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Dúvida sobre FII de papel


Alvaro Sainero

Pergunta

Boa tarde galera, espero que tudo esteja bem com vocês.

Cada dia estou tentando estudar e aprender alguma coisa nova. Nesta semana estou olhando relatórios de FIIs de CRI e surgiu uma dúvida.

Vou colocar um exemplo aqui: PORD11

O 47% do capital emprestado desse fundo está referenciado ao IPCA (protegido contra inflação).

A minha pergunta é: no cenário atual de corte de juros onde a inflação previsivelmente vai ir diminuindo nos próximos meses, deveria esperar também ver os dividendos diminuirem da mesma forma? Seria isso um comportamento normal neste tipo de fundos?

Outra pergunta seria: é melhor ter CRIs com a maior parte dos investimentos referenciados ao IPCA, pensando numa cartera com CRIs o menos arriscada possível? (já considerando que o fato de ter CRIs a torna mais arriscada). Eu buscaria aqui uma carteira de CRIs bem diversificada (nenhum investimento com mais de % > 5-10%), com investimentos de qualidade (maioria high grade) e esse fator de proteção contra inflação razoável.

Na verdade, sinto falta desse tipo de informações de análise no curso (so deixo aqui uma proposta para tornar o curso ainda melhor), de ajuste fino no análise de CRIs. 

Muito obrigado como sempre!

graf.jpg

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2 respostas para essa pergunta

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2 horas atrás, Alvaro Sainero disse:

A minha pergunta é: no cenário atual de corte de juros onde a inflação previsivelmente vai ir diminuindo nos próximos meses, deveria esperar também ver os dividendos diminuirem da mesma forma? Seria isso um comportamento normal neste tipo de fundos?

Boa tarde @Alvaro Sainero. A taxa de juros esta sendo cortada porque a principio a inflação esta dentro da meta e de certa forma controlada. Contudo, nada indica que com a continuidade dos cortes da selic a inflação venha a cair. Até pelo contrario, pensando que, com a diminuição da taxa de juros o consumo venha a aumentar, a tendencia seria da inflação ter a possibilidade de aumentar tambem.

Na terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar o IPCA-15 de fevereiro. Esse índice funciona como uma prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA. A mediana das projeções do mercado indica uma variação de 4,52 por cento no acumulado em 12 meses. Se confirmado, esse resultado estará levemente acima dos 4,47 por cento nos 12 meses até janeiro. E também ficará marginalmente acima do teto da meta de inflação, que é de 4,50 por cento (3 por cento mais 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo).

2 horas atrás, Alvaro Sainero disse:

Outra pergunta seria: é melhor ter CRIs com a maior parte dos investimentos referenciados ao IPCA, pensando numa cartera com CRIs o menos arriscada possível? (já considerando que o fato de ter CRIs a torna mais arriscada). Eu buscaria aqui uma carteira de CRIs bem diversificada (nenhum investimento com mais de % > 5-10%), com investimentos de qualidade (maioria high grade) e esse fator de proteção contra inflação razoável.

Em um cenario com queda da selic aqueles fundos que possuem a maior parte dos CRIs indexados ao CDI poderão ter os seus rendimentos diminuidos. No cenario atual eu acredito ser mais favoravel fundos que possuam CRIs indexados ao IPCA ja que protegem o patrimonio da inflação e tambem devido a variavel prefixada travam a rentabilidade acima das possivelmente oferecidas futuramente.

Existem tambem fundos que fazem um mix de indexadores dos seus CRIs e vão realizando alocações para mudança de percentuais a medida que os ciclos do mercado vão se desenvolvendo, o que pode ser um bom sinal de gestão do patrimonio.

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17 minutes ago, Alvaro Sainero disse:

Boa tarde galera, espero que tudo esteja bem com vocês.

Cada dia estou tentando estudar e aprender alguma coisa nova. Nesta semana estou olhando relatórios de FIIs de CRI e surgiu uma dúvida.

Vou colocar um exemplo aqui: PORD11

O 47% do capital emprestado desse fundo está referenciado ao IPCA (protegido contra inflação).

A minha pergunta é: no cenário atual de corte de juros onde a inflação previsivelmente vai ir diminuindo nos próximos meses, deveria esperar também ver os dividendos diminuirem da mesma forma? Seria isso um comportamento normal neste tipo de fundos?

Outra pergunta seria: é melhor ter CRIs com a maior parte dos investimentos referenciados ao IPCA, pensando numa cartera com CRIs o menos arriscada possível? (já considerando que o fato de ter CRIs a torna mais arriscada). Eu buscaria aqui uma carteira de CRIs bem diversificada (nenhum investimento com mais de % > 5-10%), com investimentos de qualidade (maioria high grade) e esse fator de proteção contra inflação razoável.

Na verdade, sinto falta desse tipo de informações de análise no curso (so deixo aqui uma proposta para tornar o curso ainda melhor), de ajuste fino no análise de CRIs. 

Muito obrigado como sempre!

graf.jpg

Boa tarde, Alvaro!

Apesar de não ter estudado esse fundo a princípio eu diria que eles podem estar seguindo um contrafluxo. Com a tendência de queda da Selic a qual estamos no momento a tendência é que a inflação aumente uma vez que os juros estarão baixando.

Com contratos estando atrelados ao IPCA não vejo motivos para sofrerem impacto negativo.

O que pode acontecer é com relação aos títulos atrelados ao CDI que terão sim rendimentos menores com a queda da taxa de juros.

 

Quanto a sua dívida sobre ver uma variação de rendimentos em fundos de papel, sua afirmação é correta. Os fundos de papel tendem a ser muito mais voláteis que seus colegas FIIs de tijolo pois eles são mais sensíveis as taxas de mercado.

Por isso é importante avaliar além do portifólio do FII os contratos. 

E por fim, na minha opinião um fundo de papel que segue um contrafluxo idem a ideia que aprendemos no cvrso tende a ser mais vantajoso e mais maduro na gestão.

 

Espero que contribua!

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