumas ações e mais FIIs, passava o dia olhando cotação na bolsa, comprando, vendendo, igual a um louco.  Essa fase de louco durou mais uns 3-4 meses e foi quando eu cruzei com um vídeo do Raul no youtube e a franqueza dele me cativou.

Me inscrevi na T7 da AUVP e suguei todo o conteúdo das aulas com uma fome de refugiado da somália.  Em paralelo, já tinha lido vários outros livros sobre finanças e comecei a entender a mágica dos investimentos, entendendo que existem setores da economia, aprendendo a discernir uma empresa boa de uma empresa ruim, setor bom e setor ruim, balanceamento, montagem de estratégia, de diversificação, mas mesmo assim ainda fiz muita m&rda....

Agora começa o assunto do título:  1 ano depois.....

Nesse primeiro ano pós AUVP eu finalmente consegui escolher as empresas das quais quero ser sócio:  Escolhi 15 delas, mas a minha carteira de ações ainda tem umas merdas do passado, totalizando 22 empresas.  As "escolhidas" estão sendo presenteadas com novos aportes todas as vezes que o método burro aponta para eu investir em ações.  São uns 8 setores diferentes e eu optei por ter quantidade igual de grana em cada empresa;  Os FIIs chegaram a ser 85% da minha carteira e tinha muita grana em um, pouca grana em outro e nenhum critério de escolha.  Fui equilibrando minha posição usando a mesma estratégia das ações, mesma quantidade de grana em cada fundo e fiquei muito tempo sem comprar nada novo, buscando o equilíbrio por classe de ativo.  A meta era 1/3 em RF, 1/3 em ações e 1/3 em FIIs.  Depois que consegui isso, parti para o Internacional, mas juntando grana em 2 ETFs - IVVB11 e EURP11 - comprando sempre que eles baixavam de preço.  Nesse ano todo, eu ficava vidrado nas cotações, preocupado se subiam o desciam, perdendo um tempo enorme olhando o valor da carteira....

Comecei a focar em quanta grana eu ganhava por mês de forma passiva, com dividendos, JCP e proventos de FII e também valorização da renda fixa.  De uns 3 ou 4 meses para cá, eu consegui parar de me importar com o valor da carteira, e me importar com quantas ações/cotas eu tinha.  Parei de pensar em querer vender ativos ou desgostar de ativos e acho que o motivo foi que eu fiquei satisfeito com as minhas empresas e FIIs.  Hoje eu fico torcendo para a bolsa cair nas datas que eu tenho grana para aportar.  Bolsa caindo?  Que bom!!  Vou poder comprar mais do que já tenho na liquidação.

Eis que chegamos nos dias atuais.  Governo fazendo/falando m&rd@, derrubando a bolsa e eu feliz, querendo mais é que o IBOV chegue aos 80 mil pontos para poder aproveitar.  Vejo amigos "pseudo-investidores" preocupados, vendendo porque estão vendo seus patrimônios derreterem enquanto eu estou aqui tranquilo, pensando assim:  A XXX vai deixar de mineirar?  A YYY vai deixar de produzir aço? a ZZZ vai deixar de produzir papel? o WWW vai deixar de produzir medicamentos?  O banco xpto vai deixar de lucrar?  Como a resposta para tudo isso é sempre um NÃO; eu sigo comprando mais, e agora cada vez mais barato.

A mesma lógica vale para os FIIs, talvez com outras perguntas, mas as mesmas respostas.

Desculpem-me por um texto tão longo, mas de um verdadeiro zero à esquerda em investimentos a um investidor tranquilo, que sabe que no futuro vai dar bom, precisou de 2 anos.  Hoje ainda olho as cotações 1 ou 2 vezes por dia, só para saber como está o mercado.  Não perco mais tanto tempo ouvindo notícias e especulações e as únicas métricas que me importam são:  "quanto eu ganhei de proventos nos últimos 12 meses" e quantas ações/cotas das minhas empresas/FIIs eu tenho hoje a mais do que tinha ontem".

