Conta bloqueada e dívida "herdada"

[Anônimo]

Aos 17 anos meu pai me emancipou para usar meu nome na empresa da família, como ele sempre foi uma pessoa desorganizada financeiramente e nos negócios, logo acabei com dívidas trabalhistas, da união e etc.

Pouco tempo depois, o negócio da família com mais de 30 anos foi a falência. 

O negócio era a única renda da família e ele nunca construiu nenhum patrimônio. Nem 1 real investido, casa própria, nada.

Logicamente, tudo recaiu sobre mim.

Após longos e duros anos, consegui finalmente retomar minha vida com meu próprio negócio. Com as coisas encaminhando, reencontrei um amigo advogado e o contratei para tentar resolver essa situação das dívidas que até hoje correm em meu nome.

Paguei algumas defesas, alguns acordos e uma assessoria para acompanhar o andamento dos processos. 

Imaginei que as coisas aos poucos estavam se resolvendo, até recentemente, quando recebi uma notificação do banco que minha conta corrente estava bloqueada.

O banco informou o número do processo e com isso descobri que era referente a um acordo trabalhista já pago. Sim, eu fui roubada pelo meu próprio advogado (e obviamente agora, ex-amigo).

Recorri a outro advogado, o dinheiro foi devolvido, porém continuo com minha conta bloqueada.

Meu atual advogado não quer que eu pague os processos trabalhistas, porque segundo ele, se resolverão com o tempo.

Porém enquanto isso, o tempo da minha própria vida corre. Eu voltei a sacar dinheiro como em 1987 e estou usando a conta de outra pessoa. Não posso investir, nem ter nenhum patrimônio em meu nome.

Não quero acabar como meu pai, sem nada construído, sem segurança financeira, me escondendo. Eu não sou essa pessoa.

Eu não sei se mudo de advogado e continuo tentando pagar essas dividas que parecem uma assombração. Se mantenho por enquanto na conta de outra pessoa até chegar próximo de 100k para abrir uma holding (nem sei direito como funciona).

Realmente preciso da orientação de pessoas confiáveis. 

Raul, me ajuda.

 

 

[Júlio Bernardes]

Situação complicada essa.

Sei que a pergunta não foi pra mim, mas vou te dar o ponto de vista de quem ja esteve e atualmente está do outro lado.

Primeiramente, a culpa por motivos obvios NÃO é sua, voce tinha apenas 17 anos quando o seu pai acabou causando todo esse problema para você, porém você mencionou que existem aí dividas de processos trabalhistas correto?

Imagino que se a empresa do seu pai perdeu, são processos que realmente a empresa deveria pagar.

Meu pai ja esteve nessa situação de ter que processar um antigo empregador por não pagar o que devia, na época eu era criança e lembro do impacto financeiro que o não pagamento dessas obrigações causou na nossa família.

De outro lado, eu recentemente recebi um "golpe" de uma empresa de turismo e também estou tentando reaver o meu dinheiro pago.

Novamente, voce não tem absolutamente nenhuma culpa disso, mas acredito que você concorde que os lesados também não tem correto?

Eu acho que no seu lugar eu tentaria pagar o que deve ser pago porque não existe nada melhor do que dormir a noite com a consciência tranquila.

Inclusive tenho um amigo que passou por uma situação similar a sua mas com o sócio dele e quando conversamos sobre o assunto, ele sempre me fala que apesar de todo o trabalho e dificuldade que foi, ele não se arrepende nem um minuto de ter pago as dívidas e resolvido a situação toda 

Obviamente que se a dívida for impagável, não há o que ser feito, mas tendo a possibilidade eu acho que eu tentaria pagar.

Enfase no acho, porque não estou no seu lugar e não passei por essa situação.

Enfim, só me resta desejar toda a sorte do mundo e força pra você amigo :)

[Anônimo]

1 hour ago, Júlio Bernardes disse:

Situação complicada essa.

Sei que a pergunta não foi pra mim, mas vou te dar o ponto de vista de quem ja esteve e atualmente está do outro lado.

Primeiramente, a culpa por motivos obvios NÃO é sua, voce tinha apenas 17 anos quando o seu pai acabou causando todo esse problema para você, porém você mencionou que existem aí dividas de processos trabalhistas correto?

