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Dúvida - Marcação a mercado


Thiago Pinho

Pergunta

Bom dia gente, tudo bem?

Eu entendi a lógica de marcação a mercado, basicamente você tem uma taxa Y e um período X pré determinada, a variação do valor presente se dá por jogar a valor futuro até o período X pela taxa Y e trazer a valor presente pela taxa Z (onde Z é a taxa atual dia a dia). Se Z > Y o VP é menor se Z<Y o VP é maior. certo?
Meu ponto é, como essa taxa é diária se a oferta do titulo é feito pelo governo, e segue a SELIC determinado pelo COPOM, todo dia tem taxas diferentes ofertadas pelo titulo ? Ou é um mercado de recompra de títulos?

Aproveitando o espaço também queria saber de vocês como seria uma diversificação ideal entre os títulos de renda fixa? EX:
Tesoura pós fixado: 20%
Tesouro pré fixado: 20%
CDBs, LCis e LCas: 20%
CRI e Cras: 20%
Debuntures: 20%

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8 respostas para essa pergunta

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Oi @Thiago Pinho,

Pessoalmente, eu acho o risco de investir em CRIs, CRAs e Debêntures muito alto e não sei como avaliar tais investimentos com exatidão.  As debêntures eu não gosto mesmo - vide Americanas, para citar apenas um exemplo recente.

Quanto aos CRIs, invisto neles indiretamente através de Fundos Imobiliários e se quisesse me aventurar nos CRAs, seria através dos FIAGROS, apesar de eu achar que é uma classe de ativos muito nova e que, no momento, eu prefiro ficar de fora.

Quanto à diversificação em RF, eu faço de duas formas.  Pre-Fixado/Pós-Fixado e Prazo de Vencimento.  Nunca gostei da ideia da minha grana ficar presa por muito tempo (até em função da minha idade) e eu monto uma "escada" de RF.  Por exemplo, supondo que eu tenha 3 mil para investir; aplico mil para vencer em 1 ano, mais mil em 2 anos e mais mil em 3 anos (aí eu já analiso pré ou pós-fixado conforme a expectativa de inflação futura).  Normalmente os prazos mais longos pagam uma taxa maior, e daqui a 1 ano, quando vencer a primeira aplicação, eu a reinvisto (incluindo os rendimentos) em 3 anos e vou fazendo isso sucessivamente.  Dessa forma, eu sempre tenho 1/3 da grana ficando disponível em 1 ano e vou conseguindo taxas melhores ao longo do tempo.  Depois que o "pipeline" se formar, estou sempre contratando prazos de 3 anos (ou mais), mas tendo sempre um resgate caindo no máximo em 1 ano.

Quanto a CDBs, LCIs e LCAs, o que vai mandar é a maior taxa líquida, lembrando que sobre os rendimentos dos CDBs incide IRRF, coisa que não acontece nas LCIs e LCAs.  Observe também para operar dentro do valor teto de garantia do FGC e se você já tiver ultrapassado a garantia, melhor optar por títulos de Bancões que costumam pagar menos, mas também são menos arriscados.

Se for de Tesouro Pre ou Pós, certifique-se que não vai precisar da grana antes do vencimento para evitar sofrer com a marcação a mercado negativa, caso precise resgatar antecipado.

Tudo isso estamos falando em investimentos de longo prazo; se tiver a chance de precisar da grana antes do vencimento, melhor ir de Tesouro Selic ou CDB/LCI/LCA que tenham disponibilidade imediata (as LCIs e LCAs tem prazo mínimo de 90 dias, mas tem vários títulos disponíveis para resgate APÓS 90 dias ou 180 dias, mas com prazo de vencimento de até 3 anos).

Espero ter conseguido me explicar de forma clara e que isso lhe ajude!

Boa sorte com seus investimentos!!

  • Brabo 2
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12 horas atrás, Thiago Pinho disse:

Bom dia gente, tudo bem?

Eu entendi a lógica de marcação a mercado, basicamente você tem uma taxa Y e um período X pré determinada, a variação do valor presente se dá por jogar a valor futuro até o período X pela taxa Y e trazer a valor presente pela taxa Z (onde Z é a taxa atual dia a dia). Se Z > Y o VP é menor se Z<Y o VP é maior. certo?
Meu ponto é, como essa taxa é diária se a oferta do titulo é feito pelo governo, e segue a SELIC determinado pelo COPOM, todo dia tem taxas diferentes ofertadas pelo titulo ? Ou é um mercado de recompra de títulos?

Aproveitando o espaço também queria saber de vocês como seria uma diversificação ideal entre os títulos de renda fixa? EX:
Tesoura pós fixado: 20%
Tesouro pré fixado: 20%
CDBs, LCis e LCas: 20%
CRI e Cras: 20%
Debuntures: 20%

Boa noite, Thiago!

Apenas complementando a resposta do William, vim explicar sobre o Tesouro Direto.

As taxas variam diariamente de acordo com o que é praticado no mercado, a Selic é apenas um norte. E você consegue fazer o resgate antecipado pois o próprio Tesouro se compromete com a recompra dos títulos.

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11 horas atrás, Matheus Malheiros Pinto disse:

Boa noite, Thiago!

Apenas complementando a resposta do William, vim explicar sobre o Tesouro Direto.

As taxas variam diariamente de acordo com o que é praticado no mercado, a Selic é apenas um norte. E você consegue fazer o resgate antecipado pois o próprio Tesouro se compromete com a recompra dos títulos.

