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Primeira analise fundamentalista


Diogo Favero Fabrile

Pergunta

Olá, pessoal,

Após revisitar o módulo de renda variável por diversas vezes, decidi começar com o setor elétrico para fazer a minha primeira análise fundamentalista. Gostaria de um input de vocês sobre o que mais seria interessante incluir na análise e quais outras empresas são interessantes de avaliar.

Segue abaixo a planilha com os indicadores que estou utilizando.

image.png.6e1d4b72590b42491aae2ca9db29dfd1.png

Somente pelos indicadores, a empresa que se mostra mais interessante no momento seria a CEMIG; porém, seguindo a regra do TAG ALONG, não é uma opção de investimento viável. Isso faz da Taesa a melhor empresa no momento para se investir.

Algumas perguntas surgiram após essa avaliação. Se possível, ajudem-me com as questões abaixo:

1. Seria interessante utilizar o Dividend Yield médio em vez do Dividend Yield atual? Isso ajudaria a evitar uma distorção tão grande caso o valor da ação caia devido a um evento negativo, o que poderia gerar uma melhora artificial do Dividend Yield atual?

2. Nesta análise, estou utilizando a margem líquida da empresa. Seria mais interessante utilizar a Margem EBIT?

3. O que explica a margem líquida da ALUP e da TAEE serem tão superiores às outras empresas?

4. Vale a pena diversificar dentro do próprio setor de energia? Neste caso, qual seria a segunda empresa pela qual vocês optariam?

5. O PSR seria análogo ao P/L? sendo o segundo mais realista para a analise? Caso não em quais momentos valeria a pena utilizar o PSR?

6. A minha conclusão, levando em consideração somente os valores fundamentalistas, de que a TAESA seria a melhor empresa neste momento para se investir, está correta?

Editado por Diogo Favero Fabrile
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5 respostas para essa pergunta

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Bom dia, Diogo!

Algumas considerações e pitaquinhos.

Quando a empresa não possui tag along você pode considerar não incluir ela nas análises. Como ela já não possui esse fator de segurança para nós investidores de longo prazo, podemos desconsiderar as mesmas.

Um adendo também a CEMIG. As suas ações ordinárias possuem 80% de tag along ao contrário das preferênciais que não possuem mas sua liquidez é baixíssima fazendo com que os preços do ativo sofram mais oscilações.

19 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

1. Seria interessante utilizar o Dividend Yield médio em vez do Dividend Yield atual? Isso ajudaria a evitar uma distorção tão grande caso o valor da ação caia devido a um evento negativo, o que poderia gerar uma melhora artificial do Dividend Yield atual?

Eu prefiro pensar no yield médio pois o atual leva com base a cotação atual do ativo. Em um cenário de uma alta (ou baixa) de forma mais significativa nos preços estes indicador pode ficar distorcido;

19 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

2. Nesta análise, estou utilizando a margem líquida da empresa. Seria mais interessante utilizar a Margem EBIT?

Na minha opinião utilizar a margem EBITDA seria a melhor alternativa;

19 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

3. O que explica a margem líquida da ALUP e da TAEE serem tão superiores às outras empresas?

Seria necessário entender mais a operação de cada uma. Não opino aqui para não falar besteira pois não estudei todas essas empresas e não quero lhe falar alguma bobagem;

19 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

4. Vale a pena diversificar dentro do próprio setor de energia? Neste caso, qual seria a segunda empresa pela qual vocês optariam?

É uma tomada de decisão que pode variar de pessoa para pessoa. Mas alguns pontos a se considerar:

É viável essa diversificação por conta de você poder estar investindo em empresas com estratégias diferentes e até mesmo modelos de atuação diferentes (ex: uma empresa só opera com distribuição e energia limpa, outra opera com toda a cadeia e mais voltada a empresas, etc).

Todavia, você também deve pensar que se aumenta o risco de exposição aos fatores que englobam o setor. Ou seja, um evento que afete o setor, as empresas que você investe no mesmo irão balançar igual.

Não possuo certo ou errado nessa decisão de se expor em mãos de uma empresa no mesmo setor desde que você avalie seu objetivo com isso.

19 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

5. O PSR seria análogo ao P/L? sendo o segundo mais realista para a analise? Caso não em quais momentos valeria a pena utilizar o PSR?

Salvo engano, o P/L é calculado com base no lucro e o P/SR com base na receita.

20 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

6. A minha conclusão, levando em consideração somente os valores fundamentalistas, de que a TAESA seria a melhor empresa neste momento para se investir, está correta?

Taesa na minha opinião é uma empresa madura (não é recomendação de investimento).

