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Ciclo da celulose - Estudo


Maila Silva

Pergunta

4 respostas para essa pergunta

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1 hour ago, Maila Silva disse:

Olá pessoal tudo bem?
Estou estudando o ciclo das commodities para entender também o ciclo da celulose.

Pelo o que eu entendi, a celulose, por ser uma commodity, apresenta ciclos de preços (fases de alta e baixa) pois a demanda aumenta de maneira contínua ao longo do tempo enquanto a produção evolui por saltos (fonte Prof. Carlos José Caetano Bacha, CEPEA - Setor Florestal da USP https://www.cepea.esalq.usp.br/):image.png.9f2f9f3f94dab0ad3809afc019c3b434.png

O único gráfico que encontrei para analisar a variação de preço da celulose mais recente, foi esse do Investing.com que analisa mais precisamente a variação do preço da "bleached softwood kraft pulp", celulose kraft branqueada de forma química e usada na produção de papel (com relação ao mercado chinês):



image.png.a6e92151fd32481ccb6d7c942e6e9a1b.png

 

Sobrepus a esse gráfico, a cotação das ações da Suzano (SUZB3), no mesmo período de tempo:

 

image.png.68d5aec52fb435a3161a7780d9e427db.png

 

E da Klabin, KLB11:

image.png.90c23e0ea49ba7bd59c040f5e2fda8b0.png

 

Então com relação ao preço das ações, conforme mencionado pelo Raul na live da semana passada (16/10), agora não seria um bom momento para aportar nesse setor pois o ciclo da celulose está em alta desde Abril 2023, correto?
No site da CEPEA, vi que esses ciclos duram em torno 2-3 anos (somente estimativa, pois não é possível prever com exatidão):

image.png.ac13efab71524c550c7dd3b50bd7d454.png 

Algumas indagações:

1) Portando seria sensato não se emocionar querendo aportar em Klabin ou Suzano agora pois o setor está em alta, concordam? Seria ideal aguardar a capacidade de produção aumentar significantemente pois com mais produto no mercado, os preços tentem a cair. Quando a capacidade de produção se estabilizar por um breve período, a demanda crescente levará à certa escassez de produtos ocasionando o aumento nos preços novamente e assim o ciclo se repete. 

2) De todo jeito, inserindo as empresas no Diagrama do Cerrado, ele não iria sugerir aporte nessas empresas justamente porque elas estão em alta, certo?

3) Sempre tive em mente a premissa de que o momento ideal para comprar ações de uma empresa é "o dia de hoje", porque com a história de "quando cair o preço eu compro", muita gente fica fora do mercado para sempre. O caso das commodities seria uma excessão? Seria melhor entender o ciclo e aguardar uma oportunidade melhor para aportar nessas empresas desse setor?

Obrigada :)

 

Boa noite, Maila!

Primeiramente, parabéns pelo estudo!

Que eu me recorde ainda não tinha visto nenhum estudo desse sobre ciclo por aqui na comunidade.

 

Na minha opinião, todas essas perguntas levam como resposta o diagrama do cerrado bem como você comentou e também citado pelo @Janderson Costa Leão Lima 

1 - não se emocionar com com aportes brutos eu concordo. Agora deixar de aportar não vejo muito sentido pois saber ao certo quando seriam os momento do ciclo me parece como querer acertar o ©* da mosca;

2 - os aportes seriam sugeridos mas a quantidade ações a serem compradas seriam menores. Logo, estaríamos fazendo aportes menores;

3 - na minha opinião mesmo os ciclos não são exceção. Novamente acho que o diagrama auxilia inclusive nos ciclos.

 

Comentei sobre o diagrama e só para exemplificar melhor o que penso dele neste caso:

Vamos supor que tenhamos em carteira 500 ações da empresa X de celulose o qual está no preço atual de R$30. Logo temos uma posição de R$15000 neste papel. Após um tempo, as cotações caem para R$20 o qual já nos daria um capital de R$10000. Aqui temos um desequilíbrio pois o valor que temos no ativo caiu. Para voltar a ser o que era, teremos de aportar mais o que o diagrama irá sugerir. E neste caso nosso poder de compra é maior em vista que a cotação do papel está menor.

