Lá vem eu de novo para mais um momentinho desabafo. Ou seja, se preparem que é textão.
Como alguns talvez já tenham visto por aqui, tenho 31 anos e moro com minha mãe por motivos de saúde dela. Ela está sem andar fazem uns 6 meses devido a problemas supostamente ortopédicos/reumatológicos (digo supostamente pois existe uma chance de ser um caso oncológico/tumoral. Ainda estamos investigando com médicos e uma bateria infinita de exames).
Com isso tive que ceder uma boa parte da minha vida. Por exemplo, estou fora do mercado de trabalho há mais de ano pois quem faz toda a correria ligando para marcar consultas, exames, as vezes ir em local buscar resultados, sou eu. Além disso, acabo cuidando da casa desde manutenção à boa parte da faxina, das contas e dela em si. Ajudar a levantar da cama, sentar e levantar da cadeira, sentar e levantar no vaso, colocar na cadeira de banho, etc, etc. Podemos dizer que da cintura pra ela se vira bem, ela é lúcida e está bem firme e forte para quem tem quadro de saúde delicado. São as pernas e o quadril que não funcionam mais e ainda não sabemos se isso será permanente ou não.
Bom, e onde vem o tal desânimo que é título desse humilde post?
É o desânimo com a rotina junto do stress e todo o cansaço que isso gera. Já tive trabalhos estressantes mas parece que nada se compara a isso.
Fico o tempo todo em estado de alerta para caso ela precise de algo, durmo em estado de alerta, estou boa parte do tempo ligado a médicos, exames, fazer curativo na perna dela, farmácia, a casa como já comentei.
Há umas duas semanas comecei a ter umas dores na coluna. Não sei se foi alguma mal jeito de levantar a dona mãe, alguma mal jeito fazendo exercício, se tenho algum BO e resolveu desembestar justo agora. Tenho ortopedista marcado em breve para ver.
O problema é juntar tudo isso com mais algumas questões em partes pessoais minhas. Como comentei antes, estou há um senhor tempo sem trabalhar. E pra mim isso é estranho e horroroso. Sempre trabalhei bastante. Sempre gostei de trabalhar, de pertencer a algo, de me colocar a alguma atividade, ganhar aquela remuneração esperta, mas o melhor era estar me sentindo útil para algo. Não que hoje aqui em casa eu não em sinta. Mas são situações diferentes. Fui criado com exemplos aqui em casa inclusive da minha mas também do meu pai sobre trabalhar. E isso é algo que me motiva. Ficar sem isso e ficar sem renda para ajudar aqui com custos médicos (convênio e farmácia principalmente) que estoura e MUITO nosso orçamento doméstico me deixa doido. Ela possui as rendas dela de aposentadoria e pensão. Alguns meses fechamos no 0 a 0 e outros no vermelho. A sorte que o vermelho é coisa pouca e temos boas reservas o que traz uma senhora paz. Mas me incomoda ver que tudo aqui mudou quando parei de trabalhar por ter sido desligado da empresa que eu estava e ela ter começado na mesma época com problemas de saúde.
E tuuuudo isso na cabeça para pensar em tomar decisões e também iniciativas para tentar mudar um pouco o cenário é um PORRE absurdo. Não sei talvez não aparenta, mas a carga de stress está grande mesmo eu me cuidando com tratamento psicológico que não fico sem (tenho outros diagnósticos nessa área que não vem ao caos no momento).
Sentar e pensar em alguma forma de fazer um extra, elaborar algum pequeno negócio, retomar o pequeno negocinho que tive ano passado... tudo parece difícil demais. Sou um cara deveras detalhista e perfeccionista. A parte do perfeccionismo sempre tento trabalhar para que isso não vire problema. Mesmo assim, não consigo pensar em qualquer coisa e ir fazer "de qualquer jeito". Só que elaborar tudo o que penso ser necessário, não consigo tirar ânimo e força de lugar algum ;/
Já pensei em cuidadora pelo menos por alguns dias da semana para quebrar minha rotina mas os orçamentos não fecham.
Acho que o jeito é erguer a cabeça e ir seguindo um dia de cada vez, tentando fazer um pouquinho que eu conseguir por dia para tentar elaborar algo que me faça ter renda ou que me faça ficar o máximo possível tranquilo com toda essa rotina. Mas acho que o fator renda para mim é o que mais pega. Apesar de eu ter minhas dificuldades com esse tipo de tema de empreendimento, mas acho que não tenho muito para onde correr. E aqui prefiro nem pensar no que algumas pessoas comentam que se a pessoa tem certas inseguranças em empreender ela simplesmente não serve para isso. Não ando precisando de mais motivos pra desanimar né.
Sardinha, se chegou até aqui, valeu por sua atenção e pelo tempo que desprendeu aqui para com seu colega.
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Pergunta
Edison Luis Paulini
E aí, sardinahda, como estão?
Lá vem eu de novo para mais um momentinho desabafo. Ou seja, se preparem que é textão.
Como alguns talvez já tenham visto por aqui, tenho 31 anos e moro com minha mãe por motivos de saúde dela. Ela está sem andar fazem uns 6 meses devido a problemas supostamente ortopédicos/reumatológicos (digo supostamente pois existe uma chance de ser um caso oncológico/tumoral. Ainda estamos investigando com médicos e uma bateria infinita de exames).
