Estou me aprofundando nos estudos de ações, baseado na parte 3 da aula 6 do módulo 4 e peguei uma ação específica para estudo: a AES brasil (AESB3).
Como ela é uma ação de crescimento percebi alguns indicadores fora do padrão e estou tendo um pouco de dificuldades de relacionar/explicar eles fazendo o link com a empresa em si.
A empresa investe em energia renovável, hidroelétrica e está expandindo suas atividades para eólica e solar, em breve deve concluir 2 instalações solares (Cajuína e Tucano), que deve acrescentar em torno de 25% na capacidade energética total. Existem outros projetos que podem incrementar ainda mais 62% na capacidade instalada, mas ainda em fase pipeline.
Seguindo os passos da parte 3 da aula verifico que:
A empresa passa da fase inicial de análise, com bom volume negociado, oscilação OK, tem lucro, tem tag along.
Passando para os indicadores de eficiência: A empresa tem uma margem líquida pequena de 4,68% nos últimos 12 meses (em 2021 era de 18,69%!). A margem EBIT ao contrário cresceu de 10,75% em 2021 para 27,4% nos últimos 12 meses. Existe uma diferença muito grande entre o EBITDA e EBIT (1,3 bilhão x 769 milhões). Não consegui achar esta informação, mas como a não consigo pensar em uma depreciação grande neste tipo de negócio, só posso concluir que esta diferença se deve a amortização das dívidas.
Agora os indicadores de rentabilidade: ROE- 3,29% últimos 12 meses (em 2021 era de 16%). ROIC de 4,56% últimos 12 meses (em 2021 era de -3,38%). A receita cresceu de 2,51 bi em 2021 para 2,95 bi últimos 12 meses. Lucro reduziu de 516 mi em 2021 para 309 mi últimos 12 meses. CApex foi de 904 mi em 2021 e de 2,6 bilhoes em 2022.
Indicadores de preço: Bem cara na bolsa!!!. P/L=47,3 !! / P/VP=1,56 / PSR 2,21.
Tenho então algumas dúvidas!
1- Empresa endividada, 10 anos do EBIT!! Esta dívida gera distorções entre o EBIT e o EBITDA devido à amortização das dívidas é isso? Esse fator é a justificativa de lucros líquidos tão baixos na operação?
2- Inicialmente, os valores da dívida da empresa me assustaram bastante. Mais de 11 bilhões de dívidas!!. Dá uma razão de 2,64 em relação ao seu patrimônio!. Mas depois de revisar as aulas, o Raul fala que empresas do setor elétrico costumam ter dívidas altas!!. Então a razão de 2,64 estaria OK é isso?
3- Ela está com projetos em fase final de construção (Tucano e Cajuína), prevendo ampliação da capacidade instalada de produção em 25%. Isso é o que temos de concreto. Tem mais uma ampliação em fase pipeline de projeto de mais uns 62% em relação a hoje. Quando vemos os indicadores de preço verificamos um P/L bem alto de 47,3!! Considerando que com as ampliações temos expectativa de aumentar lucro, não consigo visualizar uma expectativa de aumento de lucro tão importante que justifique esta precificação do mercado. Como avaliar se esta precificação do mercado tem fundamento e que esta empresa não está tão cara quanto parece a ponto de valer a pena o investimento hoje?
Se alguém está analisando ou já analisou esta empresa e/ou tem ela em carteira? Deem sua opinião!
Pergunta
Igor Garcia Barreto
Caros colegas, peço a ajuda de vcs e dos mestres @Flavio Prado@Raul Sena@Adriano Luiz Odahara Umemura aqui da comunidade!
Estou me aprofundando nos estudos de ações, baseado na parte 3 da aula 6 do módulo 4 e peguei uma ação específica para estudo: a AES brasil (AESB3).
Como ela é uma ação de crescimento percebi alguns indicadores fora do padrão e estou tendo um pouco de dificuldades de relacionar/explicar eles fazendo o link com a empresa em si.
A empresa investe em energia renovável, hidroelétrica e está expandindo suas atividades para eólica e solar, em breve deve concluir 2 instalações solares (Cajuína e Tucano), que deve acrescentar em torno de 25% na capacidade energética total. Existem outros projetos que podem incrementar ainda mais 62% na capacidade instalada, mas ainda em fase pipeline.
Seguindo os passos da parte 3 da aula verifico que:
A empresa passa da fase inicial de análise, com bom volume negociado, oscilação OK, tem lucro, tem tag along.
Passando para os indicadores de eficiência: A empresa tem uma margem líquida pequena de 4,68% nos últimos 12 meses (em 2021 era de 18,69%!). A margem EBIT ao contrário cresceu de 10,75% em 2021 para 27,4% nos últimos 12 meses. Existe uma diferença muito grande entre o EBITDA e EBIT (1,3 bilhão x 769 milhões). Não consegui achar esta informação, mas como a não consigo pensar em uma depreciação grande neste tipo de negócio, só posso concluir que esta diferença se deve a amortização das dívidas.
Agora os indicadores de rentabilidade: ROE- 3,29% últimos 12 meses (em 2021 era de 16%). ROIC de 4,56% últimos 12 meses (em 2021 era de -3,38%). A receita cresceu de 2,51 bi em 2021 para 2,95 bi últimos 12 meses. Lucro reduziu de 516 mi em 2021 para 309 mi últimos 12 meses. CApex foi de 904 mi em 2021 e de 2,6 bilhoes em 2022.
Indicadores de preço: Bem cara na bolsa!!!. P/L=47,3 !! / P/VP=1,56 / PSR 2,21.
Tenho então algumas dúvidas!
1- Empresa endividada, 10 anos do EBIT!! Esta dívida gera distorções entre o EBIT e o EBITDA devido à amortização das dívidas é isso? Esse fator é a justificativa de lucros líquidos tão baixos na operação?
2- Inicialmente, os valores da dívida da empresa me assustaram bastante. Mais de 11 bilhões de dívidas!!. Dá uma razão de 2,64 em relação ao seu patrimônio!. Mas depois de revisar as aulas, o Raul fala que empresas do setor elétrico costumam ter dívidas altas!!. Então a razão de 2,64 estaria OK é isso?
3- Ela está com projetos em fase final de construção (Tucano e Cajuína), prevendo ampliação da capacidade instalada de produção em 25%. Isso é o que temos de concreto. Tem mais uma ampliação em fase pipeline de projeto de mais uns 62% em relação a hoje. Quando vemos os indicadores de preço verificamos um P/L bem alto de 47,3!! Considerando que com as ampliações temos expectativa de aumentar lucro, não consigo visualizar uma expectativa de aumento de lucro tão importante que justifique esta precificação do mercado. Como avaliar se esta precificação do mercado tem fundamento e que esta empresa não está tão cara quanto parece a ponto de valer a pena o investimento hoje?
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Adriano Umemura
Boa tarde @Igor Garcia Barreto. Não cheguei a estudar AESB3, então vou tentar fazer alguns comentarios conceituais na tentativa de te ajudar a analisar o ativo. Em relação a AESB3, o lucro líquid
Flavio Prado
@Igor Garcia Barreto a AES Brasil trocou o seu ticker na B3 de TIET11 para AESB3 após a conclusão da sua reorganização societária. Desta maneira, a AES Brasil passou a ser a detentora da totalidade da
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