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Dolar pode "comer" rendimento?


Guilherme Ferreira Silveira

Pergunta

Estou montando aqui um senário e queria a opinião de vocês. Valores hipotéticos, e ignorando algumas taxas.

Digamos que transferimos para corretora nos EUA R$ 500,00 a R$ 5,00/US$. Ficamos com US$ 100,00 no dia zero da simulação.

Após 1 ano, tivemos um rendimento de 50% (quem dera kkkk), e portanto temos US$ 150,00.

No mesmo 1 ano, o Real teve uma valorização de 50%, e portanto a cotação atual é de R$ 2,50/US$.

Ainda, no mesmo período, tivemos IPCA de 5% aa.

 

Assim, se retornarmos os US$ 150,00 para o Brasil, receberíamos R$ 375,00 (US$ 150,00 x R$ 2,50).

Descontando os 5% aa de IPCA seria R$ 356,25 (R$ 375,00 - R$ 18,75).

Portanto, se meu raciocínio está correto, apesar de um rendimento excelente, temos um prejuízo de R$ 143,75.

 

Faz sentido?

Múltiplos aportes mensais poderiam resolver, ou minimizar isso?

 

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17 respostas para essa pergunta

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Bom dia. Sim, qdo vc decide investir no exterior vc tem q estar ciente de que estará exposto a 2 variáveis. A valorização ou desvalorização dos ativos e a oscilação da moeda. Contudo, historicamente o dólar mostrou-se uma moeda mais forte do que o Real, então este fator tem um peso significativo na decisão. As conversões periódicas da moeda reduzem a volatilidade da mesma já que vc pegará cotações diferentes ao longo do tempo.

Contudo o último fator. Quando vc investe no exterior, na minha opinião a prática é a mesma que vc realiza aqui. Vc compra ativos sem a intenção inicial de vendê-los. Vc estará comprando ativos que gerarão uma renda passiva em dólar e diversificarão o seu patrimônio em uma moeda historicamente mais forte.

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15 minutes ago, Adriano Luiz Odahara Umemura disse:

Bom dia. Sim, qdo vc decide investir no exterior vc tem q estar ciente de que estará exposto a 2 variáveis. A valorização ou desvalorização dos ativos e a oscilação da moeda. Contudo, historicamente o dólar mostrou-se uma moeda mais forte do que o Real, então este fator tem um peso significativo na decisão. As conversões periódicas da moeda reduzem a volatilidade da mesma já que vc pegará cotações diferentes ao longo do tempo.

Contudo o último fator. Quando vc investe no exterior, na minha opinião a prática é a mesma que vc realiza aqui. Vc compra ativos sem a intenção inicial de vendê-los. Vc estará comprando ativos que gerarão uma renda passiva em dólar e diversificarão o seu patrimônio em uma moeda historicamente mais forte.

Obrigado @Adriano Luiz Odahara Umemura. Então meu raciocínio está correto. Para minimizar as perdas, aportes constantes ajudam.

 

Quanto a questão da geração de renda passiva, apenas, sem a intenção de venda. O problema da corretagem comer a sua renda passiva é o mesmo. Na fase de acumulação de patrimônio não é problema, pois a renda passiva será reinvestida. Agora, quando for para usufruir dessa renda, o problema da corretagem seria o mesmo. O que acha?

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1 hour ago, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Estou montando aqui um senário e queria a opinião de vocês. Valores hipotéticos, e ignorando algumas taxas.

Digamos que transferimos para corretora nos EUA R$ 500,00 a R$ 5,00/US$. Ficamos com US$ 100,00 no dia zero da simulação.

Após 1 ano, tivemos um rendimento de 50% (quem dera kkkk), e portanto temos US$ 150,00.

No mesmo 1 ano, o Real teve uma valorização de 50%, e portanto a cotação atual é de R$ 2,50/US$.

Ainda, no mesmo período, tivemos IPCA de 5% aa.

 

Assim, se retornarmos os US$ 150,00 para o Brasil, receberíamos R$ 375,00 (US$ 150,00 x R$ 2,50).

