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Valores de investimentos


Pergunta

Olá pessoal! 

É a primeira vez que posto aqui, ainda não concluí todo o curso, passei para o módulo 4 agora mas fiquei com uma questão sobre os investimentos de Renda Fixa e queria saber se vocês podem compartilhar como fazem seus investimentos.

Na hora de escolher os CDBs e títulos de renda fixa (tesouro, LCI, LCA..), vocês esperam sempre para ter um bom ou no dia que escolhem para investir se "sujeitam" aqueles CDBs?

E quando não tem nenhum muito bom, vocês deixam o dinheiro na corretora que foi destinado para renda fixa ali até aparecer ou investem em outro tipo de aplicação?

Eu sou nova neste mundo e peço desculpas se tiver sido uma pergunta muito amadora, mas é exatamente isso que sou haha.

Obrigada pela paciência e pelas respostas! 

  • Brabo 2
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9 respostas para essa pergunta

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Olá Adriano!
Obrigada pela explicação.

Sim eu vou começar hoje o módulo 4 então vai ser mais esclarecedor. E fiquei também com uma questão que provavelmente é boba mas eu sou bem leiga ainda e realmente estou tentando montar o quebra-cabeças na minha mente.

Essa questão do contrafluxo, por exemplo, na aula o Raul mostrou que a selic na altura era de 2%a.a.  Se ele comprou esse título (provavelmente mais barato doq está hoje), com vencimento em 2027, hoje ele teria seu dinheiro rendendo o valor que a selic está hoje, no caso 10,75% a.a. Certo?

O mesmo vale para todos os investimentos indexados à taxas tipo selic (IPCA etc..) 

Obrigada desde já! 

  • Brabo 3
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15 minutes ago, Edison Luis Paulini disse:

Bom dia, Greice!

Podemos resumir o contrafluxo em travar uma boa taxa de um indexador que aparentemente não seja bom naquele momento em que compramos mas que poderemos no beneficiar dele no futuro.

Esmiuçando um pouco mais o exemplo que você mesma citou sobre a Selic quando estava na casa dos 2%a.a.

2% é uma rentabilidade muito baixa. Consequentemente há pouca procura por títulos indexados ao CDI que praticamente anda junto com a Selic (via de regra consideramos o CDI 0,10% menor que a Selic).

Para se tentar atrair investidores para estes títulos, os emissores procuram oferecer taxas melhores. Por exemplo, vamos imaginar pagar 150% do CDI. Tentam fazer brilhar os olhos dos investidores ai no percentual mas na prática, teríamos uma rentabilidade ainda pequena:

Em 2% de Selic o CDI é igual a 1,9%. 150% desta rentabilidade seria de 2,85%.  (150% x 1,9%).

Porém vamos nos lembrar que o mercado vive de ciclos. Em um dado momento a Selic tenderá a aumentar. Uma Selic baixa impacta no possível aumento da inflação (IPCA) e uma inflação alta não é bom para uma economia. E uma for de controlar a inflação é aumenta a nossa taxa básica de juros que é a Selic. 

Agora vamos imaginar que compramos como mencionado antes o tal 150% do CDI com um vencimento deste título para daqui a 4 anos. 2 anos depois da compra deste título, vamos imaginar que a Selic subiu para 12%a.a.

Como nosso título de 150% do CDI vai se comportar agora?

CDI = 11,9% (12% da Selic - 0,10%)

De rentabilidade teríamos: 150% x 11,9% = 17,85%a.a.  (bela rentabilidade, não?!  😅 )

 

Veja então que o objetivo é ir onde ninguém está olhando para se travar um rentabilidade que poderemos nos beneficiar muito no futuro.

O mesmo vale ao IPCA.

Exemplo fictício:

IPCA hoje em 2%. Para atrair investidores, oferecem IPCA+ 7%. A soma seria uma rentabilidade de 9%. Mas se isso está sendo oferecido no momento em que a Selic está digamos a 12%, a Selic e o CDI serão mais procurados por estarem maiores e pagando mais que o IPCA.

Mas de novo voltamos aos ciclos. Uma hora com a inflação controlada, a Selic tende a baixar. Baixando, a consequência é tender com que o IPCA suba. Imaginemos que ele subiu para 8%. 