Com base no que eu vi e acompanhei dela, vejo como uma empresa que não tem muito mais para onde crescer mas que ainda tem um operacional lucrativo o que pode gerar ainda bons lucros para seus acionistas.

Mas para chegar a essas conclusões eu também daria uma garimpada em mais relatórios para entender mais a empresa, como ela fez seus projetos, como ela desempenhou ao longo do tempo, como enfrentou adversidades, etc.

Assim você poderá chegar também a conclusão de estar se tornando sócio de uma empresa que seja de acordo com seus princípios.

 

Espero que ajude a pensar no tema!

 

PS: gostei de sua análise inicial. Está no caminho certo!

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55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

1. Seria interessante utilizar o Dividend Yield médio em vez do Dividend Yield atual? Isso ajudaria a evitar uma distorção tão grande caso o valor da ação caia devido a um evento negativo, o que poderia gerar uma melhora artificial do Dividend Yield atual?

Bom dia @Diogo Favero Fabrile. O DY é um indicador que ira refletir exatamente o percentual dos dividendos pagos no ultimo exercicio frente ao preço atual da ação. Eu particularmente prefiro avaliar o indicador atual levando em consideração a variação do preço como voce citou, ou simplesmente acompanhar a evolução do valor dos dividendos em valor absoluto

55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

2. Nesta análise, estou utilizando a margem líquida da empresa. Seria mais interessante utilizar a Margem EBIT?

A margem EBIT ira refletir o percentual do lucro operacional frente a receita da empresa. Uma margem operacional crescendo mais rápido que a margem bruta pode estar indicando uma melhora na gestão de despesas operacionais, como despesas administrativas, de venda, marketing etc.

Ja a margem liquida reflete o percentual da receita que sobra para o acionista

Para analise da empresa eu prefiro considerar a margem operacional, ja que a mesma desconsidera o resultado financeiro que pode inflar o resultado do lucro liquido

55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

3. O que explica a margem líquida da ALUP e da TAEE serem tão superiores às outras empresas?

Pela sua tabela as 2 empresas ja possuem margem operacional maior do que as demais, o que podera estar refletindo em uma melhor gestão de custos operacionais. Com uma margem operacional maior, não tendo nenhum evento no resultado financeiro significativo, as margens liquidas serão maiores tambem

Contudo é necessario tambem avaliar a atividade da empresa. Por exemplo, a Taesa é ume empresa de transmissão de energia, ja a cemig atua na geração, transmissão e distribuição de energia.

55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

4. Vale a pena diversificar dentro do próprio setor de energia? Neste caso, qual seria a segunda empresa pela qual vocês optariam?

Como comentei acima, voce pode diversificar devido a atividade da empresa. Ter uma que atua no setor de gerção e outra de distribuição.

Entre empresas da mesma atividade fim, teria que ter uma justificativa relacionada a sua estratégia de investimento muito coerente e solida para investir em 2 empresa que atendem o mesmo mercado, ja que na minha opinião um resultado superior de crescimenbto frente as suas concorrentes é derivado da tomada de marketshare.

Por exemplo, se temos uma previsão do crescimento do PIB de 5% e uma previsão de crescimento de empresas de um determinado setor em 10%, uma empresa tera um crescimento superior aos 10% somente se tomar o mercado de alguma das suas concorrentes

55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

5. O PSR seria análogo ao P/L? sendo o segundo mais realista para a analise? Caso não em quais momentos valeria a pena utilizar o PSR?

Ambos são multiplos que analisam a relação do preço com um resultado da empresa. Enquanto que o P/L mostra o quanto o mercado esta disposto a pagar frente aos lucros da empresa, o segundo reflete esta mesma disposição frente as vendas.  Para o acionista geralmente a avaliação cai mais sobre o P/L ja que seria o valor que sera destinado a ele.

Contudo, para empresas que ainda estão em fase de crescimento, como por exemplo startups de tecnologia que muitas vezes ainda não tem lucro, poder avaliar um indicador relacionado a receita pode ser mais coerente.

Um outro fator a se atentar. Toda analise de multiplos refletem os resultados passados da empresa frente ao seu preço atual. Mas para o investidor o que interessa são os resultados futuros a partir do momento em que a o investidor compra a ação. Desta forma é necessario interpretar o indicador analisando o que voce espera de resultados futuros da empresa

Por exemplo. 2 empresas apresentaram no ultimo exercicio um lucro de R$10 e o preço da ação esta em R$100 tendo ambas um P/L de 10. Se o investidor comprar esta ação a R$100 e no proximo exercicio a empresa A tiver um lucro de R$20 o seu P/L caira para 5. Ja se a empresa B tiver um lucro de R$5 tera um P/L de 20

Veja que dependendo do resultado futuro o investidor pode ter pago mais caro ou mais barato pela empresa

55 minutes ago, Diogo Favero Fabrile disse:

6. A minha conclusão, levando em consideração somente os valores fundamentalistas, de que a TAESA seria a melhor empresa neste momento para se investir, está correta?

