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Bom dia, pessoal! Tudo bem?

Estou começando a montar a minha carteira de investimentos e estou fazendo a análise por setor.

Até então sempre estava conseguindo extrair boas empresas de cada setor, mas quando cheguei no setor de materiais básicos acabei dando uma empacada. Voltando os olhos para as principais empresas do setor (Klabin, Suzano e Irani), identifiquei que todas apresentaram prejuízo nos últimos 10 anos e estão com a Dívida líquida/EBTIDA superior a 3.

Sei da importância da diversificação na carteira de ações, ainda mais em segmento perenes como este, no entanto, estou com bastante insegurança em investir baseado nestes fundamentos.

Alguns de vocês não tem o segmento em carteira?

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8 respostas para essa pergunta

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26 minutes ago, Vinicius Romero De Oliveira disse:

Bom dia, pessoal! Tudo bem?

Estou começando a montar a minha carteira de investimentos e estou fazendo a análise por setor.

Até então sempre estava conseguindo extrair boas empresas de cada setor, mas quando cheguei no setor de materiais básicos acabei dando uma empacada. Voltando os olhos para as principais empresas do setor (Klabin, Suzano e Irani), identifiquei que todas apresentaram prejuízo nos últimos 10 anos e estão com a Dívida líquida/EBTIDA superior a 3.

Sei da importância da diversificação na carteira de ações, ainda mais em segmento perenes como este, no entanto, estou com bastante insegurança em investir baseado nestes fundamentos.

Alguns de vocês não tem o segmento em carteira?

Bom dia, @Vinicius Romero De Oliveira !

Este setor é delicado. Em teoria, se fossemos buscar apenas empresas sólidas e com os nossos critérios base de investimentos, as empresas que estão com sua operação baseada em celulose não entrariam. Já me recordo do próprio Raul ter falado isso em uma live de segunda, que inclusive tem gente que investe nessas empresas porque vê outros influenciadores (inclusive ele) que investe nessas empresas.

O que é fundamental entender nessas empresas é que seu risco e complexidade são maiores. Vamos começar entendendo que elas são totalmente cíclicas por serem empresas comoditizadas. Elas passam por diversos ciclos e sua matéria prima (celulose no caso) tem influência de diversos fatores que não é possível se ter controle como, por exemplo, o preço da commodity, a variação do dólar no qual a commodity é negociada e sabemos que existe um gama gigante de fatores que influenciam na variação do dólar tanto para mais como para menos, oferta e demanda da commodity, dentre outros. 

O que quero dizer é que são empresas que necessitam de mais atenção e que elas não são para quem é mais ansioso e/ou não aguenta oscilações. Além disso, deve se ter a ciência que o risco é maior e não por culpa unicamente da empresa. As empresas tenderão a tentar tomar boas decisões (ao menos é o que esperamos e isso podemos estudar vendo como essas empresas se comportaram em momentos de adversidades) para minar prejuízos, seguir com uma boa condução, reverter o prejuízo, explicações plausíveis sobre o que deu problema, o que pretendem com os investimentos sendo feitos que aumentam seu nível de endividamento, como estes investimentos vão reverter em melhorias e/ou lucros, etc.

Não é uma recomendação do que fazer ou não fazer, de investir ou não investir neste tipo de empresa. Espero que tenha deixado mais claro a ideia envolvida neste tipo de empresa comoditizada que existe uns detalhes que devem ser observados para entender se este tipo de empresa faz parte de seus objetivos, estratégia e perfil.

Além disso, mesmo se optar por investir, pode ser algo mais controlado, menores exposições, considerar como parte da pimentinha da carteira. O importante que sempre bato na tecla aqui na comunidade é que o investidor precisa estar ciente de suas decisões e tranquilas com ela.

 

Espero que ajude a refletir!

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1 hour ago, Vinicius Romero De Oliveira disse:

Bom dia, pessoal! Tudo bem?

Estou começando a montar a minha carteira de investimentos e estou fazendo a análise por setor.

Até então sempre estava conseguindo extrair boas empresas de cada setor, mas quando cheguei no setor de materiais básicos acabei dando uma empacada. Voltando os olhos para as principais empresas do setor (Klabin, Suzano e Irani), identifiquei que todas apresentaram prejuízo nos últimos 10 anos e estão com a Dívida líquida/EBTIDA superior a 3.