Imagino que se a empresa do seu pai perdeu, são processos que realmente a empresa deveria pagar.

Meu pai ja esteve nessa situação de ter que processar um antigo empregador por não pagar o que devia, na época eu era criança e lembro do impacto financeiro que o não pagamento dessas obrigações causou na nossa família.

De outro lado, eu recentemente recebi um "golpe" de uma empresa de turismo e também estou tentando reaver o meu dinheiro pago.

Novamente, voce não tem absolutamente nenhuma culpa disso, mas acredito que você concorde que os lesados também não tem correto?

Eu acho que no seu lugar eu tentaria pagar o que deve ser pago porque não existe nada melhor do que dormir a noite com a consciência tranquila.

Inclusive tenho um amigo que passou por uma situação similar a sua mas com o sócio dele e quando conversamos sobre o assunto, ele sempre me fala que apesar de todo o trabalho e dificuldade que foi, ele não se arrepende nem um minuto de ter pago as dívidas e resolvido a situação toda 

Obviamente que se a dívida for impagável, não há o que ser feito, mas tendo a possibilidade eu acho que eu tentaria pagar.

Enfase no acho, porque não estou no seu lugar e não passei por essa situação.

Enfim, só me resta desejar toda a sorte do mundo e força pra você amigo :)

 

O custo emocional e psicológico dessas dívidas durante todo esse tempo tem sido tão alto, que meu objetivo sempre foi resolver essa situação.

Apesar do golpe, um processo pelo menos foi realmente pago pelo antigo advogado.

Já o atual, por mais que eu diga não quer dar andamento. 

Como no momento não tenho como quitar tudo de vez, minha dúvida é como resolver isso da melhor forma sem ficar refém para o resto da vida. Como estou agora inclusive, com minha conta bloqueada e sem poder ter nada no meu nome.

Agradeço demais pelo apoio, toda e qualquer palavra nesse momento é muito bem-vinda.

 

 

 

[Edison Luis Paulini]

18 horas atrás, Convidado Anônimo disse:

Aos 17 anos meu pai me emancipou para usar meu nome na empresa da família, como ele sempre foi uma pessoa desorganizada financeiramente e nos negócios, logo acabei com dívidas trabalhistas, da união e etc.

Pouco tempo depois, o negócio da família com mais de 30 anos foi a falência. 

O negócio era a única renda da família e ele nunca construiu nenhum patrimônio. Nem 1 real investido, casa própria, nada.

Logicamente, tudo recaiu sobre mim.

Após longos e duros anos, consegui finalmente retomar minha vida com meu próprio negócio. Com as coisas encaminhando, reencontrei um amigo advogado e o contratei para tentar resolver essa situação das dívidas que até hoje correm em meu nome.

Paguei algumas defesas, alguns acordos e uma assessoria para acompanhar o andamento dos processos. 

Imaginei que as coisas aos poucos estavam se resolvendo, até recentemente, quando recebi uma notificação do banco que minha conta corrente estava bloqueada.

O banco informou o número do processo e com isso descobri que era referente a um acordo trabalhista já pago. Sim, eu fui roubada pelo meu próprio advogado (e obviamente agora, ex-amigo).

Recorri a outro advogado, o dinheiro foi devolvido, porém continuo com minha conta bloqueada.

Meu atual advogado não quer que eu pague os processos trabalhistas, porque segundo ele, se resolverão com o tempo.

Porém enquanto isso, o tempo da minha própria vida corre. Eu voltei a sacar dinheiro como em 1987 e estou usando a conta de outra pessoa. Não posso investir, nem ter nenhum patrimônio em meu nome.

Não quero acabar como meu pai, sem nada construído, sem segurança financeira, me escondendo. Eu não sou essa pessoa.

Eu não sei se mudo de advogado e continuo tentando pagar essas dividas que parecem uma assombração. Se mantenho por enquanto na conta de outra pessoa até chegar próximo de 100k para abrir uma holding (nem sei direito como funciona).

Realmente preciso da orientação de pessoas confiáveis. 

Raul, me ajuda.

 

 

Boa tarde, anônima!

Teria uma ideia do quanto seria essa dívida toda que ficou acumulada em seu nome?

Ainda existem formas de se fazer mais acordos ao invés de pagar os processos integralmente?

