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Você ainda é você?


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Convidado Claudio Teixeira

Como disse o Fabiano Gomes, "...estamos sempre em constante evolução...", e essa evolução não nos permite que Você ainda é você, pois com a evolução adquirimos conhecimento e o conhecimento nos faz refletir e refletir nos ajuda na tomada de decisão e com esse auxilio nem sempre vamos optar por nosso desejo e sim pela melhor situação futura. 

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Convidado Claudia

Reflexão interessante... vamos pensar juntos! Se , ao longo dos tempos, todas as peças do Balde fossem substituídas... ainda seria o Balde , pois um navio serve para transportar ... se ele transporta; continua cumprindo o seu papel. Se o remontássemos com as peças estragadas, não seria mais o mesmo, pois não transportaria mais... Se implantasse um braço em mim; ainda seria eu . Mas se meu cérebro fosse colocado em uma máquina... a máquina passaria a ser eu! Ou eu passaria a ser uma máquina? kkkkk

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7 horas atrás, Raul Sena disse:

Imagine um navio chamado Balde, ao longo de sua vida útil, várias peças são trocadas, afinal, elas vão estragando, uma ripa de madeira aqui, uma vela acolá, chegando a um momento onde todas as peças originais foram substituídas.

Esse navio ainda é o mesmo? Sim?

E se pegarmos todas as peças removidas e remontarmos ele? Qual dos dois é o verdadeiro Balde?

Dessa maneira, sabendo que as suas ideias foram trocadas ano após ano, assim como as suas células, você ainda é você mesmo?

Para terminar de bugar, se você perde um braço e implanta outro, você ainda é você?

E se transferirmos o seu cérebro para uma máquina, ela agora é você? E se nesse processo você permaneceu vivo? Qual desses é você?

Uma discussão interessante, meus amigos alegam que aceitariam transferir seus cérebros para uma máquina em busca da imortalidade, eu tenho certeza que nesse ponto eles já teriam morrido 😅

Puxando esse gancho, vc já assistiu a série Altered Carbon?
É uma série muito boa que todos os seres humanos possuem um cartucho onde são armazenadas as memórias, e esses cartuchos podem ser colocados em qualquer "capa"(que é o corpo humano criado em laboratório e melhorado), esses questionamentos que vc levantou e fiquei com eles durante a série inteira hahahah. Sério a série é muito boa, muito bem produzida.

Mas Respondendo essa pergunta que vc fez "Dessa maneira, sabendo que as suas ideias foram trocadas ano após ano, assim como as suas células, você ainda é você mesmo?"

Sim creio que ainda sou eu mesmo, enquanto humanos temos a capacidade de aprender, evoluir e adaptar, então sim continuamos sendo uma versão melhorada do nosso próprio "eu".

"E se transferirmos o seu cérebro para uma máquina, ela agora é você? E se nesse processo você permaneceu vivo? Qual desses é você?"
Ai já acho que não, o EU sempre vai ser o que tá vivo em carne e osso, já a maquina, basicamente ela continua existindo com base nas suas lembranças e conceitos.

Eu não quero viver pra sempre nem a pau kkkkkkkk

 

  • Triste demais irmão 1
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Me veio a mente, Shakespeare, onde Hamlet está entrando em cena quando começa um monólogo. A frase de abertura do monólogo é "Ser ou não ser, eis a questão". Por mais que a pergunta pareça complexa, na verdade, é muito simples.

Ser ou não ser é exatamente isso: existir ou não existir e, em última instância, viver ou morrer.

Independente do que possamos substituir neste conjunto complexo que chamamos de "Ser Humano", nos sempre seremos os mesmos! Interessante que podemos transplantar um coracao, porem o cerebro nao ha relatos de sucesso nesta cirurgia, sendo assim, podemos mudar algumas coisas mas sempre seremos "O eu que cada um nasceu para ser!"

"Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
E nós somos os mesmos e vivemos como os nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam, não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem"

Parte da letra da Musica: Como Nossos Pais - Elis Regina

Sucesso

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8 horas atrás, Raul Sena disse:

E se transferirmos o seu cérebro para uma máquina, ela agora é você? E se nesse processo você permaneceu vivo? Qual desses é você?