Descontando os 5% aa de IPCA seria R$ 356,25 (R$ 375,00 - R$ 18,75).

Portanto, se meu raciocínio está correto, apesar de um rendimento excelente, temos um prejuízo de R$ 143,75.

 

Faz sentido?

Múltiplos aportes mensais poderiam resolver, ou minimizar isso?

 

Bom dia, Guilherme!

Só uma correção na sua conta, caso a valorização do Real seja de 50%, a cotação na realidade ficaria R$3,33. Para ficar R$2,50 seria uma valorização de 100%. Você deve dividir a cotação antiga pela por 1+valorização para encontrar o novo preço.

Refazendo as contas, você retornaria R$500 para o Brasil, que corrigidos pelo IPCA de 5% seriam R$476,19. Para atualizar o poder de compra você também precisa dividir por 1+inflação. Na conta que você fez, quando a inflação acumulasse 100% o dinheiro não valeria nada, mas na realidade "apenas" perdeu 50% do poder de compra. 

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43 minutes ago, Matheus Malheiros Pinto disse:

Bom dia, Guilherme!

Só uma correção na sua conta, caso a valorização do Real seja de 50%, a cotação na realidade ficaria R$3,33. Para ficar R$2,50 seria uma valorização de 100%. Você deve dividir a cotação antiga pela por 1+valorização para encontrar o novo preço.

Refazendo as contas, você retornaria R$500 para o Brasil, que corrigidos pelo IPCA de 5% seriam R$476,19. Para atualizar o poder de compra você também precisa dividir por 1+inflação. Na conta que você fez, quando a inflação acumulasse 100% o dinheiro não valeria nada, mas na realidade "apenas" perdeu 50% do poder de compra. 

Obrigado pelas correções @Matheus Malheiros Pinto. Teria como vc deixar o calculo mais explícito? Fiquei com essa dúvida.

Editado por Guilherme Ferreira Silveira
Faltou uma explicação da pergunta.
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Just now, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Obrigado pelas correções @Matheus Malheiros Pinto. Teria como vc deixar o calculo mais explícito? Fiquei com essa dúvida.

Com certeza!

Cotação = cotação antiga/1+valorização

No seu exemplo, o câmbio estava R$5 para 1 Dólar e ocorreu uma valorização de 50%. Agora é só trocar na fórmula:

Cotação = 5/1+0,5 = 3,33

Atualização do poder de compra = valor/1 + inflação acumulada no período

Usando o exemplo de R$500, com uma inflação acumulada de 5%, é só substituir na fórmula:

500/1+0,05 = 476,19

Ou seja, R$476,19 1 ano atrás comprariam a mesma coisa que R$500 hoje, no seu exemplo com IPCA de 5%.

 

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3 minutes ago, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Porque preciso dividir por 1+valorização e não apenas a valorização?

A valorização é em percentual. Se subir 50% você estaria dividindo por 0,5, é a mesma coisa que multiplicar por 2, caso a conta fosse feita dessa maneira uma valorização de 50% no real implicaria em um câmbio de R$10 para U$1.

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Perfeito. Obrigado @Matheus Malheiros Pinto e @Adriano Luiz Odahara Umemura.

 

No meu exemplo corrigido então, mesmo com um rendimento ótimo (50%) ao ano, a valorização do Real frente ao Dólar + IPCA, comeria praticamente tudo. 

Perco pouco.

Um outro problema do meu senário é pensar que o Real vai se valorizar em relação ao Dólar, quando as stocks estão me pagando um ótimo rendimento. Historicamente não é isso o que ocorre, certo?

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6 minutes ago, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Perfeito. Obrigado @Matheus Malheiros Pinto e @Adriano Luiz Odahara Umemura.

 

No meu exemplo corrigido então, mesmo com um rendimento ótimo (50%) ao ano, a valorização do Real frente ao Dólar + IPCA, comeria praticamente tudo. 

Perco pouco.

Um outro problema do meu senário é pensar que o Real vai se valorizar em relação ao Dólar, quando as stocks estão me pagando um ótimo rendimento. Historicamente não é isso o que ocorre, certo?