Eu avaliaria e separaria as empresas por atividade fim, e ai realizaria uma comparação.

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Muito obrigado pelas respostas @Adriano Umemura e @Edison Luis Paulini.

Já faz algum tempo que estou tentando decidir qual será a minha primeira exposição em renda variável, visto que, até o momento, só investi em renda fixa e confesso que a quantidade de informações é esmagadora. Além disso, a ideia de iniciar corretamente uma carteira pode ser estressante, pois acabamos nos pegando em "overthinking", questionando se estamos tomando a decisão correta.

No momento, não vou fazer um estudo mais detalhado de todas essas empresas, caso contrário, não iniciarei meus investimentos em renda variável tão cedo. Portanto, minha ideia seria me utilizar de um setor perene com empresas sólidas e me basear primariamente nos indicadores para ir me aprofundando aos poucos e melhorando minhas análises conforme vou aportando. Pode ser uma estratégia não muito inteligente, visto que o próprio Raul mencionou que uma análise pode demorar dois meses sobre uma empresa, mas confesso que, se não for assim, acredito que não vou começar nunca 😅.

Permitam-me aproveitar esta conversa para perguntar também: qual outro setor perene vocês recomendam para iniciantes como eu para estar fazendo uma análise?

Obrigado novamente.

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2 horas atrás, Diogo Favero Fabrile disse:

Muito obrigado pelas respostas @Adriano Umemura e @Edison Luis Paulini.

Já faz algum tempo que estou tentando decidir qual será a minha primeira exposição em renda variável, visto que, até o momento, só investi em renda fixa e confesso que a quantidade de informações é esmagadora. Além disso, a ideia de iniciar corretamente uma carteira pode ser estressante, pois acabamos nos pegando em "overthinking", questionando se estamos tomando a decisão correta.

No momento, não vou fazer um estudo mais detalhado de todas essas empresas, caso contrário, não iniciarei meus investimentos em renda variável tão cedo. Portanto, minha ideia seria me utilizar de um setor perene com empresas sólidas e me basear primariamente nos indicadores para ir me aprofundando aos poucos e melhorando minhas análises conforme vou aportando. Pode ser uma estratégia não muito inteligente, visto que o próprio Raul mencionou que uma análise pode demorar dois meses sobre uma empresa, mas confesso que, se não for assim, acredito que não vou começar nunca 😅.

Permitam-me aproveitar esta conversa para perguntar também: qual outro setor perene vocês recomendam para iniciantes como eu para estar fazendo uma análise?

Obrigado novamente.

Bancos e saneamento

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3 horas atrás, Diogo Favero Fabrile disse:

Muito obrigado pelas respostas @Adriano Umemura e @Edison Luis Paulini.

Já faz algum tempo que estou tentando decidir qual será a minha primeira exposição em renda variável, visto que, até o momento, só investi em renda fixa e confesso que a quantidade de informações é esmagadora. Além disso, a ideia de iniciar corretamente uma carteira pode ser estressante, pois acabamos nos pegando em "overthinking", questionando se estamos tomando a decisão correta.

No momento, não vou fazer um estudo mais detalhado de todas essas empresas, caso contrário, não iniciarei meus investimentos em renda variável tão cedo. Portanto, minha ideia seria me utilizar de um setor perene com empresas sólidas e me basear primariamente nos indicadores para ir me aprofundando aos poucos e melhorando minhas análises conforme vou aportando. Pode ser uma estratégia não muito inteligente, visto que o próprio Raul mencionou que uma análise pode demorar dois meses sobre uma empresa, mas confesso que, se não for assim, acredito que não vou começar nunca 😅.

Permitam-me aproveitar esta conversa para perguntar também: qual outro setor perene vocês recomendam para iniciantes como eu para estar fazendo uma análise?

Obrigado novamente.

Concordo com o @Adriano Umemura

Bancos em primeiros lugar. Temos ótimos bancos no Brasil com lucros monstruosos que valem muito a pena.

Em seguida saneamento. Se não se importar de investir em estatais (salvo Sabesp que está em um processo de uma privatização) é um ótimo setor também perene e com empresas legais.

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