Complexo, quero acreditar que para esta pergunta, a cópia seria teria uma parte minha (memorias) que vai seguir uma evolução (ou não) com outras experiencias novas, a qual não estarão mais em mim, e seu permaneci vivo (esta palavra faz toda diferença), então serei eu com minhas experiências/memorias passadas e as que colecionarei daqui a diante (com umas taboas velhas e novas)...ai serei eu com certeza, ao menos o que evoluiu do meu eu

Mas eu aceitaria aperfeiçoar umas juntas, joelhos e ombros com ctz.. já me transferir para uma máquina acredito que não

 

mas ai fiquei na duvida agora o paradoxo do Navio de Teseu é mais complexo que a pergunta da @Elisandra Roberta Ferezini Spolidorio (o Pinto vem da gema ou da clara?)

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4 horas atrás, Maíra Dallapria disse:

Concordo! Faz parte da vida a gente se ajustar, tapar o buracos, se aprimorar, trocar as velas. Não deixamos de ser nós mesmos enquanto evoluímos.

Talvez deixamos de ser nos mesmos quando deixamos de ser o "Capitão" da nossa jornada e permitimos que algum marujinho fajuto tome algumas decisões. HAHA 😂

 

 

 

A parte do "marujinho fajuto" foi a melhor da reflexão  😂😂

Mais um ponto que nos faz pensar!

Editado por Edison Luis Paulini
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9 horas atrás, Raul Sena disse:

Imagine um navio chamado Balde, ao longo de sua vida útil, várias peças são trocadas, afinal, elas vão estragando, uma ripa de madeira aqui, uma vela acolá, chegando a um momento onde todas as peças originais foram substituídas.

Esse navio ainda é o mesmo? Sim?

E se pegarmos todas as peças removidas e remontarmos ele? Qual dos dois é o verdadeiro Balde?

Dessa maneira, sabendo que as suas ideias foram trocadas ano após ano, assim como as suas células, você ainda é você mesmo?

Para terminar de bugar, se você perde um braço e implanta outro, você ainda é você?

E se transferirmos o seu cérebro para uma máquina, ela agora é você? E se nesse processo você permaneceu vivo? Qual desses é você?

Uma discussão interessante, meus amigos alegam que aceitariam transferir seus cérebros para uma máquina em busca da imortalidade, eu tenho certeza que nesse ponto eles já teriam morrido 😅

No caso do navio ambos são verdadeiros.

Agora coloca meu celebro numa máquina, se eu tivesse dinheiro, tenho certeza, não faria não 😁

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Na Filosofia da Mente, existe um conceito de teoria do Zumbi Cognitivo.

Simplificando, uma coisa é o comprimento de onde da luz visível que é capaz de sensibilizar as células cuneiformes da retina. Temos 3 tipos de células, cada uma que percebe um comprimento de onda (azul, vermelho e verde). Essa percepção da retina é convertida para um sinal eletroquímico que é transmitido para várias regiões no cérebro, que irão dar o sentido dessa observação. Você teria a consciência da sua observação.

Essa breve explicação seria o que o filósofo Chalmers chamaria de Problema Fácil da Consciência, que seria uma explicação dos fenômenos neurocognitivos. Explicar como o cérebro funciona seria a parte "fácil".

Ocorre que para esse autor, existe um segundo nível de explicação que é o Problema Difícil da Consciência, que leva em consideração a Qualia. Qualia seria a experiência subjetiva dos sentidos. O que é a sua experiência subjetiva pessoal de observar a cor azul? Essa experiência é inexplicável.

Para Chalmers, podemos imaginar pessoas que possuem a consciência segundo o Problema Fácil, porém sem a Qualia. Isso seriam os Zombies Cognitivos. Eles, ou nós (aqui começa a loucura), tem o comportamento exatamente igual a uma pessoa normal, porém, sem consciência. Então, se podemos imaginar isso, a consciência seria dualista.

Isso quer dizer que, sim, o Barco é o mesmo, ou somos o mesmo, na clonagem.

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Meu cérebro numa máquina nunca será eu! Pq meu cérebro aliás, já é parte de uma máquina:  a máquina corpo humano, que o verdadeiro eu, minha consciência, habita.