Nunca imaginei que iria chegar nesse ponto.

Como é bom poder dividir isso com o cardume.  Espero que isso sirva de incentivo e que mais e mais sardinhas se sintam como me sinto hoje.  Hoje estou melhor que ontem e pior que amanhã - tenho convicção disso.

Abraço!!

Quanto mais eu leio, mas feliz eu fico! 
Obrigada por compartilhar sua experiência! Ela me deu uma luz neste processo de aprendizado!

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On 20/04/2023 at 21:02, William Redig disse:

Esse é um relato da minha curta vida de investidor.  O texto ficou meio longo mas espero que alguém tenha paciência de ler e que sirva de inspiração para quem está começando.

2 anos atrás eu tirei a grana da poupança e me aventurei a fazer m&rd@ no mercado financeiro.  Comecei com Renda Fixa na época da Selic a 2%, depois 2,65%, etc...  Maravilhado que via a grana crescer todos os dias, enquanto a poupança me dava uma mini-merreca a cada 30 dias.  LCIs, CDBs, era só alegria.  Burrinho - para ser gentil comigo mesmo - via os centavos crescerem na conta da corretora, aprendi a calcular o rendimento diário e minha planilha batia com o saldo da corretora.  Foi assim durante uns 3 meses.

Já viram burro olhando para o palácio?  Nem eu, mas foi assim que me senti quando decidi olhar a parte de RV no app da corretora.  Estava eu almoçando e olhando aquele monte de fundo de investimento, sem entender nada.  Fiquei olhando a rentabilidade passada e decidi comprar 4 fundos baseado na rentabilidade passada - olha que m&rda - 500 reais em cada um.  No começo até subiu um pouquinho, depois foi só ladeira abaixo.  Um eu até consegui sair fora com lucro, mas os outros três eu ainda guardo na carteira como lembrete de não fazer mais m....

Peguei uma dica de um amigo e comprei umas ações da Portobello; que alegria.  Uma semana depois pagou dividendos e ainda me bonificou em mais ações.  Vendi tudo depois de um mês, ganhando os dividendos um lucrinho na venda.  Achei que era só alegria e comecei a comprar empresas m&rd@as seguindo diquinhas; foi quando descobri que precisava aprender.  Nunca tinha ouvido falar em AUVP ou Raul nessa época.  Vi muitos vídeos no Youtube e nisso fui apresentado aos FIIs.  Lembro que comprei 5 cotas do BTLG11 para testar e depois de alguns dias pingou  proventos na minha conta.  Foi isso que deu o click no meu cérebro.  Comecei a estudar FIIs e montei uma carteira olhando só a rentabilidade, P/VP e vacância; só tijolo e um ou outro papel.  Descobri que papel pagava bem mais que tijolo.  Estava se formando a minha carteira frankenstein.... rsss...

Dei uma pausa, li O Investidor Inteligente - não entendi nada do que deveria fazer, mas aprendi muita coisas que não deveria.  Li Pai Rico Pai Pobre e O Homem Mais Rico da Babilonia e com esses 3 livros na bagagem, comecei a pensar em vez de só seguir dicas.

Fiz 3 c u r s o s  sobre organização da vida financeira e investimentos - me ajudaram, me dando uma perspectiva diferente sobre dinheiro.  Grana bem gasta no aprendizado.  Acho que quando você não sabe nada, qualquer aprendizado ajuda.  Foi quando eu comecei a fazer m&rd@ por conta própria, sem precisar de ajuda de ninguem.  Comprei algumas ações e mais FIIs, passava o dia olhando cotação na bolsa, comprando, vendendo, igual a um louco.  Essa fase de louco durou mais uns 3-4 meses e foi quando eu cruzei com um vídeo do Raul no youtube e a franqueza dele me cativou.