Com isso tive que ceder uma boa parte da minha vida. Por exemplo, estou fora do mercado de trabalho há mais de ano pois quem faz toda a correria ligando para marcar consultas, exames, as vezes ir em local buscar resultados, sou eu. Além disso, acabo cuidando da casa desde manutenção à boa parte da faxina, das contas e dela em si. Ajudar a levantar da cama, sentar e levantar da cadeira, sentar e levantar no vaso, colocar na cadeira de banho, etc, etc. Podemos dizer que da cintura pra ela se vira bem, ela é lúcida e está bem firme e forte para quem tem quadro de saúde delicado. São as pernas e o quadril que não funcionam mais e ainda não sabemos se isso será permanente ou não.
Bom, e onde vem o tal desânimo que é título desse humilde post?
É o desânimo com a rotina junto do stress e todo o cansaço que isso gera. Já tive trabalhos estressantes mas parece que nada se compara a isso.
Fico o tempo todo em estado de alerta para caso ela precise de algo, durmo em estado de alerta, estou boa parte do tempo ligado a médicos, exames, fazer curativo na perna dela, farmácia, a casa como já comentei.
Há umas duas semanas comecei a ter umas dores na coluna. Não sei se foi alguma mal jeito de levantar a dona mãe, alguma mal jeito fazendo exercício, se tenho algum BO e resolveu desembestar justo agora. Tenho ortopedista marcado em breve para ver.
O problema é juntar tudo isso com mais algumas questões em partes pessoais minhas. Como comentei antes, estou há um senhor tempo sem trabalhar. E pra mim isso é estranho e horroroso. Sempre trabalhei bastante. Sempre gostei de trabalhar, de pertencer a algo, de me colocar a alguma atividade, ganhar aquela remuneração esperta, mas o melhor era estar me sentindo útil para algo. Não que hoje aqui em casa eu não em sinta. Mas são situações diferentes. Fui criado com exemplos aqui em casa inclusive da minha mas também do meu pai sobre trabalhar. E isso é algo que me motiva. Ficar sem isso e ficar sem renda para ajudar aqui com custos médicos (convênio e farmácia principalmente) que estoura e MUITO nosso orçamento doméstico me deixa doido. Ela possui as rendas dela de aposentadoria e pensão. Alguns meses fechamos no 0 a 0 e outros no vermelho. A sorte que o vermelho é coisa pouca e temos boas reservas o que traz uma senhora paz. Mas me incomoda ver que tudo aqui mudou quando parei de trabalhar por ter sido desligado da empresa que eu estava e ela ter começado na mesma época com problemas de saúde.
E tuuuudo isso na cabeça para pensar em tomar decisões e também iniciativas para tentar mudar um pouco o cenário é um PORRE absurdo. Não sei talvez não aparenta, mas a carga de stress está grande mesmo eu me cuidando com tratamento psicológico que não fico sem (tenho outros diagnósticos nessa área que não vem ao caos no momento).
Sentar e pensar em alguma forma de fazer um extra, elaborar algum pequeno negócio, retomar o pequeno negocinho que tive ano passado... tudo parece difícil demais. Sou um cara deveras detalhista e perfeccionista. A parte do perfeccionismo sempre tento trabalhar para que isso não vire problema. Mesmo assim, não consigo pensar em qualquer coisa e ir fazer "de qualquer jeito". Só que elaborar tudo o que penso ser necessário, não consigo tirar ânimo e força de lugar algum ;/
Já pensei em cuidadora pelo menos por alguns dias da semana para quebrar minha rotina mas os orçamentos não fecham.
Acho que o jeito é erguer a cabeça e ir seguindo um dia de cada vez, tentando fazer um pouquinho que eu conseguir por dia para tentar elaborar algo que me faça ter renda ou que me faça ficar o máximo possível tranquilo com toda essa rotina. Mas acho que o fator renda para mim é o que mais pega. Apesar de eu ter minhas dificuldades com esse tipo de tema de empreendimento, mas acho que não tenho muito para onde correr. E aqui prefiro nem pensar no que algumas pessoas comentam que se a pessoa tem certas inseguranças em empreender ela simplesmente não serve para isso. Não ando precisando de mais motivos pra desanimar né.
Sardinha, se chegou até aqui, valeu por sua atenção e pelo tempo que desprendeu aqui para com seu colega.
Se quiser dizer algo, gostarei de ler!
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Edison Luis Paulini
E aí, sardinahda, como estão? Lá vem eu de novo para mais um momentinho desabafo. Ou seja, se preparem que é textão. Como alguns talvez já tenham visto por aqui, tenho 31 anos e moro
Henrique Magalhães
@Edison Luis Paulini cara que verdadeira Batalha meu amigo! referente a sua situação com sua mãe, voce está sendo um filho exemplar e realmente como vem de uma longa data, e voce tem que se lembr
Edison Luis Paulini
Meu amigo, não sei o que acontece mas sempre que leio suas mensagens me dá uma sensação boa. Até por isso demorei um pouco pra responder 😅🙈 Cara, valeu mesmo pelas palavras. Acho que
14 respostas para essa pergunta
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