Eu não sou o Balde, nem sou a Daniela. Eu ESTOU a Daniela durante um curtíssimo período de tempo de toda a minha existência, q é eterna.

Segue um trechinho de um texto q gosto mto e reflete o q eu acredito:

Não sou branco, negro, amarelo ou vermelho.

Sou um cidadão do universo, no momento, estagiando como Ser humano na escola terrestre.

Não sou homem ou mulher, nem alto ou baixo.

Sou uma consciência oriunda do plano extrafísico, uma centelha vital do Todo que está em tudo!”

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Um outro autor que é bem legal é o Daniel Dennett, filósofo americano, que tem a teoria da consciência como um "efeito colateral" do processamento das informações em nosso cérebro e corpo. Com isso, inclusive, ele explica os diferentes níveis de auto consciência que animais mostram ter. Isso seria o resultado do que ele chama Competência sem Compreensão.

Para Dennett, nosso cérebro é como uma Máquina de Turing. Essa máquina teria diferentes níveis de capacidade de computar informações e realizar tarefas, tanto as capacidades quanto as informações a serem computadas estão no mesmo sistema. Nesse aspecto, os computadores seriam semelhantes aos nossos cérebros. Por isso, teríamos a competência de realizar tarefas sem a necessidade de saber exatamente como realizar. Enquanto escrevo esse texto, sei que as informações estão armazenadas na minha memoria, só não faço a mínima ideia de como. Competência sem Compreensão.

Daí surge a pergunta, mas quem "programou" o nosso cérebro (e na verdade o sistema nervoso biológico de modo geral) para ser assim. Para explicar isso ele recorre a Teoria das Espécie por Seleção Natural de Darwin. Na Teoria da Seleção Natural, características geradas aleatoriamente são selecionadas por um ambiente que pode ser ou não favorável a reprodução de indivíduos. Assim, um sistema nervoso que pode processar informações do ambiente, seria mais vantajoso em um ambiente de competição de nicho ecológico. Em outras palavras, quando vive-se em um ambiente de presa e predador, ter um sistema nervoso que processa informação, é legal. Novamente, a formação do cérebro é resultado de um processo que gera competência sem a necessidade de compreensão.

Assim, Dennett é contrário a Chalmers, pois para o primeiro a consciência é como se fosse apenas a ponta de um iceberg vista da superfície da água. Existe todo um processamento inconsciente que não temos como conhecer. 

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On 11/07/2023 at 09:02, Raul Sena disse:

Imagine um navio chamado Balde, ao longo de sua vida útil, várias peças são trocadas, afinal, elas vão estragando, uma ripa de madeira aqui, uma vela acolá, chegando a um momento onde todas as peças originais foram substituídas.

Esse navio ainda é o mesmo? Sim?

E se pegarmos todas as peças removidas e remontarmos ele? Qual dos dois é o verdadeiro Balde?

Dessa maneira, sabendo que as suas ideias foram trocadas ano após ano, assim como as suas células, você ainda é você mesmo?

Para terminar de bugar, se você perde um braço e implanta outro, você ainda é você?

E se transferirmos o seu cérebro para uma máquina, ela agora é você? E se nesse processo você permaneceu vivo? Qual desses é você?

Uma discussão interessante, meus amigos alegam que aceitariam transferir seus cérebros para uma máquina em busca da imortalidade, eu tenho certeza que nesse ponto eles já teriam morrido 😅

Pra mim é o que nos define é a nossa consciência, caso fosse substituídas todas as partes seja por orgânica ou robótica, e a consciência se mantivesse a mesma. Acredito fielmente que continuaria ser "eu". Aos meus 38 anos vejo que a maturidade muda muito as vontades e desejos, e com isso longe de ter uma sabedoria, acredito que vamos chegando a algum momento que a alma queira descansar e essa consciência deixe de existir. Ao futuro que acreditamos elevar nosso tempo de vida, mas que seja um tempo de vida com qualidade para quando chegar a hora descansar em paz e orgulho do legado que foi deixado.