Sei da importância da diversificação na carteira de ações, ainda mais em segmento perenes como este, no entanto, estou com bastante insegurança em investir baseado nestes fundamentos.

Alguns de vocês não tem o segmento em carteira?

Empresas de commodities são bem cíclicas e em alguns períodos sofrem bastante e esses períodos podem demorar, mas em algum momento o preço da commditie decola e essas empresas dão uma guinada nos lucros.

O importante de entender nessas empresas é que elas têm os ciclos de baixa e nessas horas o mercado acaba deixando a empresa de lado, esses são bons momentos pra acumular ações, já nos momentos de alta, os lucros sobem e as cotações tendem a disparar junto...a questão é que esses ciclos podem ser bem longos e muitos acabam desistindo da empresa antes do bom momento. 

Isso acontece em empresas de celulose, minério de ferro, petróleo... acredito que não são empresas para quem tá iniciando a carteira, acho que vc pode começar sem esse setor e depois quando já tiver com a carteira mais robusta e já tiver mais seguro colocaria alguma dessas empresas na carteira.

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@Eddy Paulini Muito obrigado pelo esclarecimento. As oscilações não serão o problema para mim, o que estava mais me deixando intriga era por conta dos fundamentos.

Estava entre Irani e Klabin e acabei optando pela primeira, visto que apresenta uma crescimento maior no longo prazo, apesar da Klabin ser muito mais perene no setor.

@Jaimson Bispo No final das contas a Irani ficou com nota 4 do total de 12 no Diagrama, o que fará que eu não me exponha tanto na empresa por conta do risco. Grato também pelo seu esclarecimento.

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5 minutes ago, Vinicius Romero De Oliveira disse:

@Eddy Paulini Muito obrigado pelo esclarecimento. As oscilações não serão o problema para mim, o que estava mais me deixando intriga era por conta dos fundamentos.

Estava entre Irani e Klabin e acabei optando pela primeira, visto que apresenta uma crescimento maior no longo prazo, apesar da Klabin ser muito mais perene no setor.

@Jaimson Bispo No final das contas a Irani ficou com nota 4 do total de 12 no Diagrama, o que fará que eu não me exponha tanto na empresa por conta do risco. Grato também pelo seu esclarecimento.

Escolheu a Small Cap que é a que mais oscila, porém a que tem mais potencial de crescimento para longo prazo.

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6 horas atrás, Vinicius Romero De Oliveira disse:

Bom dia, pessoal! Tudo bem?

Estou começando a montar a minha carteira de investimentos e estou fazendo a análise por setor.

Até então sempre estava conseguindo extrair boas empresas de cada setor, mas quando cheguei no setor de materiais básicos acabei dando uma empacada. Voltando os olhos para as principais empresas do setor (Klabin, Suzano e Irani), identifiquei que todas apresentaram prejuízo nos últimos 10 anos e estão com a Dívida líquida/EBTIDA superior a 3.

Sei da importância da diversificação na carteira de ações, ainda mais em segmento perenes como este, no entanto, estou com bastante insegurança em investir baseado nestes fundamentos.

Alguns de vocês não tem o segmento em carteira?

o que falta pra vc eh ir no RI delas e abrir

vc so esta vendo o lado ruim delas, pega um dos RI e veja o que elas andam fazendo e o motivo das dividas

julgue vc mesmo, tenta entender como q vc nao consegue confiar numa empresa por exemplo que existe a mais de 100 anos, conhecida mundialmente e que domina o market share em varios setores

e cuidado com prejuizo nos ultimos 10 anos, se na sua visao uma empresa nunca poderá ter um ano de preju, significa que se em 2025 ela tiver prejuizo, vc so vai voltar a pensar nela em 2036

nao da pra ser ao pe da letra uma analise assim, nos anos que elas tiveram prejuizo, temos que entender o q q aconteceu

eu no meu caso, avalio os ultimos 3 anos somente, na minha estrategia funciona melhor

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6 horas atrás, Vinicius Romero De Oliveira disse:

Bom dia, pessoal! Tudo bem?

Estou começando a montar a minha carteira de investimentos e estou fazendo a análise por setor.

Até então sempre estava conseguindo extrair boas empresas de cada setor, mas quando cheguei no setor de materiais básicos acabei dando uma empacada. Voltando os olhos para as principais empresas do setor (Klabin, Suzano e Irani), identifiquei que todas apresentaram prejuízo nos últimos 10 anos e estão com a Dívida líquida/EBTIDA superior a 3.