Inclusive digo mais. Se tivermos perguntas em nossos diagramas com relação ao P/L e o P/VP, a nota tende aumentar em uma avaliação dos ativos o que geraria ainda mais aportes pois a nota no diagrama aumentaria.

 

Obviamente o diagrama faz um cálculo muito mais complexo mas acho que este exemplo mais simples dê pra entender a essência.

 

Espero que agregue na discussão!

  • Brabo 2
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11 horas atrás, Maila Silva disse:

Olá pessoal tudo bem?
Estou estudando o ciclo das commodities para entender também o ciclo da celulose.

Pelo o que eu entendi, a celulose, por ser uma commodity, apresenta ciclos de preços (fases de alta e baixa) pois a demanda aumenta de maneira contínua ao longo do tempo enquanto a produção evolui por saltos (fonte Prof. Carlos José Caetano Bacha, CEPEA - Setor Florestal da USP https://www.cepea.esalq.usp.br/):image.png.9f2f9f3f94dab0ad3809afc019c3b434.png

O único gráfico que encontrei para analisar a variação de preço da celulose mais recente, foi esse do Investing.com que analisa mais precisamente a variação do preço da "bleached softwood kraft pulp", celulose kraft branqueada de forma química e usada na produção de papel (com relação ao mercado chinês):



image.png.a6e92151fd32481ccb6d7c942e6e9a1b.png

 

Sobrepus a esse gráfico, a cotação das ações da Suzano (SUZB3), no mesmo período de tempo:

 

image.png.68d5aec52fb435a3161a7780d9e427db.png

 

E da Klabin, KLB11:

image.png.90c23e0ea49ba7bd59c040f5e2fda8b0.png

 

Então com relação ao preço das ações, conforme mencionado pelo Raul na live da semana passada (16/10), agora não seria um bom momento para aportar nesse setor pois o ciclo da celulose está em alta desde Abril 2023, correto?
No site da CEPEA, vi que esses ciclos duram em torno 2-3 anos (somente estimativa, pois não é possível prever com exatidão):

image.png.ac13efab71524c550c7dd3b50bd7d454.png 

Algumas indagações:

1) Portando seria sensato não se emocionar querendo aportar em Klabin ou Suzano agora pois o setor está em alta, concordam? Seria ideal aguardar a capacidade de produção aumentar significantemente pois com mais produto no mercado, os preços tentem a cair. Quando a capacidade de produção se estabilizar por um breve período, a demanda crescente levará à certa escassez de produtos ocasionando o aumento nos preços novamente e assim o ciclo se repete. 

2) De todo jeito, inserindo as empresas no Diagrama do Cerrado, ele não iria sugerir aporte nessas empresas justamente porque elas estão em alta, certo?

3) Sempre tive em mente a premissa de que o momento ideal para comprar ações de uma empresa é "o dia de hoje", porque com a história de "quando cair o preço eu compro", muita gente fica fora do mercado para sempre. O caso das commodities seria uma excessão? Seria melhor entender o ciclo e aguardar uma oportunidade melhor para aportar nessas empresas desse setor?

Obrigada :)

 

Meus parabéns pela analise, o único ponto seria avaliar a empresa e sua interação com o mercado, o que acontece é que para commodities o que mais impacta a empresa é o custo de produção, pois o mercado por essência é cíclico, eu não entendo de mercado de celulose, mas opero mercado de soja e algodão a mais de 10 anos, o que define o nosso sucesso é como conseguimos nos comportar na baixa do ciclo, se a empresa tiver vantagem competitiva ela vai ter uma boa performance na baixa de preços, isso pode inclusive esticar seus múltiplos, o ideal na minha visão é não focar no mercado e sim no comportamento da empresa, por exemplo:

Como ela investiu durante o ciclo de alta?

Aumentou sua produção para poder ter maior volume durante a baixa?

Caso aumentou, o ganho de escala pode reduzir custos?

Qual o tamanho e perfil da divida da empresa?

A safra 21/22, tínhamos um dos maiores preços históricos de soja, porem os custos explodiram e achataram a margem, a safra 22/23, mesmo com preço pior da commoditie as margens eram melhores. 

Na minha opinião ir formando posição sempre com consistência e em momentos de oportunidade clara, aumentar o aporte na empresa é o melhor caminho.

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