Se travamos nosso indexador como mencionado antes em + 7%, nossa rentabilidade é de 15%. Novamente uma boa rentabilidade ainda mais considerado que o mesmo está nos protegendo da inflação.

 

Espero que tenha ficado claro e ajudado no tema!

Muito obrigada! 

Resposta muito completa e 100% esclarecedora!!
Ajudou muito, com certeza.

Mas como um assunto puxa o outro, o que aconteceria no mesmo cenário, se fosse um titulo com taxa prefixada?

Por exemplo, usando a selic de hoje, comprando um titulo prefixado atrelado à selic com vencimento em 2027 ou 2029, a 11% a.a. A rentabilidade vai ficar sendo sempre essa, quer dizer, vendendo o título no vencimento ele vai sempre ficar com essa taxa fixa da data da compra?

Ou seja, minha dúvida é, agora que a selic vai provavelmente baixar mais, e a inflação vai subir consequentemente, seria interessante comprar títulos que estão atrelados a uma boa rentabilidade na inflação e uma boa rentabilidade prefixada no tesouro? 

Não sei se deixei clara minha dúvida, mas é +- nesse pensamento do contrafluxo.

  • Brabo 3
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1 minute ago, Greice Carvalho Brondani disse:

Muito obrigada! 

Resposta muito completa e 100% esclarecedora!!
Ajudou muito, com certeza.

Mas como um assunto puxa o outro, o que aconteceria no mesmo cenário, se fosse um titulo com taxa prefixada?

Por exemplo, usando a selic de hoje, comprando um titulo prefixado atrelado à selic com vencimento em 2027 ou 2029, a 11% a.a. A rentabilidade vai ficar sendo sempre essa, quer dizer, vendendo o título no vencimento ele vai sempre ficar com essa taxa fixa da data da compra?

Ou seja, minha dúvida é, agora que a selic vai provavelmente baixar mais, e a inflação vai subir consequentemente, seria interessante comprar títulos que estão atrelados a uma boa rentabilidade na inflação e uma boa rentabilidade prefixada no tesouro? 

Não sei se deixei clara minha dúvida, mas é +- nesse pensamento do contrafluxo.

Que bom que agregou!

 

Vamos lá então a sua próxima dúvida.

Primeiro de tudo, seu raciocínio está correto. Os títulos prefixados são os únicos os quais você saberá qual será o prêmio pago pois ele não sofrerá variação como os pós fixados que seriam os % do CDI e IPCA + pois sabemos que a Selic e a inflação estão constantemente variando.

Ou seja, a taxa contratada no prefixado é exatamente o que você disse: desde o início até o fim você receberá aquela taxa.

 

Você comentou algo correto que se tende a acontecer mesmo que é:  "agora que a selic vai provavelmente baixar mais, e a inflação vai subir consequentemente"

Vamos nos lembrar que isso não é imediato e as variações demoram para acontecer. Estamos falando de meses quiçá anos. Ou seja, a Selic tende a ir baixando ao decorrer dos meses e a inflação também demora meses para sentir a queda e começar a subir. 

Neste caso, você está correta em afirmar que é possível pegar alguma coisa indexada ao IPCA+. A questão é que já passou as melhores janelas para este indexador mas eventualmente conseguimos achar algum bom título.

Mas em um cenário de queda da Selic sabemos que ela baixa pelo IPCA estar baixo. Em dado momento perceba que ambos estariam baixos. A Selic vai baixando e ela pode ficar em patamares baixos junto da inflação até a inflação em si "sentir" a queda da Selic e ter espaço para subir.

Aqui entram os prefixados. Enquanto Selic e IPCA tendem a estar baixos, os prefixados podem estar tendo as melhores rentabilidades enquanto esperamos novos ciclos e nos beneficiar do IPCA ou da Selic.

 

Para complementar, segue o raciocínio abaixo:

- Taxa de juros baixa com expectativa de alta, títulos indexados a Selic e ao CDI;

- Taxa de juros alta com expectativa de baixa, títulos prefixados para travar uma rentabilidade superior ao que poderá ser oferecido futuramente;

- Inflação baixa com expectativa de alta, títulos indexados ao IPCA.

  • Brabo 3
  • Aí cê deu aula... 1
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