Mês passado estive nesse lugar espetacular, em Lauterbrunnen na Suíça. Para mim um dos lugares mais bonitos que consegui ver ao olho nú. Sentei num banco do local que bati a foto e como pode observar. Uma das cenas mais bonitas (para mim que gosto de natureza) ,uma bela cachoeira descendo de um penhasco, e logo a frente um pequeno cemitério incrivelmente bem cuidado e caprichoso, com lápides simples porem dava para sentir o carinho das pessoas que ali enterraram seus entes queridos. Pra mim essa cena mostra a VIDA, que tem um começo e um fim.
Por isso acredito que um momento a Alma/Consciência deixe esse plano. 

     image.jpeg.7dbc64db650cee66a38cbfba74958137.jpeg

Lauterbrunnen .HEIC

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28 minutes ago, Renan Costa disse:

Pra mim é o que nos define é a nossa consciência, caso fosse substituídas todas as partes seja por orgânica ou robótica, e a consciência se mantivesse a mesma. Acredito fielmente que continuaria ser "eu". Aos meus 38 anos vejo que a maturidade muda muito as vontades e desejos, e com isso longe de ter uma sabedoria, acredito que vamos chegando a algum momento que a alma queira descansar e essa consciência deixe de existir. Ao futuro que acreditamos elevar nosso tempo de vida, mas que seja um tempo de vida com qualidade para quando chegar a hora descansar em paz e orgulho do legado que foi deixado.

Mês passado estive nesse lugar espetacular, em Lauterbrunnen na Suíça. Para mim um dos lugares mais bonitos que consegui ver ao olho nú. Sentei num banco do local que bati a foto e como pode observar. Uma das cenas mais bonitas (para mim que gosto de natureza) ,uma bela cachoeira descendo de um penhasco, e logo a frente um pequeno cemitério incrivelmente bem cuidado e caprichoso, com lápides simples porem dava para sentir o carinho das pessoas que ali enterraram seus entes queridos. Pra mim essa cena mostra a VIDA, que tem um começo e um fim.
Por isso acredito que um momento a Alma/Consciência deixe esse plano. 

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Lauterbrunnen .HEIC 2 MB · 0 downloads

Que lugar lindo!

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E tem um aspecto muito atual nessa discussão que é a da Inteligência Artificial Geral - IAG. Uma Inteligência Artificial geralmente é direcionada para um problema. A Alpha Go, joga Go, não xadrez. O ChatGPT responde perguntas mas não dirige carros autônomos. E assim por diante.

Já a  Inteligência Artificial Geral - IAG seria uma máquina que poderia fazer muitas dessas tarefas e muito outras. O próximo nível de complexidade seria um IAG de nível humano. Nós somos os animais mais versáteis até o que se sabe. Podemos usar a nossa inteligência para resolver problemas gerais em uma infinidade de cenários. 

Aí entra a questão. Se a consciência for o resultado do processamento das informações, uma IAG de nível humano, é consciente?  Se sim, estamos falando se uma revolução ética. Se não, como ter certeza?

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2 horas atrás, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Aí entra a questão. Se a consciência for o resultado do processamento das informações, uma IAG de nível humano, é consciente?  Se sim, estamos falando se uma revolução ética. Se não, como ter certeza?

Já a premissa, não parece válida, ou um pouco forçada para levar a um sofisma.

A consciência não é um resultado, é a origem onde vai realizar o processamento, o processamento de informações já é feito sem necessidade de IA, ou consciência.

Mas concordo que se a IA chegar a um nível de decisão, próxima do consciente já teríamos algum perigo o que levaria a uma discussão ética, por isso que teve um acordo para parar um pouco com os testes de IA sem uma padronização das validações. Para não chegar a um ponto de usar qualquer IA e achar que só por ser IA não pode errar.

 

Dois exemplos de sofisma:

Deus é amor.

O amor é cego.

Steve Wonder é cego.

Logo, Steve Wonder é Deus.

 

Disseram-me que eu sou ninguém.

Ninguém é perfeito.

Logo, eu sou perfeito.

Mas só Deus é perfeito.

Portanto, eu sou Deus.

Se Steve Wonder é Deus, eu sou Steve Wonder.

Meu Deus, eu sou cego!

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