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Varejo


Valesca

Pergunta

7 respostas para essa pergunta

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@Valesca De Campos Mendes existem algumas razões:

1. Margens apertadas: o que eles vendem é padronizado, por exemplo: um iPhone vai ser um iPhone, não importa se você está comprando na Magalu ou na Ponto, logo a alta concorrência do setor os força a brigar pelo menor preço, já que não existe o que eles possam agregar de valor.
2. Reposição de estoque: imagine que a Magalu compre o produto por 1.000, venda por 1.200, ela lucrou 200 certo? Não exatamente, entre a compra e a venda o preço no fornecedor pode ter sido reajustado para 1.300, logo ela vendeu em um "prejuízo" de 100.
3. Pagamento à prazo: se o cliente opta por parcelar ela é obrigada a levar em consideração o fluxo de pagamento do cliente à prazo versos a reposição de estoque à vista, isso gera um fluxo de caixa negativo no curto período ou fazer a antecipação com o banco, o que inclui taxas.
4. Alta complexidade: no varejo existe uma complexidade logística entre manter lojas abastecidas, entregas e envelhecimento do estoque, isso tudo gera custos, que espremem as margens.
5. Direitos do consumidor: quando um cliente abre um produto e devolve, ele deixa de ser novo e passa a ser vendido no modelo open box. Coloque todo o restante que o CDC coloca de imposição e toda essa operação fica cara.
6. Ciclos econômicos: o varejo brasileiro depende diretamente da taxa de juros para que as pessoas façam seus parcelamentos, então o varejo sempre passa por uma alta variação de faturamento.
7. Falta de controle: muito parecido com as cias aéreas, o varejo controla muito pouco de toda a sua operação, os preços dos produtos ao varejista são definidos pelo fabricante, o aluguel da loja/galpão é controlado pelo dono o imóvel, da logística por gasolina e terceiros, no final sobra pouco sobre o controle do varejo para espremer algum lucro.

Isso não quer dizer que não vale ser dono de uma empresa de varejo, porque os cargos que você ocupa dentro da empresa tem remunerações altas, no entanto o que sobra para o acionista é migalha

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On 06/12/2024 at 21:42, Valesca De Campos Mendes disse:

Qual a razão da margem líquida no varejo  dificilmente ser positiva?

@Valesca De Campos Mendes assim como a @Louise Valença nunca estudei o Setor, pois não creio que seja que exista alguma empresa saudável rsrs

Pensando nas lojas de varejo, eles basicamente oferecem todos os mesmos produtos, então o que vale é preço e aí lasca rsrsrs

Sofrem com variação do dólar, pois vendem à prazo em Reais e precisam comprar num prazo bem mais curto e muitas vezes com dólar mais caro.

E a margem vai sendo espremida.

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Acredito que o principal desafio seja a alta competitividade(produtos chineses) e os altas cargas tributárias. Na época em que estudava em outra plataforma fazíamos um estudo em Magalu com análise técnica(que inclusive nesse curso percebi que a fundamentalista é o que realmente faz a diferença, mas voltando a sua pergunta o mercado brasileira sofre muito oscilação e impacto do governo e econômico, nunca foi um setor que eu investe.

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16 horas atrás, Rodolfo Antonici disse:

@Valesca De Campos Mendes existem algumas razões:

1. Margens apertadas: o que eles vendem é padronizado, por exemplo: um iPhone vai ser um iPhone, não importa se você está comprando na Magalu ou na Ponto, logo a alta concorrência do setor os força a brigar pelo menor preço, já que não existe o que eles possam agregar de valor.
2. Reposição de estoque: imagine que a Magalu compre o produto por 1.000, venda por 1.200, ela lucrou 200 certo? Não exatamente, entre a compra e a venda o preço no fornecedor pode ter sido reajustado para 1.300, logo ela vendeu em um "prejuízo" de 100.
3. Pagamento à prazo: se o cliente opta por parcelar ela é obrigada a levar em consideração o fluxo de pagamento do cliente à prazo versos a reposição de estoque à vista, isso gera um fluxo de caixa negativo no curto período ou fazer a antecipação com o banco, o que inclui taxas.
4. Alta complexidade: no varejo existe uma complexidade logística entre manter lojas abastecidas, entregas e envelhecimento do estoque, isso tudo gera custos, que espremem as margens.
5. Direitos do consumidor: quando um cliente abre um produto e devolve, ele deixa de ser novo e passa a ser vendido no modelo open box. Coloque todo o restante que o CDC coloca de imposição e toda essa operação fica cara.
6. Ciclos econômicos: o varejo brasileiro depende diretamente da taxa de juros para que as pessoas façam seus parcelamentos, então o varejo sempre passa por uma alta variação de faturamento.
7. Falta de controle: muito parecido com as cias aéreas, o varejo controla muito pouco de toda a sua operação, os preços dos produtos ao varejista são definidos pelo fabricante, o aluguel da loja/galpão é controlado pelo dono o imóvel, da logística por gasolina e terceiros, no final sobra pouco sobre o controle do varejo para espremer algum lucro.

Isso não quer dizer que não vale ser dono de uma empresa de varejo, porque os cargos que você ocupa dentro da empresa tem remunerações altas, no entanto o que sobra para o acionista é migalha

Muito obrigado, consegui entender claramente por essa ótica 

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On 06/12/2024 at 21:42, Valesca De Campos Mendes disse:

Qual a razão da margem líquida no varejo  dificilmente ser positiva?

A margem líquida no setor de varejo dificilmente é positiva devido a vários fatores estruturais que impactam diretamente a lucratividade. O varejo, de forma geral, opera com margens brutas relativamente baixas, já que a competição no setor é acirrada, obrigando as empresas a manterem preços competitivos para atrair e fidelizar clientes. Isso reduz a capacidade de repassar custos ao consumidor final. Além disso, os custos operacionais no varejo são elevados, por exemplo, aluguéis de pontos comerciais, despesas com logística e transporte, folha de pagamento, marketing e tecnologia (especialmente com o crescimento do ecommerce). Esses custos fixos e variáveis são difíceis de reduzir sem comprometer a qualidade do serviço ou a experiência do cliente. Outro fator é o impacto da carga tributária que é alta no nosso país. Impostos sobre mercadorias e serviços pesam bastante no setor varejista, afetando diretamente a lucratividade.

Além da alta dependência de capital de giro que também é uma característica do setor. Empresas de varejo precisam manter estoques para atender à demanda e, muitas vezes, oferecem condições de pagamento facilitadas aos clientes, enquanto arcam com prazos curtos para pagamento a fornecedores. Isso pode gerar uma pressão adicional sobre o fluxo de caixa, especialmente em momentos de alta inflação ou juros elevados, aumentando as despesas financeiras.

Em geral, empresas que conseguem reverter essa tendência geralmente têm modelos operacionais extremamente eficientes ou operam em nichos de maior valor agregado.

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