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COPEL - Fato relevante 08/23


Adriano Umemura

Pergunta

Boa tarde. Estava analisando o fato relevante da COPEL 08/23 e me surgiram algumas duvidas. O referido documento refere-se a reforma do estatuto social aprovando o encaminhamento para deliberação da Assembleia Geral Extraordinaria para tratar sobre:

1 - da proposta de reforma do estatuto da Copel de modo a permitir o processo de transformação da Companhia em sociedade com capital disperso e sem acionista controlador (“Transformação em Corporação”); e

2 - da proposta de, sujeito a determinadas condições, ingresso da Copel e efetiva listagem de suas ações no Novo Mercado da B3 (“Migração ao Novo Mercado”), segmento especial exclusivo para companhias que adotem as mais elevadas práticas de governança corporativa, como ápice do processo de aperfeiçoamento de governança iniciado pela Companhia nos últimos anos.

Em relação ao item 1, entendo que a transformação em corporação, transforma a companhia em sociedade com capital disperso e sem acionista controlador e tera uma golden share exclusiva do estado do Parana. Contudo, na pratica, o que essa mudança reflete para o futuro da empresa?

Em relação ao item 2, com a migração para o novo mercado ocorrera a conversão mandatória de todas as ações preferenciais classes A e B em ações ordinárias, na proporção de uma ação preferencial para uma ação ordinária. Minha duvida seria que hoje, existe uma diferença de valor no preço das ações em torno de 1,5% a mais para as PN. Sendo assim seria interessante caso eu queira continuar a aportar na empresa dar preferencia de compra para as ordinarias, ja que ambas possuem 100% de tag along?

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7 respostas para essa pergunta

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Boa tarde, Adriano! Eu também comecei a investir na copel e comprei algumas ações ordinárias. Acredito que como as ordinárias estão com um valor um pouco menor, está realmente valendo a pena aportar neste momento na CPEL3. Outro ponto interessante, é que a Copel entrará no mais alto nível de governança corporativa, Novo Mercado, o que permite uma maior transparência para os acionistas minoritários.

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1 minute ago, Márcio Von Hoonholtz Pinto disse:

Boa tarde, Adriano! Eu também comecei a investir na copel e comprei algumas ações ordinárias. Acredito que como as ordinárias estão com um valor um pouco menor, está realmente valendo a pena aportar neste momento na CPEL3. Outro ponto interessante, é que a Copel entrará no mais alto nível de governança corporativa, Novo Mercado, o que permite uma maior transparência para os acionistas minoritários.

Sim, e a mudança para corporação juntamente com a oferta publica de ações segue no rumo da privatização da empresa, diluindo a participação do estado. Contudo, gostaria de entender melhor os beneficios de não possuir um acionista controlador.

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7 horas atrás, Márcio Von Hoonholtz Pinto disse:

Boa tarde, Adriano! Eu também comecei a investir na copel e comprei algumas ações ordinárias. Acredito que como as ordinárias estão com um valor um pouco menor, está realmente valendo a pena aportar neste momento na CPEL3. Outro ponto interessante, é que a Copel entrará no mais alto nível de governança corporativa, Novo Mercado, o que permite uma maior transparência para os acionistas minoritários.

Cuidado em dar peso demais para o NM e deixar de analisar com cuidado todos os índices da empresa. AMER3 faz parte do NM.

 

 

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22 horas atrás, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Sim, e a mudança para corporação juntamente com a oferta publica de ações segue no rumo da privatização da empresa, diluindo a participação do estado. Contudo, gostaria de entender melhor os beneficios de não possuir um acionista controlador.

Existe uma enorme discussão mundial se de fato uma empresa sem acionista controlador é necessariamente melhor que uma empresa com controlador. Pode até ser que sejam, mas as discussões mundiais são densas e me parece que o mundo de negócios nacional não levou isso em conta.

 

De qualquer forma, a abordagem one size fits it all, ou seja, só há um modelo, uma situação ideal de sociedade por ações, a sem controlador, é atualmente bastante combatida. Ambas, com e sem controlador, teriam suas vantagens e seus defeitos teriam ser que minimizados de maneiras distintas, inclusive com tratamento legal distinto. Por exemplo, algumas pessoas defendem que empresas com controlador conseguem pensar melhor o longo prazo do que as sem controlador.

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22 horas atrás, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Sim, e a mudança para corporação juntamente com a oferta publica de ações segue no rumo da privatização da empresa, diluindo a participação do estado. Contudo, gostaria de entender melhor os beneficios de não possuir um acionista controlador.

E cuidado com o termo "corporação".

 

Ocorre que essa situação sem acionista controlador ou às vezes chamada também de controle pulverizado teria sido sempre rara no Brasil e comum ou mesmo sempre o padrão no mercado norteamericano para as sociedades por ações. Com o “nascimento” desse tipo de empresa no Brasil, a comunidade de negócios sentiu a necessidade de criar, ou melhor, importar o nome das sociedades por ações dos EUA para marcar essa nova era: as corporations.

 

Aqui começa o primeiro ponto para não se usar corporation como sinônimo de empresa sem controlador definido: nos EUA corporation designa qualquer sociedade por ações, ou seja, inclusive aquelas com controlador definido. Sim, existe corporation nos EUA com acionista controlador.

 

 

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1 hour ago, Ricardo Ochoa disse:

E cuidado com o termo "corporação".

 

Ocorre que essa situação sem acionista controlador ou às vezes chamada também de controle pulverizado teria sido sempre rara no Brasil e comum ou mesmo sempre o padrão no mercado norteamericano para as sociedades por ações. Com o “nascimento” desse tipo de empresa no Brasil, a comunidade de negócios sentiu a necessidade de criar, ou melhor, importar o nome das sociedades por ações dos EUA para marcar essa nova era: as corporations.

 

Aqui começa o primeiro ponto para não se usar corporation como sinônimo de empresa sem controlador definido: nos EUA corporation designa qualquer sociedade por ações, ou seja, inclusive aquelas com controlador definido. Sim, existe corporation nos EUA com acionista controlador.

 

 

São boas as considerações. Mas sendo o termo correto ou não, é que esta sendo utilizado para configurar as alterações de pulverização do capital social e ausencia de controlador. Segue abaixo um texto que explica de forma clara as definições


As corporações são as empresas listadas que possuem controle pulverizado. Ou seja, não há a figura do acionista controlador ou bloco de controle nessas sociedades.

Portanto, as empresas chamadas de corporações possuem um Free Float acima da média de mercado, geralmente superior a 50%.

Na verdade, as corporações representam a essência do mercado de capitais, que é a ideia de pessoas comuns participarem de projetos empresariais sem precisar se envolverem no dia a dia das operações.

Por outro lado, existem as empresas familiares.

Nesse grupo de sociedades estão aquelas companhias controladas por um ou mais membros de uma mesma família

Por exemplo, o Itaú. Esse é um banco controlado pelas famílias Moreira Salles, Vilela e Setúbal.

Ou então, o caso da Grendene, que é controlada pela família de sobrenome homônimo.

Na prática, a maioria das empresas da bolsa está no meio do caminho, entre uma sociedade familiar e uma corporação.

Ou seja, os membros da família ainda detêm muita influência, mas existem outros acionistas importantes.

Existe muita discussão se é preferível uma empresa mais familiar ou de controle mais pulverizado, quando pensamos na posição do minoritário.

As corporações representam um modelo mais moderno de sociedade e com certeza, a essência e a finalidade do mercado de capitais. Apesar disso, não é porque a companhia é uma corporation que irá gerar melhores resultados. Empresas familiares também podem ser ótimas opções para o investidor de longo prazo.

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