Sei da importância da diversificação na carteira de ações, ainda mais em segmento perenes como este, no entanto, estou com bastante insegurança em investir baseado nestes fundamentos.

Alguns de vocês não tem o segmento em carteira?

Bom dia, @Vinicius Romero De Oliveira! Tudo bem?

Apenas reforço o que os colegas estão dizendo: Entendo a sua insegurança, mas as dívidas, sendo o fator de risco que elas são, são convites para que você faça uma análise mais aprofundada, pois não necessariamente se tratam de algo ruim ou fora de controle. Vale ler os fundamentos da empresa em relação a isso.

Por exemplo:

a Klabin tem uma política de limite de endividamento da empresa é de 3,9x dívida líquida/EBITDA no máximo durante Prazos dos Ciclos de Investimento em Projetos de Expansão (o que é bem alto, mas até esse número podemos entender que está dentro dos fundamentos da empresa) e, pelo release de resultados, ela está dentro desse limite.
A empresa alguns investimentos estratégicos, emitiu debêntures e liquidou dívidas de curto prazo, anunciou agora que está saindo da fase de ciclos de investimentos e agora pretende focar em geração de caixa. 30% das dívidas dela também são voltadas à performance de sustentabilidade.
Ou seja, é uma dívida alta, porém controlada.

https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/1c41fa99-efe7-4e72-81dd-5b571f5aa376/be859550-1a7c-1e66-cd75-0f2cd8a398c3?origin=1

A Suzano, nas diretrizes de sua Política de Endividamento, consta:
"A Companhia buscará manter a relação Dívida Líquida sobre EBITDA Ajustado abaixo, medida em dólares dos Estados Unidos, de 3,0 vezes, podendo, em determinados momentos do ciclo de investimento, atingir temporariamente o nível máximo de 3,5 vezes. Caso haja um desenquadramento momentâneo causado por variações abruptas de fatores exógenos, será adotado um limite temporário de até 4,0 vezes por até dois trimestres."
Essa métrica, em dólares, ficou em 2,9x no fechamento de 2024

https://www.suzano.com.br/noticia/suzano-registra-recorde-de-vendas-em-2024#:~:text=Em dólares%2C a relação entre,limites estabelecidos em sua política.

O setor de celulose é cíclico, portanto mais arriscado e as empresas ficam muito propensas a prejuízos em anos ruim. Contudo, se uma empresa tem um histórico de conseguir se manter nesses períodos, anos ruins podem ser boas oportunidades de entrada. Rsrs

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O setor de materiais básicos é altamente cíclico e fortemente influenciado por:

Preço das commodities internacionais (como celulose, minério de ferro, aço)

Variação cambial (dólar)

Demanda global (China, EUA, Europa)

Custo de produção (energia, logística)

Isso significa que empresas fortes financeiramente podem sim passar por períodos de prejuízo ou aumento de dívida, sem necessariamente serem empresas ruins.

Klabin (KLBN11)

É a maior produtora e exportadora de papéis do Brasil.

Apresenta períodos de lucro e prejuízo, mas costuma ter fluxo de caixa operacional positivo.

Está em processo de expansão (Projeto Puma II), o que pressiona a dívida agora, mas visa retorno no médio prazo.

Suzano (SUZB3)

Uma das maiores do mundo em celulose.

Forte geração de caixa, mas é altamente dolarizada.

Costuma ter dívida alta por estratégia (capex forte e aquisições), mas tem capacidade de pagar.

Irani (RANI3)

Menor que as duas anteriores, com foco em papelão ondulado.

Mais voltada ao mercado interno, com crescimento mais conservador.

Endividamento controlado em comparação.

Use a diversificação a seu favor:

Não precisa escolher apenas uma empresa do setor — pode alocar uma parte menor em 2 ou 3 para mitigar riscos.

Pense no longo prazo (10 anos+)

Empresas cíclicas vão variar bastante. Mas se forem bem geridas e com vantagem competitiva, tendem a performar bem ao longo do tempo.

Avalie além dos múltiplos:

Olhe também para o histórico de ROE, geração de caixa, posição competitiva, e a estratégia de longo prazo da empresa.

Setor não é obrigatório:

Se não se sente confortável agora, você pode simplesmente postergar a entrada nesse setor e reforçar em outros mais previsíveis até ganhar mais segurança.

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