Jump to content

Focus - Relatório de Mercado (15/02/2024)


Recommended Posts

On 15/02/2024 at 10:41, Edison Luis Paulini disse:

Flavio, qual relação que podemos tirar com relação ao PIB no boletim focus com os outros indicadores e suas expectativas?

Por exemplo (com alta chance de eu estar falando uma bobagem): o PIB subindo tende a fazer com que o IPCA também aumente.

 

Quando o PIB cresce rápido, naturalmente há aumento de inflação. A expectativa deles está estável, acho que por isso acreditam também na SELIC estável.

Você já conhece sobre a Curva de Philips? Acho que vai gostar de saber, da uma olhada.

  • Brabo 1
Link para compartilhar
Share on other sites

14 horas atrás, Rai Nunes Espindola disse:

Quando o PIB cresce rápido, naturalmente há aumento de inflação. A expectativa deles está estável, acho que por isso acreditam também na SELIC estável.

Você já conhece sobre a Curva de Philips? Acho que vai gostar de saber, da uma olhada.

Valeu, mano!

Não conheço essa curva. Vou pesquisar!

  • Brabo 1
Link para compartilhar
Share on other sites

On 15/02/2024 at 10:41, Edison Luis Paulini disse:

Flavio, qual relação que podemos tirar com relação ao PIB no boletim focus com os outros indicadores e suas expectativas?

Por exemplo (com alta chance de eu estar falando uma bobagem): o PIB subindo tende a fazer com que o IPCA também aumente.

 

Vou aproveitar o gancho do @Rai Nunes Espindola para discorrer um pouco sobre o assunto.

EXiste uma teoria econonica denominada de lei de Okun. A Lei de Okun, nomeada em homenagem ao economista Arthur Okun, descreve uma relação inversa entre as mudanças no PIB de um país e a taxa de desemprego. Essencialmente, sugere que quando o PIB cresce a uma taxa mais rápida do que a tendência histórica, o desemprego tende a diminuir, e quando o PIB cresce mais lentamente ou diminui, o desemprego tende a aumentar.

A relação é baseada na observação de que o crescimento econômico (medido pelo aumento do PIB) geralmente leva à criação de mais empregos, pois as empresas demandam mais trabalho para produzir bens e serviços adicionais. Isso reduz a taxa de desemprego. Por outro lado, quando o crescimento econômico desacelera ou a economia se contrai, as empresas reduzem a produção e, consequentemente, sua demanda por mão de obra, o que pode levar ao aumento do desemprego.

A Lei de Okun é quantificada de diferentes maneiras, mas uma das formulações mais comuns é a relação entre a mudança percentual no PIB real e a mudança na taxa de desemprego. Isso não implica uma relação um para um; a sensibilidade do desemprego ao crescimento do PIB pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a flexibilidade do mercado de trabalho, políticas governamentais, a estrutura econômica de um país e as condições econômicas globais.

Embora a Lei de Okun tenha sido amplamente observada em muitas economias ao longo do tempo, a relação exata pode variar entre países e períodos, e os economistas continuam a estudar e debater suas nuances. Por exemplo, mudanças tecnológicas, globalização e políticas de mercado de trabalho podem influenciar a força dessa relação ao longo do tempo.

Ja a Curva de Phillips é um conceito fundamental na macroeconomia que descreve a relação inversa entre a taxa de desemprego e a taxa de inflação dentro de uma economia. Essa relação sugere que quando o desemprego é baixo, a inflação tende a ser alta, e vice-versa. A teoria por trás da Curva de Phillips se baseia na ideia de que com uma taxa de desemprego baixa, os trabalhadores têm mais poder de barganha para negociar salários mais altos. As empresas, por sua vez, repassam os custos mais elevados dos salários para os preços dos produtos e serviços, resultando em inflação.

A Curva de Phillips original, observada pelo economista William Phillips em 1958, baseava-se em dados do Reino Unido e mostrava uma relação negativa estável entre desemprego e inflação. No entanto, a aplicabilidade universal dessa relação foi questionada, especialmente durante os períodos de estagflação da década de 1970, quando altas taxas de inflação e altas taxas de desemprego coexistiram, desafiando a ideia de uma relação estável e previsível entre esses dois indicadores.

Em resposta, economistas desenvolveram a Curva de Phillips Novo-Keynesiana, que incorpora as expectativas de inflação. Segundo essa teoria, a relação entre desemprego e inflação depende não apenas das condições atuais do mercado de trabalho e da pressão sobre os preços, mas também das expectativas futuras de inflação tanto por parte dos trabalhadores quanto das empresas. Se as pessoas esperam que a inflação aumente, elas vão buscar aumentos salariais para compensar a perda de poder de compra, levando a uma espiral de salários e preços que pode desencadear inflação mesmo sem uma mudança significativa na taxa de desemprego.

Além disso, a Curva de Phillips pode se deslocar devido a choques de oferta (como aumentos no preço do petróleo) ou mudanças nas políticas monetárias e fiscais. Isso significa que a relação entre desemprego e inflação pode variar ao longo do tempo e ser influenciada por uma variedade de fatores externos, tornando a gestão da política econômica um desafio.

Resumindo... na teoria um aumento do PIB ocasionaria uma maior demanda de empregos reduzindo o desemprego e consequentemente um aumento da inflação.

Contudo, como uma ciencia humana a qual a economia esta inserida, inumeras variaveis podem fazer com que esta regra não se estabeleça.

  • Brabo 1
  • Aí cê deu aula... 1
Link para compartilhar
Share on other sites

4 minutes ago, Adriano Umemura disse:

A Lei de Okun

Eu entendo que essa age de forma mais rápida, no presente. Enquanto a Curva de Phillips é algo vai levando tempo para se refletir.

Realmente são muitas variáveis.

Os períodos de estagflação, demonstraram que a economia pode apresentar comportamentos que desafiam teorias estabelecidas, reforçando a importância de adaptar a compreensão e a aplicação dessas teorias à evolução das condições econômicas e geográficas.

  • Brabo 1
Link para compartilhar
Share on other sites

×
×
  • Criar novo...