Me inscrevi na T7 da AUVP e suguei todo o conteúdo das aulas com uma fome de refugiado da somália.  Em paralelo, já tinha lido vários outros livros sobre finanças e comecei a entender a mágica dos investimentos, entendendo que existem setores da economia, aprendendo a discernir uma empresa boa de uma empresa ruim, setor bom e setor ruim, balanceamento, montagem de estratégia, de diversificação, mas mesmo assim ainda fiz muita m&rda....

Agora começa o assunto do título:  1 ano depois.....

Nesse primeiro ano pós AUVP eu finalmente consegui escolher as empresas das quais quero ser sócio:  Escolhi 15 delas, mas a minha carteira de ações ainda tem umas merdas do passado, totalizando 22 empresas.  As "escolhidas" estão sendo presenteadas com novos aportes todas as vezes que o método burro aponta para eu investir em ações.  São uns 8 setores diferentes e eu optei por ter quantidade igual de grana em cada empresa;  Os FIIs chegaram a ser 85% da minha carteira e tinha muita grana em um, pouca grana em outro e nenhum critério de escolha.  Fui equilibrando minha posição usando a mesma estratégia das ações, mesma quantidade de grana em cada fundo e fiquei muito tempo sem comprar nada novo, buscando o equilíbrio por classe de ativo.  A meta era 1/3 em RF, 1/3 em ações e 1/3 em FIIs.  Depois que consegui isso, parti para o Internacional, mas juntando grana em 2 ETFs - IVVB11 e EURP11 - comprando sempre que eles baixavam de preço.  Nesse ano todo, eu ficava vidrado nas cotações, preocupado se subiam o desciam, perdendo um tempo enorme olhando o valor da carteira....

Comecei a focar em quanta grana eu ganhava por mês de forma passiva, com dividendos, JCP e proventos de FII e também valorização da renda fixa.  De uns 3 ou 4 meses para cá, eu consegui parar de me importar com o valor da carteira, e me importar com quantas ações/cotas eu tinha.  Parei de pensar em querer vender ativos ou desgostar de ativos e acho que o motivo foi que eu fiquei satisfeito com as minhas empresas e FIIs.  Hoje eu fico torcendo para a bolsa cair nas datas que eu tenho grana para aportar.  Bolsa caindo?  Que bom!!  Vou poder comprar mais do que já tenho na liquidação.

Eis que chegamos nos dias atuais.  Governo fazendo/falando m&rd@, derrubando a bolsa e eu feliz, querendo mais é que o IBOV chegue aos 80 mil pontos para poder aproveitar.  Vejo amigos "pseudo-investidores" preocupados, vendendo porque estão vendo seus patrimônios derreterem enquanto eu estou aqui tranquilo, pensando assim:  A XXX vai deixar de mineirar?  A YYY vai deixar de produzir aço? a ZZZ vai deixar de produzir papel? o WWW vai deixar de produzir medicamentos?  O banco xpto vai deixar de lucrar?  Como a resposta para tudo isso é sempre um NÃO; eu sigo comprando mais, e agora cada vez mais barato.

A mesma lógica vale para os FIIs, talvez com outras perguntas, mas as mesmas respostas.

Desculpem-me por um texto tão longo, mas de um verdadeiro zero à esquerda em investimentos a um investidor tranquilo, que sabe que no futuro vai dar bom, precisou de 2 anos.  Hoje ainda olho as cotações 1 ou 2 vezes por dia, só para saber como está o mercado.  Não perco mais tanto tempo ouvindo notícias e especulações e as únicas métricas que me importam são:  "quanto eu ganhei de proventos nos últimos 12 meses" e quantas ações/cotas das minhas empresas/FIIs eu tenho hoje a mais do que tinha ontem".

Nunca imaginei que iria chegar nesse ponto.

Como é bom poder dividir isso com o cardume.  Espero que isso sirva de incentivo e que mais e mais sardinhas se sintam como me sinto hoje.  Hoje estou melhor que ontem e pior que amanhã - tenho convicção disso.

Abraço!!

Muto bom seu texto. Me identifiquei principalmente no início quando comprava fundos de investimento. E meu ponto de virada foi quando vi pingar uns centavos de rendimentos de FIIs.