Dado a renda que você que não sabemos qual é, essa dívida está impagável ou há condições de sanar o problema mas mesmo que leve tempo?

[Anônimo]

46 minutes ago, Edison Luis Paulini disse:

Boa tarde, anônima!

Teria uma ideia do quanto seria essa dívida toda que ficou acumulada em seu nome?

Ainda existem formas de se fazer mais acordos ao invés de pagar os processos integralmente?

Dado a renda que você que não sabemos qual é, essa dívida está impagável ou há condições de sanar o problema mas mesmo que leve tempo?

Estou com dificuldade até de saber o valor real. O advogado anterior era golpista e o atual não quer mexer nisso.

Mas pelo que entendi, dos trabalhistas ficaria algo em torno de 200k. Existem outras dívidas em impostos, entre outras coisas que não tenho o parecer.

Acredito o acordo seja possível, mas depende totalmente da outra parte aceitar ou não. Esse único processo que foi pago não aceitaram.

Hoje meu pró-labore é de 10k, já me disseram muito e um dia já pareceu impagável, hoje não acredito nisso. Só não sei qual a melhor forma de resolver sem ficar refém dessa situação.

[Anônimo]

Estou com 25k em outra conta, estou pensando em juntar mais até meados de Novembro para quitar o processo que pediu bloqueio e caso tenha outro iminente.

O resto é rezar e pagar conforme for surgindo. O ruim é que sempre vou ficar suscetível a dar um passo pra frente e dois pra trás.

É uma boa estratégia ou existe outro caminho melhor?

[Edison Luis Paulini]

15 minutes ago, Convidado Anônimo disse:

Estou com 25k em outra conta, estou pensando em juntar mais até meados de Novembro para quitar o processo que pediu bloqueio e caso tenha outro iminente.

O resto é rezar e pagar conforme for surgindo. O ruim é que sempre vou ficar suscetível a dar um passo pra frente e dois pra trás.

É uma boa estratégia ou existe outro caminho melhor?

Dando uma humilde opinião, eu acho válido este empenho para pagamento destas dívidas mesmo que ainda levem tempo. Afinal, se não é uma dívida impagável, ainda há caminho para você.

Vamos ver o que outros amigos aqui na comunidade podem comentar sobre.

 

Além disso, sei que preferiu o anonimato aqui, mas talvez valha a pena pensar caso seja uma aluna da AUVP e ainda tenha acesso as lives em conversar com o Raul para pedir uma opinião dele também.

[Lucas Oliveira]

Anônimo, se estiver disposto, é possível resolver. 
É algo que demanda tempo e dinheiro, mas é possível ir equacionando tudo de acordo com as suas possibilidades. Pode ser que, em alguns desses casos, tenha ocorrido prescrição intercorrente, sendo possível extinguir o processo sem o pagamento do débito.

O complicado é que a bola de neve dos investimentos também é uma bola de neve nos processos, com correções monetárias, juros de mora e multas.

Sou advogado, se estiver disposto a quitar tudo, posso te ajudar, levantando a situação e negociando acordos.

Editado 7 de Maio por Lucas Oliveira

[Anônimo]

On 07/05/2024 at 15:04, Lucas Oliveira disse:

Anônimo, se estiver disposto, é possível resolver. 
É algo que demanda tempo e dinheiro, mas é possível ir equacionando tudo de acordo com as suas possibilidades. Pode ser que, em alguns desses casos, tenha ocorrido prescrição intercorrente, sendo possível extinguir o processo sem o pagamento do débito.

O complicado é que a bola de neve dos investimentos também é uma bola de neve nos processos, com correções monetárias, juros de mora e multas.

Sou advogado, se estiver disposto a quitar tudo, posso te ajudar, levantando a situação e negociando acordos.

Obrigada Lucas!!

Vou te mandar uma mensagem para conversarmos melhor sim

[Heloisa Fernandes De Souza]

Cara, nao sou advogada e nao tenho conhecimento nessa area. Mas aconteceu exatamente isso com minha irmã há 25 anos atras e o processo ainda está correndo, vejo o quanto isso impacta na vida dela e ainda nao termina. Se vc tiver como pagar isso, aconselho a pagar pois, a divida que esta correndo no nome dela é impagável e os nunca prescreve pois as pessoas seguem abrindo o processo novamente.