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Rendimento do pós-fixado e contrafluxo.


Mikhail Koslowski

Pergunta

Olá pessoal.

 

Quando calculamos o rendimento de um pós-fixado, normalmente vamos ter que estabelecer um valor constante para o indexador (Selic/IPCA) de forma que seja possível fazer a conta.

Por exemplo, suponha que um título XYZ ofereca IPCA+5%, como não podemos prever o IPCA vamos ter que pegar algum tipo de referência (média histórica, último valor, projeção ou qualquer um) e fazer a conta. 

Mas na prática esses indexadores vão mudar todo mês ou a cada 45d.

 

A minha dúvida é a seguinte: um título que não tenha liquidez diária (por exemplo tesouro IPCA+), ele vai rendendo todo mês de acordo com o IPCA real daquele mês? Ou é feita a conta apenas no momento do vencimento/resgate?

Acredito que a resposta seja que ele vai rendendo todo dia/mês, pois senão não haveria efeitos de juros compostos.

Para fins de cálculo, esse rendimento deve sempre ser feito com meses, ou pra alguma situação devemos considerar dias?

 

 

 

Aplicando isso ao contrafluxo, pegando o exemplo da aula onde o Raul menciona uma situação de um pré a 14%a.a. vs um 140% do CDI com a SELIC a 2%a.a.. 
Não da só pra fazer uma conta "simples" de juros compostos e afirmar que se tivesse segurado o título até hoje os 140% do CDI agora serial 19%a.a. e estaríamos dando pulos de alegria, pois o outro veio rendendo os 14%a.a. durante o período todo e no acumulado só fazendo as contas pra saber qual foi melhor no vencimento. E como não podemos prever o futuro essa conta só pode ser feito para o que já passou.

Está correto esse raciocínio?

Amanhã se tiver um tempo vou montar uma planilha com uma simulação em blocos de 45d (pra poder acompanhar a atualização da SELIC) e ver como fica para esses números aí.

 

Eu entendo que o conceito do contrafluxo é para ajudar na diversificação, e que não vai ter um título que será o melhor sempre o tempo todo, e então o contrafluxo acaba sendo uma forma de "comprar barato" alguns títulos que o banco está com dificuldade de vender pois o mercado quer o que está mais alto.

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2 respostas para essa pergunta

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Fiz aqui a planilha de exemplo do que estou tentando observar.

Considerando o exemplo que eu dei de 14% pré vs 140% CDI, a contratação quando a SELIC era 2% (Ago/2020) e o vencimento agora, resultando em um prazo total de 1350 dias.

Nesse caso no final do período o pré ainda entregou mais (12% a mais pra ser exato) do que o pós, mesmo com a taxa do pós sendo uma taxa que hoje parece muito boa.

 

E só para referência, no mesmo período o IPCA apresentou uma variação acumulada de ~28%. Então nos dois casos houve ganho real, um de ~28% e o outro de ~35%. 

Ainda teria IR, mas é igual pros 2 então Ok.

 

Se o exemplo fosse um pouco diferente, 12%a.a. no pré, ou 160% do CDI no pós, com a SELIC história o resultado teria sido diferente e o pós teria batido o pré.

 

Novamente, não estou questionando o conceito do contrafluxo pois não temos como prever o futuro e então é importante a gente se previnir e diversificar.

Mas só quero entender se as contas que estou fazendo fazem sentido ou se estou fazendo conta errada :)

 

Para converter a taxa a.a. para 45d usei a seguinte fórmula: =POWER(1+TAXA;45/360)-1

Plotei a SELIC ali e coloquei no eixo X só para referência. a comparação é entre as linhas azul e vermelha.

 

image.png.568ca4f2e8c9fb327f8f763824154116.png

image.png.78ab8248189ab0a313845e0bed40aaa2.png

Editado por Mikhail Koslowski
Adição de informação sobre a inflação no período.
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8 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

A minha dúvida é a seguinte: um título que não tenha liquidez diária (por exemplo tesouro IPCA+), ele vai rendendo todo mês de acordo com o IPCA real daquele mês? Ou é feita a conta apenas no momento do vencimento/resgate?

Bom dia @Mikhail Koslowski. Todo titulo do tesouro possui liquidez e rentabilidade diaria, ja que o tesouro garante a recompra. Desta forma diariamente o valor do IPCA ou da selic é calculado gerando a rentabilidade a ser paga

8 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

Acredito que a resposta seja que ele vai rendendo todo dia/mês, pois senão não haveria efeitos de juros compostos.

A taxa anual é convertida para taxa equivalente diaria ou no periodo que lhe interessa

8 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

Para fins de cálculo, esse rendimento deve sempre ser feito com meses, ou pra alguma situação devemos considerar dias?

Com qual objetivo? Se voce for resgatar daqui a 6 meses voce pode gerar uma previsaão em meses. Se for sacar em 20 dias podera fazer a previsão em dias. Lembrando que caso seja feito em dias são utilizados dias uteis com uma media estabelecida no ano de 252 dias, e sempre convertendo para taxa equivalente e não proporcional, ja que trata-se de juros compostos

9 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

Aplicando isso ao contrafluxo, pegando o exemplo da aula onde o Raul menciona uma situação de um pré a 14%a.a. vs um 140% do CDI com a SELIC a 2%a.a.. 
Não da só pra fazer uma conta "simples" de juros compostos e afirmar que se tivesse segurado o título até hoje os 140% do CDI agora serial 19%a.a. e estaríamos dando pulos de alegria, pois o outro veio rendendo os 14%a.a. durante o período todo e no acumulado só fazendo as contas pra saber qual foi melhor no vencimento. E como não podemos prever o futuro essa conta só pode ser feito para o que já passou.

Está correto esse raciocínio?

Temos que levar em conta que, realizando aportes mensais estaremos sempre alocando em titulos de renda fixa pelo contrafluxo. Desta forma, voce ira pegar cada um destes titulos em ciclos de mercado diferentes. Quando voce pegar um titulo prefixado pagando 14% talvez possa existir um titulo pagando 120% do CDI com selic a 12%. Mas se o ciclo for de queda da taxa de juros, mesmo o pós fixado pagando mais, pelo contrafluxo escolheriamos o prefixado que ira travar a sua rentabilidade em patamares possivelmente maiores do que os oferecidos futuramente

Da mesma forma, em um cenario em que voce tenha um titulo pagando 140% do CDI com taxa selic em 2% voce podera ter titulos prefixados pagando 3,5%. Se o cenario for de aumento da taxa de juros, o prefixado ira perder valor enquanto o pós fixado aumentar o seu valor.

Então a escolha ira se basear no momento e não no valor nominal determinado na compra.

9 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

Eu entendo que o conceito do contrafluxo é para ajudar na diversificação, e que não vai ter um título que será o melhor sempre o tempo todo, e então o contrafluxo acaba sendo uma forma de "comprar barato" alguns títulos que o banco está com dificuldade de vender pois o mercado quer o que está mais alto.

Não seria relacionado a diversificação mas sim a escolher o melhor titulo no momento do aporte que ira se beneficiar com o ciclo de mercado. 

8 horas atrás, Mikhail Koslowski disse:

Considerando o exemplo que eu dei de 14% pré vs 140% CDI, a contratação quando a SELIC era 2% (Ago/2020) e o vencimento agora, resultando em um prazo total de 1350 dias.

Voce não ira achar um titulo prefixado a 14% com a selic a 2%

Veja se faz sentido as explicações acima. Caso alguma duvida persista poste aqui para podermos ajudar

  • Brabo 2
  • Aí cê deu aula... 2
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