Obrigado por compartilhar

  • Brabo 4
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On 20/04/2023 at 21:02, William Redig disse:

Esse é um relato da minha curta vida de investidor.  O texto ficou meio longo mas espero que alguém tenha paciência de ler e que sirva de inspiração para quem está começando.

2 anos atrás eu tirei a grana da poupança e me aventurei a fazer m&rd@ no mercado financeiro.  Comecei com Renda Fixa na época da Selic a 2%, depois 2,65%, etc...  Maravilhado que via a grana crescer todos os dias, enquanto a poupança me dava uma mini-merreca a cada 30 dias.  LCIs, CDBs, era só alegria.  Burrinho - para ser gentil comigo mesmo - via os centavos crescerem na conta da corretora, aprendi a calcular o rendimento diário e minha planilha batia com o saldo da corretora.  Foi assim durante uns 3 meses.

Já viram burro olhando para o palácio?  Nem eu, mas foi assim que me senti quando decidi olhar a parte de RV no app da corretora.  Estava eu almoçando e olhando aquele monte de fundo de investimento, sem entender nada.  Fiquei olhando a rentabilidade passada e decidi comprar 4 fundos baseado na rentabilidade passada - olha que m&rda - 500 reais em cada um.  No começo até subiu um pouquinho, depois foi só ladeira abaixo.  Um eu até consegui sair fora com lucro, mas os outros três eu ainda guardo na carteira como lembrete de não fazer mais m....

Peguei uma dica de um amigo e comprei umas ações da Portobello; que alegria.  Uma semana depois pagou dividendos e ainda me bonificou em mais ações.  Vendi tudo depois de um mês, ganhando os dividendos um lucrinho na venda.  Achei que era só alegria e comecei a comprar empresas m&rd@as seguindo diquinhas; foi quando descobri que precisava aprender.  Nunca tinha ouvido falar em AUVP ou Raul nessa época.  Vi muitos vídeos no Youtube e nisso fui apresentado aos FIIs.  Lembro que comprei 5 cotas do BTLG11 para testar e depois de alguns dias pingou  proventos na minha conta.  Foi isso que deu o click no meu cérebro.  Comecei a estudar FIIs e montei uma carteira olhando só a rentabilidade, P/VP e vacância; só tijolo e um ou outro papel.  Descobri que papel pagava bem mais que tijolo.  Estava se formando a minha carteira frankenstein.... rsss...

Dei uma pausa, li O Investidor Inteligente - não entendi nada do que deveria fazer, mas aprendi muita coisas que não deveria.  Li Pai Rico Pai Pobre e O Homem Mais Rico da Babilonia e com esses 3 livros na bagagem, comecei a pensar em vez de só seguir dicas.

Fiz 3 c u r s o s  sobre organização da vida financeira e investimentos - me ajudaram, me dando uma perspectiva diferente sobre dinheiro.  Grana bem gasta no aprendizado.  Acho que quando você não sabe nada, qualquer aprendizado ajuda.  Foi quando eu comecei a fazer m&rd@ por conta própria, sem precisar de ajuda de ninguem.  Comprei algumas ações e mais FIIs, passava o dia olhando cotação na bolsa, comprando, vendendo, igual a um louco.  Essa fase de louco durou mais uns 3-4 meses e foi quando eu cruzei com um vídeo do Raul no youtube e a franqueza dele me cativou.

Me inscrevi na T7 da AUVP e suguei todo o conteúdo das aulas com uma fome de refugiado da somália.  Em paralelo, já tinha lido vários outros livros sobre finanças e comecei a entender a mágica dos investimentos, entendendo que existem setores da economia, aprendendo a discernir uma empresa boa de uma empresa ruim, setor bom e setor ruim, balanceamento, montagem de estratégia, de diversificação, mas mesmo assim ainda fiz muita m&rda....

Agora começa o assunto do título:  1 ano depois.....