Exatamente, perderia para a valorização e IPCA. Só tem um problema, historicamente não é isso que acontece rs, o Dólar provavelmente só vai se valorizar mais com o tempo. O lastro de uma moeda fiduciária é a economia de um país, não tem como comparar nosso jovem Real com o centenário Dólar, moeda de reserva global.

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Apenas complementando: nestes casos o "dólar pode comer" quando comparamos ao real. Mas só efetivamente acontece se vc converter de volta.

Eu ainda não invisto no exterior, mas caso fosse fazer isso, no meu raciocínio aqui eu faria aquela máxima do "quem converte, não se diverte". Eu não consideraria meu patrimônio em X reais. Eu consideraria meu patrimônio em X reais e Y dólares. Sem ficar correlacionando.

Abs.

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12 minutes ago, Rai Nunes disse:

Apenas complementando: nestes casos o "dólar pode comer" quando comparamos ao real. Mas só efetivamente acontece se vc converter de volta.

Eu ainda não invisto no exterior, mas caso fosse fazer isso, no meu raciocínio aqui eu faria aquela máxima do "quem converte, não se diverte". Eu não consideraria meu patrimônio em X reais. Eu consideraria meu patrimônio em X reais e Y dólares. Sem ficar correlacionando.

Abs.

Concordo completamente por isso, o importante é deixar o patrimônio em moeda forte fora do país. Não faz sentido converter de volta!

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5 minutes ago, Matheus Malheiros Pinto disse:

Concordo completamente por isso, o importante é deixar o patrimônio em moeda forte fora do país. Não faz sentido converter de volta!

Isso mesmo, dei exemplo em dólares, mas poderia ser outra moeda ou até mais de uma moeda..

Patrimônio de X reais, Y dólares e Z euros.

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41 minutes ago, Rai Nunes disse:

Isso mesmo, dei exemplo em dólares, mas poderia ser outra moeda ou até mais de uma moeda..

Patrimônio de X reais, Y dólares e Z euros.

Entendo, mas isso funciona bem na fase de acumulação. Na fase de aposentadoria, eu ativos pagando passivos, isso complica.

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3 minutes ago, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Entendo, mas isso funciona bem na fase de acumulação. Na fase de aposentadoria, eu ativos pagando passivos, isso complica.

Eu me aposentando hoje eu nem teria mesmo moeda no exterior (para renda). Na minha cabeça só faz sentido como acumulação ou reserva. Mas aí já deve ser uma questão pessoal.

Editado por Rai Nunes
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On 15/06/2023 at 12:17, Guilherme Ferreira Silveira disse:

Entendo, mas isso funciona bem na fase de acumulação. Na fase de aposentadoria, eu ativos pagando passivos, isso complica.

A ideia de investir la fora é sair do risco Brasil, igual seguro de carro, você paga e torce para não usar, mas se precisar ta ali.

 

Na verdade, você não precisa trazer seu dinheiro de volta para o Brasil para gastar ele.

  • Se aposentando vai viajar e gastar esse dinheiro fora do Brasil, você não vai precisar levar seus reais para fora (pagar iof e etc.)
  • Pode usar cartoes ou contas internacionais para comprar produtos fora ou mesmo no Brasil, sem ter que pagar IOF (pelo dinheiro "voltar para o BR"). Igual como os turistas gastam seus dólares aqui.

 

  • Também a sua simulação é extrema, coloca a economia Brasileira muito melhor que a Americana, nesse caso realmente teria sido "uma furada" ter apostado na economia americana, mas ao mesmo tempo você colocou um grande rendimento do investimento, o que não seria compatível com uma economia decadente.
  • Entendi sua preocupação, porque realmente pagamos altas taxas para tirar o dinheiro e pagaríamos algumas taxas para traze-lo de volta, o que realmente "comeria" o rendimento, mas o dinheiro que esta fora não deveria voltar.
  • E finalmente, não aposte contra a economia americana

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Editado por Ricardo Ochoa
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