Oi @Matheus Malheiros Pinto. Mas esse valor ele é reajustado diretamente pelo tesouro, não reflete um valor de oferta e procura como no mercado de ações?

Se este raciocínio estiver correto, em nenhuma ocasião, um título prefixado irá entregar 100% do rendimento antes da data de vencimento, somente poderá adiantar parte dele em relação ao que foi contratado no início?

É isso mesmo?

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5 minutes ago, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Oi @Matheus Malheiros Pinto. Mas esse valor ele é reajustado diretamente pelo tesouro, não reflete um valor de oferta e procura como no mercado de ações?

Se este raciocínio estiver correto, em nenhuma ocasião, um título prefixado irá entregar 100% do rendimento antes da data de vencimento, somente poderá adiantar parte dele em relação ao que foi contratado no início?

É isso mesmo?

@Adriano Luiz Odahara Umemura a variação no preço do Tesouro Prefixado e IPCA+ se dá pela expectativa do Mercado e vai oscilando diariamente, inclusive a expectativa da Selic e do IPCA futuros. 

PS: para mim ainda é algo nebuloso e acho que não vou compreender o real funcionamento dessa variação de preço. Aparentemente funciona kkkkk

Já o Tesouro Selic ele varia quando há alteração da Selic nas reuniões do COPOM, isso se eles mudarem a taxa. O que varia é o ágio ou deságio dado diariamente, mas que normalmente é um percentual bem baixo.

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32 minutes ago, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Oi @Matheus Malheiros Pinto. Mas esse valor ele é reajustado diretamente pelo tesouro, não reflete um valor de oferta e procura como no mercado de ações?

Se este raciocínio estiver correto, em nenhuma ocasião, um título prefixado irá entregar 100% do rendimento antes da data de vencimento, somente poderá adiantar parte dele em relação ao que foi contratado no início?

É isso mesmo?

Que nem o @Flavio Prado disse, essa variação é nebulosa hahaha, mas ela é influenciada por expectativas futuras e pela Selic. E claro, nenhum título entregará 100% antes do vencimento - a rentabilidade precisaria cair para 0.

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9 minutes ago, Flavio Prado disse:

@Adriano Luiz Odahara Umemura a variação no preço do Tesouro Prefixado e IPCA+ se dá pela expectativa do Mercado e vai oscilando diariamente, inclusive a expectativa da Selic e do IPCA futuros. 

PS: para mim ainda é algo nebuloso e acho que não vou compreender o real funcionamento dessa variação de preço. Aparentemente funciona kkkkk

Já o Tesouro Selic ele varia quando há alteração da Selic nas reuniões do COPOM, isso se eles mudarem a taxa. O que varia é o ágio ou deságio dado diariamente, mas que normalmente é um percentual bem baixo.

Mas @Flavio Prado, tomando o exemplo dos prefixados. Essa correção vai levar sempre em conta o fato do título ter que terminar o período com o valor de 1000,00. Sendo assim ele nunca irá ter o valor da entrega antecipada de 100% , pq neste caso a taxa oferecida no momento seria 0. Este raciocínio está correto?

E caso esteja, qual seria uma rentabilidade em relação ao tempo que falta que compensaria realizar uma saída?

Lembrando que estou falando dos prefixados, que acredito ser o mais simples para avaliar desta forma.

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3 minutes ago, Matheus Malheiros Pinto disse:

Que nem o @Flavio Prado disse, essa variação é nebulosa hahaha, mas ela é influenciada por expectativas futuras e pela Selic. E claro, nenhum título entregará 100% antes do vencimento - a rentabilidade precisaria cair para 0.

Isso mesmo. Sendo assim, em um título prefixado, qual seria para você, uma boa relação de antecipação x tempo que indicaria uma boa saída. Isso, na sua opinião.

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8 horas atrás, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Mas @Flavio Prado, tomando o exemplo dos prefixados. Essa correção vai levar sempre em conta o fato do título ter que terminar o período com o valor de 1000,00. Sendo assim ele nunca irá ter o valor da entrega antecipada de 100% , pq neste caso a taxa oferecida no momento seria 0. Este raciocínio está correto?

E caso esteja, qual seria uma rentabilidade em relação ao tempo que falta que compensaria realizar uma saída?

Lembrando que estou falando dos prefixados, que acredito ser o mais simples para avaliar desta forma.

@Adriano Luiz Odahara Umemura o raciocínio está correto. Se o título está sendo negociado a R$1.000 no mercado, a taxa de rentabilidade precisa ser zero, ou seja, é uma hipótese que não se concretiza.

Com relação a "quanto da rentabilidade entregue versos o tempo que falta a vencer" é um assunto complexo, é muito individual e também vai muito da expectativa futura e das oportunidades presentes.

Talvez eu analise que seja um bom momento de ganhar na marcação a mercado, no entanto a bolsa está cara, e a renda fixa não está com oportunidades que valham a pena vender o Tesouro Direto. Ou então eu acho que ainda há espaço para ganhar mais esperando mais. Pode dar certo ou pode diminuir o ganho.

Eu ainda não pensei no assunto, mas acho que se tiver entregue uns 80% da rentabilidade, esteja ok.

Sim, o prefixado é bem mais facilde analisar, pois é a taxa contratada e pronto rsrsrsr

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