Quando calculamos o rendimento de um pós-fixado, normalmente vamos ter que estabelecer um valor constante para o indexador (Selic/IPCA) de forma que seja possível fazer a conta.
Por exemplo, suponha que um título XYZ ofereca IPCA+5%, como não podemos prever o IPCA vamos ter que pegar algum tipo de referência (média histórica, último valor, projeção ou qualquer um) e fazer a conta.
Mas na prática esses indexadores vão mudar todo mês ou a cada 45d.
A minha dúvida é a seguinte: um título que não tenha liquidez diária (por exemplo tesouro IPCA+), ele vai rendendo todo mês de acordo com o IPCA real daquele mês? Ou é feita a conta apenas no momento do vencimento/resgate?
Acredito que a resposta seja que ele vai rendendo todo dia/mês, pois senão não haveria efeitos de juros compostos.
Para fins de cálculo, esse rendimento deve sempre ser feito com meses, ou pra alguma situação devemos considerar dias?
Aplicando isso ao contrafluxo, pegando o exemplo da aula onde o Raul menciona uma situação de um pré a 14%a.a. vs um 140% do CDI com a SELIC a 2%a.a..
Não da só pra fazer uma conta "simples" de juros compostos e afirmar que se tivesse segurado o título até hoje os 140% do CDI agora serial 19%a.a. e estaríamos dando pulos de alegria, pois o outro veio rendendo os 14%a.a. durante o período todo e no acumulado só fazendo as contas pra saber qual foi melhor no vencimento. E como não podemos prever o futuro essa conta só pode ser feito para o que já passou.
Está correto esse raciocínio?
Amanhã se tiver um tempo vou montar uma planilha com uma simulação em blocos de 45d (pra poder acompanhar a atualização da SELIC) e ver como fica para esses números aí.
Eu entendo que o conceito do contrafluxo é para ajudar na diversificação, e que não vai ter um título que será o melhor sempre o tempo todo, e então o contrafluxo acaba sendo uma forma de "comprar barato" alguns títulos que o banco está com dificuldade de vender pois o mercado quer o que está mais alto.
Pergunta
Mikhail Koslowski
Olá pessoal.
Quando calculamos o rendimento de um pós-fixado, normalmente vamos ter que estabelecer um valor constante para o indexador (Selic/IPCA) de forma que seja possível fazer a conta.
Por exemplo, suponha que um título XYZ ofereca IPCA+5%, como não podemos prever o IPCA vamos ter que pegar algum tipo de referência (média histórica, último valor, projeção ou qualquer um) e fazer a conta.
Mas na prática esses indexadores vão mudar todo mês ou a cada 45d.
A minha dúvida é a seguinte: um título que não tenha liquidez diária (por exemplo tesouro IPCA+), ele vai rendendo todo mês de acordo com o IPCA real daquele mês? Ou é feita a conta apenas no momento do vencimento/resgate?
Acredito que a resposta seja que ele vai rendendo todo dia/mês, pois senão não haveria efeitos de juros compostos.
Para fins de cálculo, esse rendimento deve sempre ser feito com meses, ou pra alguma situação devemos considerar dias?
Aplicando isso ao contrafluxo, pegando o exemplo da aula onde o Raul menciona uma situação de um pré a 14%a.a. vs um 140% do CDI com a SELIC a 2%a.a..
Não da só pra fazer uma conta "simples" de juros compostos e afirmar que se tivesse segurado o título até hoje os 140% do CDI agora serial 19%a.a. e estaríamos dando pulos de alegria, pois o outro veio rendendo os 14%a.a. durante o período todo e no acumulado só fazendo as contas pra saber qual foi melhor no vencimento. E como não podemos prever o futuro essa conta só pode ser feito para o que já passou.
Está correto esse raciocínio?
Amanhã se tiver um tempo vou montar uma planilha com uma simulação em blocos de 45d (pra poder acompanhar a atualização da SELIC) e ver como fica para esses números aí.
Eu entendo que o conceito do contrafluxo é para ajudar na diversificação, e que não vai ter um título que será o melhor sempre o tempo todo, e então o contrafluxo acaba sendo uma forma de "comprar barato" alguns títulos que o banco está com dificuldade de vender pois o mercado quer o que está mais alto.
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Adriano Umemura
Bom dia @Mikhail Koslowski. Todo titulo do tesouro possui liquidez e rentabilidade diaria, ja que o tesouro garante a recompra. Desta forma diariamente o valor do IPCA ou da selic é calculado gerando
Mikhail Koslowski
Olá pessoal. Quando calculamos o rendimento de um pós-fixado, normalmente vamos ter que estabelecer um valor constante para o indexador (Selic/IPCA) de forma que seja possível fazer a cont
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Fiz aqui a planilha de exemplo do que estou tentando observar. Considerando o exemplo que eu dei de 14% pré vs 140% CDI, a contratação quando a SELIC era 2% (Ago/2020) e o vencimento agora, resul
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