Nesse primeiro ano pós AUVP eu finalmente consegui escolher as empresas das quais quero ser sócio:  Escolhi 15 delas, mas a minha carteira de ações ainda tem umas merdas do passado, totalizando 22 empresas.  As "escolhidas" estão sendo presenteadas com novos aportes todas as vezes que o método burro aponta para eu investir em ações.  São uns 8 setores diferentes e eu optei por ter quantidade igual de grana em cada empresa;  Os FIIs chegaram a ser 85% da minha carteira e tinha muita grana em um, pouca grana em outro e nenhum critério de escolha.  Fui equilibrando minha posição usando a mesma estratégia das ações, mesma quantidade de grana em cada fundo e fiquei muito tempo sem comprar nada novo, buscando o equilíbrio por classe de ativo.  A meta era 1/3 em RF, 1/3 em ações e 1/3 em FIIs.  Depois que consegui isso, parti para o Internacional, mas juntando grana em 2 ETFs - IVVB11 e EURP11 - comprando sempre que eles baixavam de preço.  Nesse ano todo, eu ficava vidrado nas cotações, preocupado se subiam o desciam, perdendo um tempo enorme olhando o valor da carteira....

Comecei a focar em quanta grana eu ganhava por mês de forma passiva, com dividendos, JCP e proventos de FII e também valorização da renda fixa.  De uns 3 ou 4 meses para cá, eu consegui parar de me importar com o valor da carteira, e me importar com quantas ações/cotas eu tinha.  Parei de pensar em querer vender ativos ou desgostar de ativos e acho que o motivo foi que eu fiquei satisfeito com as minhas empresas e FIIs.  Hoje eu fico torcendo para a bolsa cair nas datas que eu tenho grana para aportar.  Bolsa caindo?  Que bom!!  Vou poder comprar mais do que já tenho na liquidação.

Eis que chegamos nos dias atuais.  Governo fazendo/falando m&rd@, derrubando a bolsa e eu feliz, querendo mais é que o IBOV chegue aos 80 mil pontos para poder aproveitar.  Vejo amigos "pseudo-investidores" preocupados, vendendo porque estão vendo seus patrimônios derreterem enquanto eu estou aqui tranquilo, pensando assim:  A XXX vai deixar de mineirar?  A YYY vai deixar de produzir aço? a ZZZ vai deixar de produzir papel? o WWW vai deixar de produzir medicamentos?  O banco xpto vai deixar de lucrar?  Como a resposta para tudo isso é sempre um NÃO; eu sigo comprando mais, e agora cada vez mais barato.

A mesma lógica vale para os FIIs, talvez com outras perguntas, mas as mesmas respostas.

Desculpem-me por um texto tão longo, mas de um verdadeiro zero à esquerda em investimentos a um investidor tranquilo, que sabe que no futuro vai dar bom, precisou de 2 anos.  Hoje ainda olho as cotações 1 ou 2 vezes por dia, só para saber como está o mercado.  Não perco mais tanto tempo ouvindo notícias e especulações e as únicas métricas que me importam são:  "quanto eu ganhei de proventos nos últimos 12 meses" e quantas ações/cotas das minhas empresas/FIIs eu tenho hoje a mais do que tinha ontem".

Nunca imaginei que iria chegar nesse ponto.

Como é bom poder dividir isso com o cardume.  Espero que isso sirva de incentivo e que mais e mais sardinhas se sintam como me sinto hoje.  Hoje estou melhor que ontem e pior que amanhã - tenho convicção disso.

Abraço!!

que massa!!!

pra mim, 2 coisas:

1 - eu gostei voce dizer que o Raul te conquistou pela franqueza. 

Foi isso comigo também. kkkkk

2 - nao entendi quase nada,

porque sou novata,

mas entendi que voce esta se preparando cada vez mais,

entendi sua evolução,

entendi que valeu a pena..

então meu amigo..... bora aproveitar esse momento que se sai da bolha...

parabens!!!!!

  • Brabo 2
  • Aí cê deu aula... 1
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